15 DE MAIO DE 2015 | POR VAGNER CRUZ
Rush no show em St. Paul, Minnesota, pela nova turnê R40 | Foto por Ken Casper |
No dia 22 de janeiro de 2015, o site oficial do Rush confirmou a R40 LIVE Tour, visitando 34 cidades na América do Norte. O primeiro show aconteceu em Tulsa, Oklahoma, no dia 8 de maio de 2015, e o fechamento está marcado para o dia 1º de agosto na cidade de Los Angeles, Califórnia.
O Rush traz para essa turnê um setlist abrangente, que literalmente viaja no tempo. A partir da canção de abertura, o show cobre toda a carreira, desde Clockwork Angels até os primeiros anos, quando tocavam em bares localizados em Toronto e redondezas, concluindo o espetáculo com uma pequena lembrança de "Garden Road" - composição tocada ao vivo pela última vez em 1974. Por enquanto, alguns álbuns não estão sendo visitados, como Power Windows, de 1985 (o tour book traz relacionada "The Big Money" nos créditos dos vídeos, mas a canção não foi apresentada nos quatro shows inicias), Hold Your Fire (1987), Presto (1989) e Test for Echo (1996).
Enquanto as composições que dão vida ao primeiro set tenham sido tocadas em turnês recentes, muitas das que são executadas no segundo ato não eram visitadas ao vivo por décadas. "Jacob's Ladder", de Permanent Waves, foi tocada pela última vez em 1980; "Hemispheres: Prelude", de Hemispheres (1978), em 1994; "Cygnus X-1", de A Farewell to Kings (1977), foi tocada próxima à versão completa em 1980; "Lakeside Park", de Caress of Steel (1975) em 1978 e "What You're Doing", do álbum de estréia (1974) em 1977. Talvez o maior retorno seja a pequena referência a "Garden Road" na conclusão do show (canção jamais lançada pela banda em estúdio), tocada pela última vez em 1974. Enquanto isso, "How It Is", de Vapor Trails (2002) foi executada ao vivo pela primeira vez no show de Lincoln, Nebraska, no dia 10 de maio de 2015.
Conforme o set progride, novos aparatos vão sendo trazidos para o palco, coincidindo com a canção que está sendo executada. Começando com alguns elementos steampunk utilizados na turnê Clockwork Angels, estes são substituídos pelas secadoras marcantes nas turnês Vapor Trails e R30, seguidas pela linha de amplificadores que faziam parte da turnê Test For Echo, e assim por diante - as divertidas assadeiras de frango da Snakes & Arrows Tour não aparecem. No segundo set, a bateria R40 é substituída por um kit retrô apelidado de "El Darko", que remete ao antológico Slingerland de dois bumbos utilizado por Peart no período do Rush clássico.
A banda está oferecendo setlists alternados para a turnê R40. Até agora, estes ficaram restritos a mudanças entre canções de Permanent Waves, Moving Pictures, Grace Under Pressure, Vapor Trails e Clockwork Angels:
- "Natural Science" foi adicionada sem substituir qualquer faixa;
- "Red Barchetta" foi alternada com "The Camera Eye";
- "Distant Early Warning" foi alternada com "Between The Wheels";
- "One Little Victory" foi alternada com "How It Is";
- "Clockwork Angels" foi alternada com "The Wreckers".
Outras observações:
- "YYZ" foi tocada em todas as turnês desde seu lançamento, com exceção da Roll The Bones Tour. Ela surge como composição alternativa na turnê R40.
- Geddy, de forma inédita, dispõe de uma verdadeira coleção de baixos no palco, utilizando marcas como Fender, Rickenbacker, Gibson e Hofner, entre outros.
- "Xanadu" retoma as double necks imortalizadas por Geddy e Alex nos anos 70.
- O famoso esqueleto dançante no telão para o rap em "Roll The Bones" foi substituído por um divertido vídeo com algumas celebridades, incluindo Trailer Park Boys, Paul Rudd e Jason Segel, Jay Baruchel, Les Claypool, Tom Morello e Peter Dinklage, entre outros.
- "Jacob's Ladder" já havia sido cotada para surgir na turnê Time Machine, de 2010 /2011, mas foi derrubada por Neil Peart na ocasião.
- "2112" inclui as partes "Overture", "Temples of Syrinx", "Presentation" e "Grand Finale", não trazendo "Discovery", "Oracle: The Dream" e "Soliloquy"
- "Cygnus X-1" inclui "Prologue" e "Part 3". "Part 1" e "Part 2" não são tocadas.
Segundo rumores, o Rush filmará as duas apresentações no Air Canada Centre em Toronto, que acontecem nos dias 17 de 19 de junho.
Declarações importantes sobre a turnê:
"Para a próxima turnê, não usaremos o kit V-Drum completo na parte traseira. Não estaremos girando. Serão canções de muita velocidade do Rush e teremos provavelmente muitas coisas antigas". (Lorne Wheaton, Drum-line.net, 26 de janeiro de 2015)
"... No começo do show, Neil tocará com o kit R40, porém este será removido no intervalo. A ideia era tê-lo subindo pelo teto, mas provavelmente não vai acontecer por causa do orçamento. Outro kit irá aparecer – uma réplica do seu Slingerland cromado, o preto que parece níquel. Meu pintor Louie Garcia conseguiu pintá-lo para parecer um preto-níquel. Assim, este entra e eles terminam o set como uma banda de bar, do jeito que começaram". (John Good da DW, Drum Talk TV, 3 de março de 2015)
Essa será a última turnê do Rush?
"É muito difícil responder essa pergunta por uma série de razões. Em primeiro lugar, os três integrantes têm opiniões diferentes sobre esse ponto das nossas vidas. Todos estão em um espaço muito diferente agora. Fizemos várias turnês nesses últimos dez anos, muitas composições, muito trabalho. Neil, por exemplo, tem uma criança em casa e disse várias vezes publicamente que é muito difícil para ele deixá-la. Ela precisa dele. Dessa forma, fica claro que estamos em um ponto em nossa carreira que precisamos desacelerar e diminuir drasticamente. Não sou um cara apaixonado pela ideia de uma turnê de despedida, mas é claro que, de qualquer maneira, essa será a nossa última grande turnê por enquanto. Em termos de ainda sermos uma banda? Sim, claro, somos uma banda. Falamos sobre compor? Sim, falamos. Será que iremos fazer shows no futuro? Não vejo porque não. Mas, quando falamos de uma turnê com 35, 40, 50 shows, na nossa idade e no momento das nossas vidas, não sei o quanto de tudo isso ainda resta em nós". (Geddy Lee, That Metal Show do canal VH1, 21 de fevereiro de 2015).
"...Em algum lugar entre o possível e o provável. Há alguns de nós que podem seguir em frente pra sempre, e há alguns que não. Então é um processo de exercitar essa ideia. E o que alguém pensa hoje talvez não seja o que irá pensar daqui a um mês... Estou focado em fazer com que essa turnê seja tão boa quanto pode ser, e depois ver onde estamos. Eu não quero fazer uma turnê de despedida. Não há ninguém na banda que queira isso, por que não há ninguém pensando que isso seja um final, ou pensando que não irão fazer música ou algo do tipo. Mas eu te digo isso, provavelmente não irei conseguir que uma banda cheia de caras com 65 anos saia novamente na estrada - que é o que aconteceria em uma próxima turnê em potencial - eles todos estariam com 65 anos". (Ray Danniels, CelebrityAccess.com, 10 de março de 2015).
O Rush traz para essa turnê um setlist abrangente, que literalmente viaja no tempo. A partir da canção de abertura, o show cobre toda a carreira, desde Clockwork Angels até os primeiros anos, quando tocavam em bares localizados em Toronto e redondezas, concluindo o espetáculo com uma pequena lembrança de "Garden Road" - composição tocada ao vivo pela última vez em 1974. Por enquanto, alguns álbuns não estão sendo visitados, como Power Windows, de 1985 (o tour book traz relacionada "The Big Money" nos créditos dos vídeos, mas a canção não foi apresentada nos quatro shows inicias), Hold Your Fire (1987), Presto (1989) e Test for Echo (1996).
Enquanto as composições que dão vida ao primeiro set tenham sido tocadas em turnês recentes, muitas das que são executadas no segundo ato não eram visitadas ao vivo por décadas. "Jacob's Ladder", de Permanent Waves, foi tocada pela última vez em 1980; "Hemispheres: Prelude", de Hemispheres (1978), em 1994; "Cygnus X-1", de A Farewell to Kings (1977), foi tocada próxima à versão completa em 1980; "Lakeside Park", de Caress of Steel (1975) em 1978 e "What You're Doing", do álbum de estréia (1974) em 1977. Talvez o maior retorno seja a pequena referência a "Garden Road" na conclusão do show (canção jamais lançada pela banda em estúdio), tocada pela última vez em 1974. Enquanto isso, "How It Is", de Vapor Trails (2002) foi executada ao vivo pela primeira vez no show de Lincoln, Nebraska, no dia 10 de maio de 2015.
Rush na R40 Tour em St. Louis, Missouri | Foto por KMOV.com |
A banda está oferecendo setlists alternados para a turnê R40. Até agora, estes ficaram restritos a mudanças entre canções de Permanent Waves, Moving Pictures, Grace Under Pressure, Vapor Trails e Clockwork Angels:
- "Natural Science" foi adicionada sem substituir qualquer faixa;
- "Red Barchetta" foi alternada com "The Camera Eye";
- "Distant Early Warning" foi alternada com "Between The Wheels";
- "One Little Victory" foi alternada com "How It Is";
- "Clockwork Angels" foi alternada com "The Wreckers".
Rush lembrando os primeiros anos | Foto por Rod McGeorge |
- "YYZ" foi tocada em todas as turnês desde seu lançamento, com exceção da Roll The Bones Tour. Ela surge como composição alternativa na turnê R40.
- Geddy, de forma inédita, dispõe de uma verdadeira coleção de baixos no palco, utilizando marcas como Fender, Rickenbacker, Gibson e Hofner, entre outros.
- "Xanadu" retoma as double necks imortalizadas por Geddy e Alex nos anos 70.
- O famoso esqueleto dançante no telão para o rap em "Roll The Bones" foi substituído por um divertido vídeo com algumas celebridades, incluindo Trailer Park Boys, Paul Rudd e Jason Segel, Jay Baruchel, Les Claypool, Tom Morello e Peter Dinklage, entre outros.
- "Jacob's Ladder" já havia sido cotada para surgir na turnê Time Machine, de 2010 /2011, mas foi derrubada por Neil Peart na ocasião.
- "2112" inclui as partes "Overture", "Temples of Syrinx", "Presentation" e "Grand Finale", não trazendo "Discovery", "Oracle: The Dream" e "Soliloquy"
- "Cygnus X-1" inclui "Prologue" e "Part 3". "Part 1" e "Part 2" não são tocadas.
Segundo rumores, o Rush filmará as duas apresentações no Air Canada Centre em Toronto, que acontecem nos dias 17 de 19 de junho.
Declarações importantes sobre a turnê:
"Para a próxima turnê, não usaremos o kit V-Drum completo na parte traseira. Não estaremos girando. Serão canções de muita velocidade do Rush e teremos provavelmente muitas coisas antigas". (Lorne Wheaton, Drum-line.net, 26 de janeiro de 2015)
"... No começo do show, Neil tocará com o kit R40, porém este será removido no intervalo. A ideia era tê-lo subindo pelo teto, mas provavelmente não vai acontecer por causa do orçamento. Outro kit irá aparecer – uma réplica do seu Slingerland cromado, o preto que parece níquel. Meu pintor Louie Garcia conseguiu pintá-lo para parecer um preto-níquel. Assim, este entra e eles terminam o set como uma banda de bar, do jeito que começaram". (John Good da DW, Drum Talk TV, 3 de março de 2015)
Essa será a última turnê do Rush?
"É muito difícil responder essa pergunta por uma série de razões. Em primeiro lugar, os três integrantes têm opiniões diferentes sobre esse ponto das nossas vidas. Todos estão em um espaço muito diferente agora. Fizemos várias turnês nesses últimos dez anos, muitas composições, muito trabalho. Neil, por exemplo, tem uma criança em casa e disse várias vezes publicamente que é muito difícil para ele deixá-la. Ela precisa dele. Dessa forma, fica claro que estamos em um ponto em nossa carreira que precisamos desacelerar e diminuir drasticamente. Não sou um cara apaixonado pela ideia de uma turnê de despedida, mas é claro que, de qualquer maneira, essa será a nossa última grande turnê por enquanto. Em termos de ainda sermos uma banda? Sim, claro, somos uma banda. Falamos sobre compor? Sim, falamos. Será que iremos fazer shows no futuro? Não vejo porque não. Mas, quando falamos de uma turnê com 35, 40, 50 shows, na nossa idade e no momento das nossas vidas, não sei o quanto de tudo isso ainda resta em nós". (Geddy Lee, That Metal Show do canal VH1, 21 de fevereiro de 2015).
"...Em algum lugar entre o possível e o provável. Há alguns de nós que podem seguir em frente pra sempre, e há alguns que não. Então é um processo de exercitar essa ideia. E o que alguém pensa hoje talvez não seja o que irá pensar daqui a um mês... Estou focado em fazer com que essa turnê seja tão boa quanto pode ser, e depois ver onde estamos. Eu não quero fazer uma turnê de despedida. Não há ninguém na banda que queira isso, por que não há ninguém pensando que isso seja um final, ou pensando que não irão fazer música ou algo do tipo. Mas eu te digo isso, provavelmente não irei conseguir que uma banda cheia de caras com 65 anos saia novamente na estrada - que é o que aconteceria em uma próxima turnê em potencial - eles todos estariam com 65 anos". (Ray Danniels, CelebrityAccess.com, 10 de março de 2015).