LIFESON, PARA A BILLBOARD: "NÃO ACHO QUE SEJA O FIM"



17 DE NOVEMBRO DE 2015 | POR VAGNER CRUZ

Continuando a maratona de entrevistas relacionadas ao próximo lançamento do Rush, R40 Live, (CD / DVD / Blu-ray ao vivo que chega na próxima sexta feira, 20/11), Alex Lifeson conversou também com a Billboard.com durante a semana. Acompanhem esse novo material, inteiramente traduzido pelo Rush Fã-Clube Brasil.

ALEX LIFESON DO RUSH DIZ QUE HÁ VIDA APÓS A TURNÊ R40: 'NÃO ACHO QUE SEJA O FIM'
Billboard / 16 de novembro de 2015 - Por Gary Graff, Detroit

Alex Lifeson no Prudential Center em 27 de junho de 2015 - Newark, Nova Jersey
Os rumores sobre o fim do Rush foram muito exagerados - pelo menos, de acordo com o guitarrista Alex Lifeson.

No começo desse ano, a turnê R40 do trio canadense - documentada no novo CD e vídeo R40 Live, materiais que chegam na próxima sexta feira - foi acompanhada por reportagens que marcariam o fim do Rush, principalmente devido às doenças físicas sofridas por Alex Lifeson e pelo baterista Neil Peart. Essa pode, de fato, vir a ser a última turnê desse tipo para o Rush, mas a banda ainda está bem viva e em curso, tanto que Lifeson está preocupado.

"Essa pergunta foi feita muitas vezes: É isso? Esse é o fim?", diz Lifeson para a Billboard. "Não, não acho que seja o fim, e nunca dissemos que essa é, definitivamente, nossa última turnê. Acho que, provavelmente, seja nossa última grande turnê, mas ainda estamos em contato, em contatos muito próximos uns com os outros - nós três, e não acho que esse seja com certeza o fim da banda. Há muitas coisas que queremos fazer. Isso não quer dizer que não faremos algo no futuro, e sempre há o projeto divertido de fazer um disco, algo que todos nós sempre adoramos. Estamos agora meio que relaxando, nos reconectando com nossas famílias e amigos em uma vida mais doméstica, para então revermos as coisas - acho que no ano que vem veremos o que queremos fazer".

Lifeson acrescenta que as matérias sobre sua artrite foram um pouco exageradas. "Quem na minha idade não sente algumas dores?", explica o guitarrista, que ainda ostenta um impressionante 10 de handicap no golf - mas as questões de Peart com a tendinite são as mais debilitantes. "É um esforço muito difícil para Neil", diz Lifeson. "É muito físico, e dói. É doloroso para ele tocar por três horas da forma que faz. Portanto, chega um ponto da vida onde ele não pode mais fazer turnês". Assim, havendo a vontade de fazer mais com a banda, há também um caráter aberto diferente de outros hiatos ao longo da carreira do Rush.

"Sair da turnê em agosto precisou de um pouco de assimilação, particularmente para Geddy e eu, sobre chegar a um acordo de que esse poderia ser o fim das turnês - e também em torno do que o futuro nos reserva sobre estar no palco e tocar", diz ele. "Acho que estávamos um pouco preocupados, mas agora estamos mais calmos, não sendo ruim estarmos apenas relaxando, tendo o R40 Live sendo lançado".

R40 Live foi filmado e gravado durante os shows de 17 e 19 de junho no Air Canada Centre, na cidade natal da banda, Toronto. O set, que traz cinco configurações diferentes, capta uma ambiciosa apresentação reverso-cronológica na qual o Rush celebra sua carreira, trazendo elementos e instrumentos de cada época e seguindo para um bis que caracteriza o trio tocando canções do seu álbum de estreia - no cenário de um ginásio de ensino médio, com amplificadores colocados em cadeiras e banquinhos.

"Parecia certo para nós fazer esse show em Toronto", diz Lifeson. "Também tivemos o luxo de termos duas apresentações, o que é algo bom para os ajustes. Acho que a primeira noite foi boa, mas tivemos alguns problemas técnicos que você sempre tem quando grava. Porém, me senti muito bem no segundo. Achamos que esse foi um dos melhores shows da turnê e, dessa forma, conseguimos ótimos materiais para trabalhar. Além disso, tivemos duas noites com dois sets diferentes, podendo incluir coisas que fizemos no primeiro na versão final".

Com o Rush entrando em pausa novamente, Peart está se preparando para a publicação de Clockwork Lives no dia 20 de novembro, seu segundo romance de ficção científica co-escrito com Kevin J. Anderson, enquanto Lifeson vem trabalhando em projetos de música eletrônica com seu filho. Ele e Lee tem "comprado quantidades loucas de equipamentos, guitarras e baixos antigos. Dessa forma, ainda estamos ativos e com isso no sangue". Definitivamente, eles não estão adquirindo essas coisas para apenas ficarem olhando para elas.

"Estou ficando muito ansioso", diz Lifeson. "Não há nada específico para o qual estejamos olhando, mas acho que, em última análise, gostaria de voltar com Ged e começar a compor para, em seguida, termos Neil se juntando a nós e seguirmos de lá. É sempre assim que começamos: eu e Geddy tocando, fazendo isso por um tempo, para então Neil começar a nos enviar letras, a fim de encaixarmos naquilo que estamos fazendo. Assim, espero que estejamos em algum lugar em um futuro próximo".

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