22 DE FEVEREIRO DE 2015 | POR VAGNER CRUZ
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| That Metal Show: Jim Florentine, Don Jamieson, Eddie Trunk, Geddy Lee e John Petrucci |
Geddy Lee foi o convidado especial de Eddie Trunk na estreia da 14ª temporada do programa That Metal Show no último sábado, 21/02, pelo canal VH1 Classic. Logo após, foi exibida a participação do músico na estreia da série Rock Icons, que trouxe um mini documentário de 20 minutos da Banger Films feito nos mesmos moldes de Beyond The Lighted Stage, de 2010. O material apresentou entrevistas com seus companheiros de banda, com sua mãe Manya Rubenstein, seu amigo Dave Bidini e Paul Northfield.
Ao lado de John Petrucci (Dream Theater), Jim Florentine, Don Jamieson e Eddie Trunk, Geddy falou no That Metal Show sobre a próxima turnê do Rush, R40, comentando o quão difícil é chegar ao setlist definitivo. Ele diz ainda que a banda está ensaiando separada nesse momento, se reunindo em abril para os primeiros ensaios juntos.
"Gostaria de ser o ditador, mas... acho que somos a última democracia operária. É um processo, e-mails voam de um para o outro. Temos nesse momento um set com cerca de cinco horas de duração, mas não podemos tocar por tanto tempo [risos]. Estamos agora no processo de ensaiarmos nossas partes individuais. Todos estão colocando os dedos em forma, a voz... aprendendo todas as canções novamente, especialmente aquelas que não tocamos há algum tempo. Quando nos reunirmos em abril para ensaiarmos face a face, vamos discutir aquelas que funcionam e as que não funcionam".
"Existem, obviamente, certas canções que se tornaram ícones na nossa história, e pareceria errado não tocá-las, como 'Tom Sawyer', etc. Mas cada fã tem sua própria lista pessoal de faixas profundas que eles gostam de nos ver tocando, e tentamos acomodá-las sempre que podemos. Às vezes tentamos essas nos ensaios e simplesmente percebemos que não podemos fazê-las. Há poucas coisas que parecem erradas nelas, mas às vezes você se surpreende e gosta, como quando trouxemos "2112" pela primeira vez depois de não termos tocado durante anos. Quando ensaiamos, ficamos chocados com o quanto ela era divertida de tocar. Dessa forma, às vezes você não sabe se conseguirá voltar ao momento em que escreveu a canção. Mas, geralmente, elas voltam pra você, porque você a compôs lembrando do quão divertido foi fazê-la".
Perguntado por Trunk se a R40 representa uma turnê de despedida, Geddy diz:
"É muito difícil responder essa pergunta por uma série de razões. Em primeiro lugar, os três integrantes têm opiniões diferentes sobre esse ponto das nossas vidas. Todos estão em um espaço muito diferente agora. Fizemos várias turnês nesses últimos dez anos, muitas composições, muito trabalho. Neil, por exemplo, tem uma criança em casa e disse várias vezes publicamente que é muito difícil para ele deixá-la. Ela precisa dele. Dessa forma, fica claro que estamos em um ponto em nossa carreira que precisamos desacelerar e diminuir drasticamente. Não sou um cara apaixonado pela ideia de uma turnê de despedida, mas é claro que, de qualquer maneira, essa será a nossa última grande turnê por enquanto. Em termos de ainda sermos uma banda? Sim, claro, somos uma banda. Falamos sobre compor? Sim, falamos. Será que iremos fazer shows no futuro? Não vejo porque não. Mas, quando falamos de uma turnê com 35, 40, 50 shows, na nossa idade e no momento das nossas vidas, não sei o quando de tudo isso ainda resta em nós".
O músico não quis revelar maiores detalhes sobre as canções que farão parte do set da nova tour, mas afirmou que será "uma celebração de toda nossa história". Geddy ainda revelou todo seu amor pelo The Who e afirmou que o melhor show que já assistiu foi Thick as a Brick, do Jethro Tull. Em um momento especial do programa, o músico teve que classificar em ordem de preferência os nove primeiros álbuns de estúdio do Rush, declarando Moving Pictures (1981) como seu preferido, seguido por Permanent Waves (1980), 2112 (1976), Hemispheres (1978), A Farewell to Kings (1977), Rush (1974), Signals (1982), Caress of Steel (1975) e Fly by Night (1975). Por fim, houve uma pequena discussão sobre os dois primeiros álbuns ao vivo da banda, All The World's a Stage (1976) e Exit... Stage Left (1981), sendo o primeiro o preferido do baixista dessa época.
Sobre as escolhas em torno dos álbuns de estúdio, ele diz:
"É só olhar em termos de composição e, às vezes, olho para os discos em termos de espírito. Quando tenho que ouvir todos esses álbuns para estudá-los para uma nova turnê, eles me atingem de maneira diferente historicamente. Dessa forma, há coisas que me orgulho e coisas com as quais fico menos orgulhoso, digamos assim. "Fly By Night" é um disco muito transitório, o nosso primeiro com o Neil. Por isso a classificação, pois é uma espécie de disco menos experiente para mim. Conforme você segue sequência, tem mais a ver com música, com a qualidade de composição mais do que com qualquer outra coisa".
Confira na íntegra o primeiro episódio da 14ª temporada de That Metal Show com Geddy Lee (em inglês):
Ao lado de John Petrucci (Dream Theater), Jim Florentine, Don Jamieson e Eddie Trunk, Geddy falou no That Metal Show sobre a próxima turnê do Rush, R40, comentando o quão difícil é chegar ao setlist definitivo. Ele diz ainda que a banda está ensaiando separada nesse momento, se reunindo em abril para os primeiros ensaios juntos.
"Gostaria de ser o ditador, mas... acho que somos a última democracia operária. É um processo, e-mails voam de um para o outro. Temos nesse momento um set com cerca de cinco horas de duração, mas não podemos tocar por tanto tempo [risos]. Estamos agora no processo de ensaiarmos nossas partes individuais. Todos estão colocando os dedos em forma, a voz... aprendendo todas as canções novamente, especialmente aquelas que não tocamos há algum tempo. Quando nos reunirmos em abril para ensaiarmos face a face, vamos discutir aquelas que funcionam e as que não funcionam".
"Existem, obviamente, certas canções que se tornaram ícones na nossa história, e pareceria errado não tocá-las, como 'Tom Sawyer', etc. Mas cada fã tem sua própria lista pessoal de faixas profundas que eles gostam de nos ver tocando, e tentamos acomodá-las sempre que podemos. Às vezes tentamos essas nos ensaios e simplesmente percebemos que não podemos fazê-las. Há poucas coisas que parecem erradas nelas, mas às vezes você se surpreende e gosta, como quando trouxemos "2112" pela primeira vez depois de não termos tocado durante anos. Quando ensaiamos, ficamos chocados com o quanto ela era divertida de tocar. Dessa forma, às vezes você não sabe se conseguirá voltar ao momento em que escreveu a canção. Mas, geralmente, elas voltam pra você, porque você a compôs lembrando do quão divertido foi fazê-la".
Perguntado por Trunk se a R40 representa uma turnê de despedida, Geddy diz:
"É muito difícil responder essa pergunta por uma série de razões. Em primeiro lugar, os três integrantes têm opiniões diferentes sobre esse ponto das nossas vidas. Todos estão em um espaço muito diferente agora. Fizemos várias turnês nesses últimos dez anos, muitas composições, muito trabalho. Neil, por exemplo, tem uma criança em casa e disse várias vezes publicamente que é muito difícil para ele deixá-la. Ela precisa dele. Dessa forma, fica claro que estamos em um ponto em nossa carreira que precisamos desacelerar e diminuir drasticamente. Não sou um cara apaixonado pela ideia de uma turnê de despedida, mas é claro que, de qualquer maneira, essa será a nossa última grande turnê por enquanto. Em termos de ainda sermos uma banda? Sim, claro, somos uma banda. Falamos sobre compor? Sim, falamos. Será que iremos fazer shows no futuro? Não vejo porque não. Mas, quando falamos de uma turnê com 35, 40, 50 shows, na nossa idade e no momento das nossas vidas, não sei o quando de tudo isso ainda resta em nós".
O músico não quis revelar maiores detalhes sobre as canções que farão parte do set da nova tour, mas afirmou que será "uma celebração de toda nossa história". Geddy ainda revelou todo seu amor pelo The Who e afirmou que o melhor show que já assistiu foi Thick as a Brick, do Jethro Tull. Em um momento especial do programa, o músico teve que classificar em ordem de preferência os nove primeiros álbuns de estúdio do Rush, declarando Moving Pictures (1981) como seu preferido, seguido por Permanent Waves (1980), 2112 (1976), Hemispheres (1978), A Farewell to Kings (1977), Rush (1974), Signals (1982), Caress of Steel (1975) e Fly by Night (1975). Por fim, houve uma pequena discussão sobre os dois primeiros álbuns ao vivo da banda, All The World's a Stage (1976) e Exit... Stage Left (1981), sendo o primeiro o preferido do baixista dessa época.
Sobre as escolhas em torno dos álbuns de estúdio, ele diz:
"É só olhar em termos de composição e, às vezes, olho para os discos em termos de espírito. Quando tenho que ouvir todos esses álbuns para estudá-los para uma nova turnê, eles me atingem de maneira diferente historicamente. Dessa forma, há coisas que me orgulho e coisas com as quais fico menos orgulhoso, digamos assim. "Fly By Night" é um disco muito transitório, o nosso primeiro com o Neil. Por isso a classificação, pois é uma espécie de disco menos experiente para mim. Conforme você segue sequência, tem mais a ver com música, com a qualidade de composição mais do que com qualquer outra coisa".
Confira na íntegra o primeiro episódio da 14ª temporada de That Metal Show com Geddy Lee (em inglês):