Lançamento: 12 de fevereiro de 1981 | Tour Book
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PERMANENT WAVES MOVING PICTURES SIGNALS
1. Tom Sawyer - 4:31 2. Red Barchetta - 6:10 3. YYZ - 4:23 4. Limelight - 4:20 5. The Camera Eye - 10:59 6. Witch Hunt (Part III of Fear) - 4:46 7. Vital Signs - 4:47 |
Ao se pensar em Moving Pictures, nada melhor do que transcrever uma frase do próprio Neil Peart:
"Foi quando nos tornamos o que somos. Acho que o Rush nasceu de fato com Moving Pictures".
O Rush ganha definitivamente os holofotes nesse momento crucial. Canções poderosas e atemporais, uma obra-prima lírica e musical. Não há talvez um exemplo mais completo da intensidade, qualidade e força que exprima a música produzida pelo Rush. Um incrível trabalho apontado para o futuro.
Lançado em 12 de Fevereiro de 1981, Moving Pictures representa muito do que o Rush havia aprendido sobre composições musicais e arranjos. Eles estavam felizes, pois descobriram enfim como gostavam de tocar individualmente e como grupo.
Aproveitando o vácuo do seu muito bem sucedido antecessor Permanent Waves, que abria a década de 1980 para o trio, Geddy, Alex e Neil produziram esse que é considerado um dos melhores discos de rock progressivo de todos os tempos. Os canadenses conseguiram dar vida à sete canções próximas da perfeição, estimulando críticas e explodindo ainda mais sua sempre crescente base de fãs. Trata-se talvez do álbum mais coeso da banda até então, marcado por uma produção excepcional - acima da média. Cada nota é bem pensada. Cada letra estimula a imaginação. Moving Pictures não é apenas mais um álbum de rock, mas uma joia do mundo da música.
A revolução na sonoridade (temática e visual) do power-trio se consolidava. Reggae, música eletrônica e a new wave faziam a cabeça dos músicos. Geddy adorava os Talking Heads, um dos maiores expoentes do gênero e que representava para ele o desenvolvimento e progressão alcançados por aquelas novas bandas. Peart, por sua vez, idolatrava bandas como Police e Ultravox, simpatizando com a nova e marcante atmosfera musical da época. Para ele, a novidade no som do Rush era apenas uma derivação do que vinham realizando nos anteriores A Farewell to Kings e Hemispheres, pois agora conseguiam adequar tudo em uma só direção, fazendo de sua música algo mais direto.
Mudanças visuais também foram bastante perceptíveis nesse período. Alex e Neil cortavam seus longos cabelos, usando roupas mais casuais e coloridas nos shows - gravatas e blazers estavam em alta entre eles. "Antes eu parecia que tinha acabado de sair de uma feira renascentista", disse Alex Lifeson algum tempo depois. A era dos quimonos, robes e longas madeixas terminava, assim como o imponente e profético bigode de Peart. Os temas baseados em mitologia, ficção científica e fantasia também, com Peart propondo uma temática mais humana, envolvendo elementos sociais e emocionais com grande perícia. Sobre o rock em si, ele permanecia, porém na companhia dos sintetizadores que marcariam presença mais incisiva dali por diante.
Essa versão mais acessível e atraente do Rush causou uma revolução na trajetória do grupo. A banda continuava a romper barreiras e preconceitos mais uma vez, porém não podendo jamais ser acusada de estagnação musical ou criativa. Muitos estavam ansiosos por conferir o que os três haviam preparado depois de um álbum tão cheio de frescor como Permanent Waves. E essa talvez tenha sido a decisão mais importante, a que acabaria levando-os ao topo do mundo: continuar exatamente de onde o álbum anterior havia parado. Tantas eram as possibilidades e caminhos a percorrer que qualquer outro grupo mais afoito ou inexperiente teria falhado miseravelmente, mas o Rush tinha a maior chance da carreira nas mãos e acabaram acertando em cheio, alcançando o ápice da popularidade poucas vezes conseguido por uma banda que teoricamente atuava no cenário hard-prog.
O trio começou a trabalhar com as canções que viriam a fazer parte de Moving Pictures em 1980. A banda se isolou em Stony Lake, Ontário (Canadá), mais precisamente na fazenda de Ronnie Hawkins, considerado por muitos como o maior rocker do Canadá, apesar de ter nascido no Arkansas, EUA. Para amenizar o estresse e a pressão do processo de composição, Alex e o produtor Terry Brown tinham como hobby o aeromodelismo, praticado com grande frequência pela fazenda. A primeira canção a ser escrita em Stony Lake foi "The Camera Eye", seguida por "Tom Sawyer", "Red Barchetta", "YYZ" e "Limelight". Logo o grupo partiria para o renomado estúdio Phase One, onde fariam mais algumas demos.
O processo de composição passava por mudanças drásticas. Geddy utilizava mais o teclado do que o baixo para compor, o que possibilitava uma maior diversidade de melodias, texturas e sons. "Comecei a compor nos teclados, pois achei que seria interessante trazer mais 'barulho' para as músicas - mas não foi só isso. Os teclados acabaram trazendo um senso maior de espaço para os arranjos, e isso também significou mudanças nos timbres e efeitos de Alex, assim como na percussão de Neil", explica.
Antes das gravações começarem, uma pequena tour de aquecimento foi agendada pelos Estados Unidos, tendo o Saxon como banda de abertura. Os shows do Rush daquele mês de setembro traziam duas novidades para os fãs: as canções "Tom Sawyer" e "Limilight", ambas executadas de forma mais rápida e com solos diferenciados das versões imortalizadas do álbum. Após o batismo de fogo dos novos temas, era hora de gravar todo o material. Partiram para o já conhecido Le Studio, em Quebec.
A banda, juntamente com o produtor Terry Brown, trabalhou de maneira intensa durante outubro e novembro de 1980, meses de muito frio e neve pesada. Vídeos promocionais para "Vital Signs", "Tom Sawyer" e "Limelight" foram gravados no Le Studio, nos quais podemos ver o Rush tocando na sala de gravações com a neve caindo do lado de fora.
Segundo Lifeson, após a gravação de Permanent Waves, nenhuma pressão obrigatória recaiu sobre a banda para que pudessem recriar em estúdio algo no mínimo com o mesmo impacto. "Posso dizer que estávamos velejando nessa época, com o vento batendo em nossos cabelos. Estávamos nos divertindo bastante", diz ele. "Acho que é por isso que Moving Pictures se tornou o nosso disco mais famoso. As pessoas sabem quando uma banda está detonando. E realmente estávamos".
Observando o encarte, nos deparamos com um show à parte que marca um trabalho gráfico repleto de significados. Na capa, há funcionários de uma empresa de mudanças que carregam algumas pinturas, e há também pessoas chorando ao fundo pois as obras pinturas são emocionalmente tocantes para elas. Finalmente, na contra-capa, percebemos uma equipe de filmagens fazendo uma pintura em movimento de toda a cena.
Trata-se de um tributo ao duplo sentido, aos trocadilhos e aos jogos de palavras. A foto da capa foi feita na frente do prédio do ministério legislativo no Queen's Park em Ontário, cuja oponente fachada traz três arcos e três pilares sustentando cada um deles. Para retratar o título do álbum, Hugh Syme (fiel amigo colaborador, tecladista e artista gráfico) criou conceitos diferentes para as cenas que se moviam.
Carregadores de uma empresa de mudanças carregam três quadros: um com o símbolo do homem nu com a estrela utilizado amplamente pela banda a partir de 2112, um com uma bruxa sendo queimada na fogueira (uma alusão direta à Joana D'Arc, que ajudou a criar o tema para a faixa mais dramática do álbum, "Witch Hunt") e outro com uma pintura da famosa série Dogs Playing Poker, de C.M. Coolidge. Enquanto os quadros são movidos, uma família se comove com a movimentação das imagens. Na contracapa, todo o agito é registrado por uma equipe de filmagem, fazendo um derradeiro movimento da cena como um todo.
"Quando Hugh Syme estava desenvolvendo o grande número de trocadilhos da capa, ele queria que os carregadores que estão 'movendo os quadros' tivessem alguns 'quadros comoventes' movendo-se através das pessoas 'comovidas' pelo 'quadro'", explica Peart. "Então ele nos pediu que pensássemos em algumas idéias para estes quadros. O 'homem descendo ao inferno' é na verdade uma mulher - Joana D'Arc - sendo queimada no poste (como em 'Witch Hunt'), e os cachorros jogando cartas estão lá somente por ser uma ideia boba e engraçada - uma das figuras mais clichês que poderíamos pensar - um tipo diferente de 'quadro móvel'".
"Queria fazer algo simples e que desse um toque de Fellini na interpretação do título do disco", diz Hugh Syme. "Precisava ser cinematográfico, pois minha ideia inicial era bem pobre e sem graça, como um quadro apenas sendo removido de uma parede branca". Geddy declarou que as músicas do disco eram como "pequenos filmes que se moviam", e que o grupo estava numa fase de cunhar canções de maneira cinematográfica, com as letras de Peart criando filmes na cabeça dos ouvintes. Esse impacto emocional desejado pelo trio acabou dando nome ao disco e influenciando toda a concepção de Syme.
O divertido conceito da capa para Moving Pictures custou caro ao Rush. A Mercury não quis assumir os custos extras, e a banda precisou desembolsar cerca de 10 mil dólares para garantir a qualidade do trabalho. Tudo em nome da arte e dos quadros que se movem.
Moving Pictures é o retrato de uma visão compartilhada por três músicos sedentos por usar o passado apenas como arma para a conquista do futuro. Sete temas sensacionais faziam os anos de 1970 ficarem de vez para trás. Uma nova década surgia para aqueles jovens músicos geniais, todos ainda na faixa dos 27 e 28 anos de idade.
"Foi quando nos tornamos o que somos. Acho que o Rush nasceu de fato com Moving Pictures".
O Rush ganha definitivamente os holofotes nesse momento crucial. Canções poderosas e atemporais, uma obra-prima lírica e musical. Não há talvez um exemplo mais completo da intensidade, qualidade e força que exprima a música produzida pelo Rush. Um incrível trabalho apontado para o futuro.
Lançado em 12 de Fevereiro de 1981, Moving Pictures representa muito do que o Rush havia aprendido sobre composições musicais e arranjos. Eles estavam felizes, pois descobriram enfim como gostavam de tocar individualmente e como grupo.
Aproveitando o vácuo do seu muito bem sucedido antecessor Permanent Waves, que abria a década de 1980 para o trio, Geddy, Alex e Neil produziram esse que é considerado um dos melhores discos de rock progressivo de todos os tempos. Os canadenses conseguiram dar vida à sete canções próximas da perfeição, estimulando críticas e explodindo ainda mais sua sempre crescente base de fãs. Trata-se talvez do álbum mais coeso da banda até então, marcado por uma produção excepcional - acima da média. Cada nota é bem pensada. Cada letra estimula a imaginação. Moving Pictures não é apenas mais um álbum de rock, mas uma joia do mundo da música.
A revolução na sonoridade (temática e visual) do power-trio se consolidava. Reggae, música eletrônica e a new wave faziam a cabeça dos músicos. Geddy adorava os Talking Heads, um dos maiores expoentes do gênero e que representava para ele o desenvolvimento e progressão alcançados por aquelas novas bandas. Peart, por sua vez, idolatrava bandas como Police e Ultravox, simpatizando com a nova e marcante atmosfera musical da época. Para ele, a novidade no som do Rush era apenas uma derivação do que vinham realizando nos anteriores A Farewell to Kings e Hemispheres, pois agora conseguiam adequar tudo em uma só direção, fazendo de sua música algo mais direto.
Mudanças visuais também foram bastante perceptíveis nesse período. Alex e Neil cortavam seus longos cabelos, usando roupas mais casuais e coloridas nos shows - gravatas e blazers estavam em alta entre eles. "Antes eu parecia que tinha acabado de sair de uma feira renascentista", disse Alex Lifeson algum tempo depois. A era dos quimonos, robes e longas madeixas terminava, assim como o imponente e profético bigode de Peart. Os temas baseados em mitologia, ficção científica e fantasia também, com Peart propondo uma temática mais humana, envolvendo elementos sociais e emocionais com grande perícia. Sobre o rock em si, ele permanecia, porém na companhia dos sintetizadores que marcariam presença mais incisiva dali por diante.
Essa versão mais acessível e atraente do Rush causou uma revolução na trajetória do grupo. A banda continuava a romper barreiras e preconceitos mais uma vez, porém não podendo jamais ser acusada de estagnação musical ou criativa. Muitos estavam ansiosos por conferir o que os três haviam preparado depois de um álbum tão cheio de frescor como Permanent Waves. E essa talvez tenha sido a decisão mais importante, a que acabaria levando-os ao topo do mundo: continuar exatamente de onde o álbum anterior havia parado. Tantas eram as possibilidades e caminhos a percorrer que qualquer outro grupo mais afoito ou inexperiente teria falhado miseravelmente, mas o Rush tinha a maior chance da carreira nas mãos e acabaram acertando em cheio, alcançando o ápice da popularidade poucas vezes conseguido por uma banda que teoricamente atuava no cenário hard-prog.
O trio começou a trabalhar com as canções que viriam a fazer parte de Moving Pictures em 1980. A banda se isolou em Stony Lake, Ontário (Canadá), mais precisamente na fazenda de Ronnie Hawkins, considerado por muitos como o maior rocker do Canadá, apesar de ter nascido no Arkansas, EUA. Para amenizar o estresse e a pressão do processo de composição, Alex e o produtor Terry Brown tinham como hobby o aeromodelismo, praticado com grande frequência pela fazenda. A primeira canção a ser escrita em Stony Lake foi "The Camera Eye", seguida por "Tom Sawyer", "Red Barchetta", "YYZ" e "Limelight". Logo o grupo partiria para o renomado estúdio Phase One, onde fariam mais algumas demos.
O processo de composição passava por mudanças drásticas. Geddy utilizava mais o teclado do que o baixo para compor, o que possibilitava uma maior diversidade de melodias, texturas e sons. "Comecei a compor nos teclados, pois achei que seria interessante trazer mais 'barulho' para as músicas - mas não foi só isso. Os teclados acabaram trazendo um senso maior de espaço para os arranjos, e isso também significou mudanças nos timbres e efeitos de Alex, assim como na percussão de Neil", explica.
Antes das gravações começarem, uma pequena tour de aquecimento foi agendada pelos Estados Unidos, tendo o Saxon como banda de abertura. Os shows do Rush daquele mês de setembro traziam duas novidades para os fãs: as canções "Tom Sawyer" e "Limilight", ambas executadas de forma mais rápida e com solos diferenciados das versões imortalizadas do álbum. Após o batismo de fogo dos novos temas, era hora de gravar todo o material. Partiram para o já conhecido Le Studio, em Quebec.
A banda, juntamente com o produtor Terry Brown, trabalhou de maneira intensa durante outubro e novembro de 1980, meses de muito frio e neve pesada. Vídeos promocionais para "Vital Signs", "Tom Sawyer" e "Limelight" foram gravados no Le Studio, nos quais podemos ver o Rush tocando na sala de gravações com a neve caindo do lado de fora.
Segundo Lifeson, após a gravação de Permanent Waves, nenhuma pressão obrigatória recaiu sobre a banda para que pudessem recriar em estúdio algo no mínimo com o mesmo impacto. "Posso dizer que estávamos velejando nessa época, com o vento batendo em nossos cabelos. Estávamos nos divertindo bastante", diz ele. "Acho que é por isso que Moving Pictures se tornou o nosso disco mais famoso. As pessoas sabem quando uma banda está detonando. E realmente estávamos".
Observando o encarte, nos deparamos com um show à parte que marca um trabalho gráfico repleto de significados. Na capa, há funcionários de uma empresa de mudanças que carregam algumas pinturas, e há também pessoas chorando ao fundo pois as obras pinturas são emocionalmente tocantes para elas. Finalmente, na contra-capa, percebemos uma equipe de filmagens fazendo uma pintura em movimento de toda a cena.
Trata-se de um tributo ao duplo sentido, aos trocadilhos e aos jogos de palavras. A foto da capa foi feita na frente do prédio do ministério legislativo no Queen's Park em Ontário, cuja oponente fachada traz três arcos e três pilares sustentando cada um deles. Para retratar o título do álbum, Hugh Syme (fiel amigo colaborador, tecladista e artista gráfico) criou conceitos diferentes para as cenas que se moviam.
Carregadores de uma empresa de mudanças carregam três quadros: um com o símbolo do homem nu com a estrela utilizado amplamente pela banda a partir de 2112, um com uma bruxa sendo queimada na fogueira (uma alusão direta à Joana D'Arc, que ajudou a criar o tema para a faixa mais dramática do álbum, "Witch Hunt") e outro com uma pintura da famosa série Dogs Playing Poker, de C.M. Coolidge. Enquanto os quadros são movidos, uma família se comove com a movimentação das imagens. Na contracapa, todo o agito é registrado por uma equipe de filmagem, fazendo um derradeiro movimento da cena como um todo.
"Quando Hugh Syme estava desenvolvendo o grande número de trocadilhos da capa, ele queria que os carregadores que estão 'movendo os quadros' tivessem alguns 'quadros comoventes' movendo-se através das pessoas 'comovidas' pelo 'quadro'", explica Peart. "Então ele nos pediu que pensássemos em algumas idéias para estes quadros. O 'homem descendo ao inferno' é na verdade uma mulher - Joana D'Arc - sendo queimada no poste (como em 'Witch Hunt'), e os cachorros jogando cartas estão lá somente por ser uma ideia boba e engraçada - uma das figuras mais clichês que poderíamos pensar - um tipo diferente de 'quadro móvel'".
"Queria fazer algo simples e que desse um toque de Fellini na interpretação do título do disco", diz Hugh Syme. "Precisava ser cinematográfico, pois minha ideia inicial era bem pobre e sem graça, como um quadro apenas sendo removido de uma parede branca". Geddy declarou que as músicas do disco eram como "pequenos filmes que se moviam", e que o grupo estava numa fase de cunhar canções de maneira cinematográfica, com as letras de Peart criando filmes na cabeça dos ouvintes. Esse impacto emocional desejado pelo trio acabou dando nome ao disco e influenciando toda a concepção de Syme.
O divertido conceito da capa para Moving Pictures custou caro ao Rush. A Mercury não quis assumir os custos extras, e a banda precisou desembolsar cerca de 10 mil dólares para garantir a qualidade do trabalho. Tudo em nome da arte e dos quadros que se movem.
Moving Pictures é o retrato de uma visão compartilhada por três músicos sedentos por usar o passado apenas como arma para a conquista do futuro. Sete temas sensacionais faziam os anos de 1970 ficarem de vez para trás. Uma nova década surgia para aqueles jovens músicos geniais, todos ainda na faixa dos 27 e 28 anos de idade.
FICHA TÉCNICA
Geddy Lee - Bass guitars, Oberheim polyphonic; OB-X; Mini-Moog; and Taurus pedal Synthesizers, vocals
Alex Lifeson - Six and twelve string electric and acoustic guitars, Taurus Pedals
Neil Peart - Drums kit, timbales, gong bass drums, orchestra bells, glockenspiel, wind chimes, bell tree, crotales, cowbells, plywood
Produced by Rush and Terry Brown
Arrangements by Rush and Terry Brown
Recorded and original stereo mixes mixed at Le Studio, Morin Heights, Quebec, during October and November of 1980
Engineered by Paul Northfield
Assisted by Robbie Whelan, and our computerized companions: Albert, Huey, Dewey, and Louie
Digital mastering engineered by Peter Jensen
Hugh Syme is the featured guest performer once again, playing synthesizers on 'Witch Hunt'
Art direction, graphics and cover concept by Hugh Syme
Photography by Deborah Samuel
Management: Ray Danniels, and Vic Wilson, SRO Productions, Toronto
Executive Production: Moon Records
Road Manager and Lighting Director: Howard Ungerleider
Concert Sound Engineer: Ian Grandy
Stage Manager: Michael Hirsh
Stage Right Technician, and Crew Cheif: Liam Birt
Stage Left Technician: Skip Gildersleeve
Centre Stage Technician: Larry Allen
Guitar and synthesizer Technician: Tony Geranios
Stage Monitor Mixer: Greg Connolly
Projectionist: Lee Tenner
Personal Shreve and Factotum: Kevin Flewitt
Concert Sound by National Sound
All-Stars: Tom Linthicum, Fuzzy Frazer, Dave Berman
Concert Lighting by See Factor International
Easy Co.: Nick Kotos, George Guido, Bob Kniffen, Bob Cross
Concert Rigging: the daring Bill Collins
Transportation expertly guided by Tom Whittaker, Billy Barlow, Kim Varney, Arthur MacLear, Pat Lines, Bill Fuquay, Mike and Linda Burnham
Fabulous Persons: at Le Studio: André, Yaël, Pam, Paul, Robbie, Roger, Harry, Claude & Gisele, André et Le Bouffe en Broche, Ted (Theo) McDonald, Irv Zuckerman & Associates (The Beords), Brain (Vings) Lski, George Vis, Ted Veneman, Max Lobstors, Saga & crew, 38 Special & crew (27-24), Drexel, Gerry, Griffin & Family, Terri at the Hawkins farm, Asteroids, volleyball (the Retardos & the Frantics 21-8!), the Greenie (you must be drinking!), Bill Ward, Loveman, Lovewoman & the Lovemachine, Scar & The Ignorant Wildfire Game, Top Secret, the Montreal Canadiens, Steven Shutt, Screvato, Robin & Phase One, Bill Elson, Cliff Burnstein, Jim Sotet, Sherry Levy, and the Oak Manorians.
Special British Supplement: Wild Horses; Jimmy & Sophie, Brian & Dee, Clive, Dirk (no relation), Mr. & Mrs. Robinson. Fin Costello, Bill Churchman, Alan Philips, Barry Murfet, Tex Yodell, Lofty & Stage Crew, Steve Tuck, Robbie Gilchrist
Dept. of Above-And-Beyond: Ray, Rhonda, L.B., Dear Olde Broon (a great mind thinks alike), Happy Birthday Ms. Broon (wrong again, eh, Hovis!)
Featuring Daisy as 'Ski Bane'
Our continuing appreciation to the people and products of Tama, Avedis Zildjian, and Rickenbacker
Coolidge Dog Painting from the Archives of Brown & Bigelow, St. Paul, Minnesota.
© 1981 Mercury Records © 1981 Anthem Entertainment
Mercury, February 12, 1981