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ROLL THE BONES FACE UP WHERE'S MY THING?
FACE UP
You turn my head
I spin my wheels
Running on empty -
You know how that feels
I'm on a roll now -
Or is it a slide?
Can't be too careful
With that dangerous pride
If I could only reach that dial inside
And turn it up
FACE UP - Or you can only back down
FACE UP - Hit the target, or you better hit the ground
FACE UP - There's still time to turn the game around
FACE UP - Turn it up -
Or turn that wild card down
Turn it up
Don't complain
Don't explain
I don't think my new resolve
Can stand the strain
I'm in a groove now -
Or is it a rut?
I need some feedback
But all the lines are cut
I get so angry, but I keep my mouth shut
And turn it up
You get all squeezed up inside
Like the days were carved in stone
You get all wired up inside
And it's bad to be alone
You can go out, you can take a ride
And when you get out on your own
You get all smoothed out inside
And it's good to be alone
Turn it up
You turn my head
I spin my wheels
Running on empty -
You know how that feels
I'm on a roll now -
Or is it a slide?
Can't be too careful
With that dangerous pride
If I could only reach that dial inside
And turn it up
FACE UP - Or you can only back down
FACE UP - Hit the target, or you better hit the ground
FACE UP - There's still time to turn the game around
FACE UP - Turn it up -
Or turn that wild card down
Turn it up
Don't complain
Don't explain
I don't think my new resolve
Can stand the strain
I'm in a groove now -
Or is it a rut?
I need some feedback
But all the lines are cut
I get so angry, but I keep my mouth shut
And turn it up
You get all squeezed up inside
Like the days were carved in stone
You get all wired up inside
And it's bad to be alone
You can go out, you can take a ride
And when you get out on your own
You get all smoothed out inside
And it's good to be alone
Turn it up
TIRE A CARTA
Você vira minha cabeça
Eu giro minhas roletas
Correndo no vazio -
Você sabe como é isso
Estou ganhando agora -
Ou é uma descida?
Não consigo ser tão cuidadoso
Com esse orgulho perigoso
Se eu pudesse alcançar aquele controle interno
E virar a carta
TIRE A CARTA - Ou pode apenas desistir
TIRE A CARTA - Acerte o alvo, ou é melhor acertar o chão
TIRE A CARTA - Ainda há tempo de virar o jogo
TIRE A CARTA - Vire a carta -
Ou vire esse coringa para baixo
Vire a carta
Não reclamo
Não explico
Não acho que minha nova decisão
Possa suportar a pressão
Estou na boa agora -
Ou é um impasse?
Preciso de retornos
Mas todas as linhas estão cortadas
Fico tão irritado, mas mantenho minha boca fechada
E viro a carta
Você se sente bem pressionado por dentro
Como se os dias fossem esculpidos em pedra
Se sente bem agitado por dentro
E é ruim estar sozinho
Você pode sair, pode dar uma volta
E quando sai por conta própria
Se sente bem aliviado por dentro
E é bom estar sozinho
Vire a carta
Você vira minha cabeça
Eu giro minhas roletas
Correndo no vazio -
Você sabe como é isso
Estou ganhando agora -
Ou é uma descida?
Não consigo ser tão cuidadoso
Com esse orgulho perigoso
Se eu pudesse alcançar aquele controle interno
E virar a carta
TIRE A CARTA - Ou pode apenas desistir
TIRE A CARTA - Acerte o alvo, ou é melhor acertar o chão
TIRE A CARTA - Ainda há tempo de virar o jogo
TIRE A CARTA - Vire a carta -
Ou vire esse coringa para baixo
Vire a carta
Não reclamo
Não explico
Não acho que minha nova decisão
Possa suportar a pressão
Estou na boa agora -
Ou é um impasse?
Preciso de retornos
Mas todas as linhas estão cortadas
Fico tão irritado, mas mantenho minha boca fechada
E viro a carta
Você se sente bem pressionado por dentro
Como se os dias fossem esculpidos em pedra
Se sente bem agitado por dentro
E é ruim estar sozinho
Você pode sair, pode dar uma volta
E quando sai por conta própria
Se sente bem aliviado por dentro
E é bom estar sozinho
Vire a carta
Decisão e iniciativa são cruciais no jogo aleatório e imprevisível da vida
"Face Up" é a quarta faixa de Roll The Bones, uma canção relativamente curta para os moldes do Rush e talvez uma das mais diretas e intensas preparadas para esse trabalho. Todos os integrantes apresentam performances marcadas por grande força em seus instrumentos, fazendo a música soar como uma espécie de recado enérgico ou lembrete que reafirma o conceito de todo o álbum: a natureza aleatória da condição humana.
"Acho que Roll The Bones traz uma energia mais focada", diz Geddy. "Digo isso pois o som se mostra um pouco mais direto e simplificado. Acredito que fomos mais bem sucedidos em alcançar o estilo que queríamos em Roll The Bones do que no antecessor, Presto. Há um otimismo nesse disco que reflete os bons momentos que passamos fazendo-o. Estávamos felizes por sermos integrantes dessa banda, mais do que nos últimos tempos. Lembro-me que no final de Hold Your Fire tínhamos um sentimento negativo no grupo. Eu estava doente, e a turnê não tinha ido tão bem. Com Presto, as coisas começaram a voltar para os trilhos, e agora desenvolvemos um bom equilíbrio entre a nossa vida profissional e pessoal. Foi importante para nós".
Após lidar com questões relacionadas aos sonhos, iniciativa, otimismo, sorte, destino e acaso nas três faixas anteriores, o trio reforça a ideia de que devemos continuar perseguindo o desejo de traçarmos a nossa própria história, porém dando ênfase aos inúmeros momentos cruciais de decisão com os quais nos deparamos em nossa jornada. "Face Up", portanto, dá seguimento à motivação central de Roll The Bones, porém por um olhar mais introspectivo.
Explodindo em uma introdução matadora que destaca principalmente a maestria mágica de Neil Peart na bateria, "Face Up" segue com linhas de baixo sempre pulsantes e guitarras certeiras, combinadas à sintetizadores ocasionais aplicados com notável perspicácia. Tais elementos culminam em um hard rock muito empolgante, dinâmico e de refrão bastante acessível e contagiante, arrematado com mais um solo ardente preparado com primor por Alex Lifeson.
Peart, novamente, faz uso de elementos relacionados aos jogos para ilustrar suas intenções temáticas. Em "Face Up", o letrista compara os momentos pessoais de impasse e decisão ao de uma escolha de cartas no baralho, onde em poucos segundos o jogador poderá ir do céu ao inferno - conhecendo sua vitória ou encaminhando sua derrota em um piscar de olhos. A canção afirma que jamais fará sentido fugirmos da responsabilidade das decisões, quando seguimos nossos instintos avaliando e encarando com coragem seus desdobramentos. Assim, "Face Up" desenha um cenário de conhecimento de limites, crescimento pessoal e descoberta, componentes primordiais para o pleno desenvolvimento humano.
A composição expõe, em uma ponte musical mais sutil, os momentos de dificuldades e dúvidas que inevitavelmente enfrentamos, nos quais inicialmente entendemos que precisamos da companhia e apoio de outras pessoas. Porém, uma mudança de cenário para avaliar profundamente tais situações, escapando de algumas rotinas diárias, pode proporcionar um conforto para a mente e para o corpo, onde conseguimos espaço para olhar para nós mesmos na busca de respostas para questões que ardem dentro de nós.
Curiosamente, segundo Peart, "Face Up" traz a frase que deu início aos planos de concepção do tema que passeia por todo o disco. "Vire o coringa para cima ou para baixo - essa frase começou tudo. Honestamente, esse tema saiu do nada, me ocorrendo de repente. Comecei a pensar sobre isso percebendo quantos coringas existem em nossas vidas, nos deparamos com eles nos momentos de escolha como em um jogo de cartas. Você pode lidar com os mesmos ou virá-los para baixo - ou pode até mesmo pulá-los. Isso também é parte do aspecto de Roll The Bones. Quando a oportunidade bate, você atende ou finge estar dormindo? Mesmo quando a sorte aparece em seu caminho, você tem a escolha de como responder a ela".
"O título da canção refere-se a encarar seus problemas, utilizando a realidade de um jogo de cartas no qual você poderá tirar um coringa a qualquer hora", explica o baterista. "Trata-se de uma questão de livre arbítrio e de responsabilidade sobre suas próprias escolhas. A imagem de um coringa nos leva a todos os tipos de pensamentos - muito do que nos acontece está completamente fora de nosso controle".
Roll The Bones pensa, no geral, sobre o eterno cabo de guerra entre o destino e o livre-arbítrio, estes que cada um interpreta através dos seus próprios olhares - sejam eles espirituais, filosóficos ou físicos. "É o aspecto coringa da vida", diz o baterista. "As coisas bem planejadas parecem nos garantir o futuro, para o qual você trabalhou duro. Mesmo sendo o mais talentoso ou bonito, existem coringas que a vida joga em nós. Às vezes são felizes, às vezes trágicos. Você pode ser descoberto por Hollywood amanhã, mas também pode ser atropelado por um ônibus".
Admirado como um dos letristas mais cerebrais do rock, Peart diz que suas composições vêm do seu interior tanto quanto qualquer outro músico. "Acho que passo apenas por um esforço extra a fim de descobrir algo que me deixa triste ou feliz. É a ética pessoal de trabalho que me leva a isso. Sempre vejo a atividade de escrever letras como um ofício que pode ser desenvolvido".
Peart reforça em "Face Up" que a saída sempre será buscar respostas em nós mesmos, exaltando a força do otimismo, da coragem e da ousadia como os mais importantes propulsores de uma vida de realizações. Essa ideia nos leva a uma célebre frase que o físico Albert Einstein (1879 - 1955) disse certa vez, "O único homem que está isento de erros é aquele que não arrisca acertar".
"'Face Up' é uma daquelas canções que não imaginávamos que viveria para que nos deparássemos com seu potencial", reconhece Peart.
© 2015 Rush Fã-Clube Brasil
"Face Up" é a quarta faixa de Roll The Bones, uma canção relativamente curta para os moldes do Rush e talvez uma das mais diretas e intensas preparadas para esse trabalho. Todos os integrantes apresentam performances marcadas por grande força em seus instrumentos, fazendo a música soar como uma espécie de recado enérgico ou lembrete que reafirma o conceito de todo o álbum: a natureza aleatória da condição humana.
"Acho que Roll The Bones traz uma energia mais focada", diz Geddy. "Digo isso pois o som se mostra um pouco mais direto e simplificado. Acredito que fomos mais bem sucedidos em alcançar o estilo que queríamos em Roll The Bones do que no antecessor, Presto. Há um otimismo nesse disco que reflete os bons momentos que passamos fazendo-o. Estávamos felizes por sermos integrantes dessa banda, mais do que nos últimos tempos. Lembro-me que no final de Hold Your Fire tínhamos um sentimento negativo no grupo. Eu estava doente, e a turnê não tinha ido tão bem. Com Presto, as coisas começaram a voltar para os trilhos, e agora desenvolvemos um bom equilíbrio entre a nossa vida profissional e pessoal. Foi importante para nós".
Após lidar com questões relacionadas aos sonhos, iniciativa, otimismo, sorte, destino e acaso nas três faixas anteriores, o trio reforça a ideia de que devemos continuar perseguindo o desejo de traçarmos a nossa própria história, porém dando ênfase aos inúmeros momentos cruciais de decisão com os quais nos deparamos em nossa jornada. "Face Up", portanto, dá seguimento à motivação central de Roll The Bones, porém por um olhar mais introspectivo.
Explodindo em uma introdução matadora que destaca principalmente a maestria mágica de Neil Peart na bateria, "Face Up" segue com linhas de baixo sempre pulsantes e guitarras certeiras, combinadas à sintetizadores ocasionais aplicados com notável perspicácia. Tais elementos culminam em um hard rock muito empolgante, dinâmico e de refrão bastante acessível e contagiante, arrematado com mais um solo ardente preparado com primor por Alex Lifeson.
Peart, novamente, faz uso de elementos relacionados aos jogos para ilustrar suas intenções temáticas. Em "Face Up", o letrista compara os momentos pessoais de impasse e decisão ao de uma escolha de cartas no baralho, onde em poucos segundos o jogador poderá ir do céu ao inferno - conhecendo sua vitória ou encaminhando sua derrota em um piscar de olhos. A canção afirma que jamais fará sentido fugirmos da responsabilidade das decisões, quando seguimos nossos instintos avaliando e encarando com coragem seus desdobramentos. Assim, "Face Up" desenha um cenário de conhecimento de limites, crescimento pessoal e descoberta, componentes primordiais para o pleno desenvolvimento humano.
A composição expõe, em uma ponte musical mais sutil, os momentos de dificuldades e dúvidas que inevitavelmente enfrentamos, nos quais inicialmente entendemos que precisamos da companhia e apoio de outras pessoas. Porém, uma mudança de cenário para avaliar profundamente tais situações, escapando de algumas rotinas diárias, pode proporcionar um conforto para a mente e para o corpo, onde conseguimos espaço para olhar para nós mesmos na busca de respostas para questões que ardem dentro de nós.
Curiosamente, segundo Peart, "Face Up" traz a frase que deu início aos planos de concepção do tema que passeia por todo o disco. "Vire o coringa para cima ou para baixo - essa frase começou tudo. Honestamente, esse tema saiu do nada, me ocorrendo de repente. Comecei a pensar sobre isso percebendo quantos coringas existem em nossas vidas, nos deparamos com eles nos momentos de escolha como em um jogo de cartas. Você pode lidar com os mesmos ou virá-los para baixo - ou pode até mesmo pulá-los. Isso também é parte do aspecto de Roll The Bones. Quando a oportunidade bate, você atende ou finge estar dormindo? Mesmo quando a sorte aparece em seu caminho, você tem a escolha de como responder a ela".
"O título da canção refere-se a encarar seus problemas, utilizando a realidade de um jogo de cartas no qual você poderá tirar um coringa a qualquer hora", explica o baterista. "Trata-se de uma questão de livre arbítrio e de responsabilidade sobre suas próprias escolhas. A imagem de um coringa nos leva a todos os tipos de pensamentos - muito do que nos acontece está completamente fora de nosso controle".
Roll The Bones pensa, no geral, sobre o eterno cabo de guerra entre o destino e o livre-arbítrio, estes que cada um interpreta através dos seus próprios olhares - sejam eles espirituais, filosóficos ou físicos. "É o aspecto coringa da vida", diz o baterista. "As coisas bem planejadas parecem nos garantir o futuro, para o qual você trabalhou duro. Mesmo sendo o mais talentoso ou bonito, existem coringas que a vida joga em nós. Às vezes são felizes, às vezes trágicos. Você pode ser descoberto por Hollywood amanhã, mas também pode ser atropelado por um ônibus".
Admirado como um dos letristas mais cerebrais do rock, Peart diz que suas composições vêm do seu interior tanto quanto qualquer outro músico. "Acho que passo apenas por um esforço extra a fim de descobrir algo que me deixa triste ou feliz. É a ética pessoal de trabalho que me leva a isso. Sempre vejo a atividade de escrever letras como um ofício que pode ser desenvolvido".
Peart reforça em "Face Up" que a saída sempre será buscar respostas em nós mesmos, exaltando a força do otimismo, da coragem e da ousadia como os mais importantes propulsores de uma vida de realizações. Essa ideia nos leva a uma célebre frase que o físico Albert Einstein (1879 - 1955) disse certa vez, "O único homem que está isento de erros é aquele que não arrisca acertar".
"'Face Up' é uma daquelas canções que não imaginávamos que viveria para que nos deparássemos com seu potencial", reconhece Peart.
© 2015 Rush Fã-Clube Brasil
POPOFF, M. Contents Under Pressure. Canada: ECW Press. 2004
PEART, N. "Row The Boats: The Roll The Bones Tour Book". 1991.
KOT, G. "Rush Still Feels No Special Need To Hurry". Chicago Tribune. November 1, 1991.
ABBOTT, J. SENTINEL, O. "Canadian Band Rush Is One Of Rock's Long-Distance Runners". February 1992.
SECHIER, A. "Bad To The Bones - Bassist / Vocalist Geddy Lee Tells The Secrets Behind Roll The Bones". Hit Parader. March 1992.