08 DE JANEIRO DE 2016 | POR VAGNER CRUZ
Foi liberada durante a semana uma nova entrevista com Geddy Lee para o canal uDiscover Music no YouTube. O músico conversa ao longo de 40 minutos com a jornalista britânica Kylie Olsson no Abbey Road Studios em Londres, falando principalmente sobre o recém-lançado R40 Live. Além disso, Geddy também responde a perguntas sobre a longevidade da banda, os 40 anos de carreira e suas primeiras influências. Apesar do título da matéria, muitos dos assuntos já foram tratados em entrevistas recentes, mas alguns pontos sobre o futuro da banda se mostram interessantes. Dessa forma, preparamos um pequeno resumo. Acompanhem conosco.
RUSH: A BANDA QUE VOCÊ CONHECE - A HISTÓRIA QUE VOCÊ NÃO CONHECE
uDiscover Music - 06 de Janeiro de 2016
Entrevista conduzida por Kylie Olsson | Resumo por Vagner Cruz
Sobre o recém-lançado R40 Live, Geddy frisa novamente o conceito de apresentação cronológica das canções, a aguardada chegada de "Jacob's Ladder" e "Losing It" ao setlist, o vídeo divertido para "Roll The Bones" (que mostra vários artistas no telão), a preferência da banda pela segunda parte do show e o receio que tinham sobre as composições mais antigas parecerem datadas ao vivo.
Novamente, Geddy ressalta que o segredo do sucesso da banda é o senso de humor sempre presente (e nas mais variadas situações vividas pelo trio), tido como inclusive como "o quarto integrante". Além disso, o músico destaca o respeito entre os três companheiros e a maneira polida de serem, definida por ele como uma característica própria dos canadenses.
Geddy fala também sobre as aventuras e experimentações musicais da banda ao longo dos anos (como os flertes com o reggae), porém ressaltando o famoso rap em "Roll The Bones". Mais uma vez, ele relata as possibilidades pensadas sobre quem faria o trecho na época das gravações (chegaram a pensar em convidar o ator John Cleese), mas acabaram decidindo pelo próprio vocalista, realizando alterações em sua voz no estúdio.
O baixista lembra a primeira turnê do Rush, na qual abriam shows para o KISS (estes que já se mostravam como uma banda profissional e bastante determinada), e com a qual os até então inexperientes canadenses aprenderam bastante, principalmente no que tange a relação com o público nos shows. Geddy aborda as influências iniciais do Led Zeppelin e do Humble Pie na música do trio, falando também sobre as primeiras impressões com a chegada de Neil Peart na banda. O músico menciona a importância dos co-produtores para os álbuns do Rush, destacadamente Terry Brown, que era como um mentor ou uma figura paterna, e o momento que decidiram pela mudança. Ele menciona outros profissionais como Peter Henderson, Peter Collins, Rupert Hine e o engenheiro de som Kevin Shirley, que esteve com eles em Counterparts - um personagem importante pelo retorno ao básico. Geddy ressalta a indiferença de Neil sobre a não presença de teclados (tendo em vista que o baterista gosta da utilização dos mesmos) e a felicidade de Alex em não tê-los.
Aos 32 minutos, Geddy é perguntado sobre os planos futuros da banda, além do anúncio da aposentadoria de Neil Peart:
"Eu realmente não sei. Neil está em um ponto que, para fazer um show de três horas, requer muita preparação pesada e vigor físico. Ele é um pouco mais velho do que eu e Alex, e nas últimas turnês enfrentou algumas questões físicas por conta da intensidade. Não há muitos bateristas que tocam dessa forma. Assim, ele passa por um momento que está preocupado se poderá continuar seu caminho, conseguindo manter seu desempenho tão bom quanto está agora. Ele quer sair de cena tocando o seu melhor".
"Eu não me sinto assim. Amo tocar, sentirei muita falta. Não tenho quaisquer intenções de me aposentar; estou em forma para tocar e acho que Alex pensa mais ou menos assim também".
"O início da turnê foi um pouco difícil para ele. Já nos ensaios eu podia perceber isso, mas no final da tour ele estava tocando tão bem quanto sempre tocou. Na verdade, acho que todos nós estávamos tocando tão bem quanto sempre tocamos".
"Quando Neil disse que achava que é a hora de pendurar as baquetas, no que diz respeito às turnês, eu entendi, mas fiquei um pouco triste. Acho que ele não percebe o quão forte é, e tenho certeza de que poderia continuar por mais alguns anos. Mas você tem que ter vontade. Tem que ter vontade de se colocar nas coisas. Ele tem uma filha pequena em casa com a qual quer se relacionar. Entendo. É triste ver que parte da vida do Rush tenha, possivelmente, chegado ao fim. E ainda há o lado criativo, sobre o qual nem sequer conversamos. Assim, não conversamos sobre se a relutância de Neil em tocar se estende ao estúdio. Espero que ele ainda esteja disponível para isso, pois sei que Alex está e seria divertido fazermos outro álbum juntos".
No final da entrevista, Geddy reitera estar definitivamente aberto para a realização de outro álbum solo.
"Fiz um álbum em 2000 que foi algo muito interessante. Me diverti bastante, mas trabalhei bastante também. Foi tudo por mim mesmo, e não tinha ninguém para dividir o fardo. Não consigo ficar parado por muito tempo, seja com a banda ou não. Tem que ser algo que se mostre como uma ideia divertida. Estarei aberto para alguma coisa nova, cedo ou tarde".
Assista ao vídeo completo da entrevista:
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GEDDY CONSIDERA GRAVAR UM NOVO ÁLBUM SOLO
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uDiscover Music - 06 de Janeiro de 2016
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Sobre o recém-lançado R40 Live, Geddy frisa novamente o conceito de apresentação cronológica das canções, a aguardada chegada de "Jacob's Ladder" e "Losing It" ao setlist, o vídeo divertido para "Roll The Bones" (que mostra vários artistas no telão), a preferência da banda pela segunda parte do show e o receio que tinham sobre as composições mais antigas parecerem datadas ao vivo.
Novamente, Geddy ressalta que o segredo do sucesso da banda é o senso de humor sempre presente (e nas mais variadas situações vividas pelo trio), tido como inclusive como "o quarto integrante". Além disso, o músico destaca o respeito entre os três companheiros e a maneira polida de serem, definida por ele como uma característica própria dos canadenses.
Geddy fala também sobre as aventuras e experimentações musicais da banda ao longo dos anos (como os flertes com o reggae), porém ressaltando o famoso rap em "Roll The Bones". Mais uma vez, ele relata as possibilidades pensadas sobre quem faria o trecho na época das gravações (chegaram a pensar em convidar o ator John Cleese), mas acabaram decidindo pelo próprio vocalista, realizando alterações em sua voz no estúdio.
O baixista lembra a primeira turnê do Rush, na qual abriam shows para o KISS (estes que já se mostravam como uma banda profissional e bastante determinada), e com a qual os até então inexperientes canadenses aprenderam bastante, principalmente no que tange a relação com o público nos shows. Geddy aborda as influências iniciais do Led Zeppelin e do Humble Pie na música do trio, falando também sobre as primeiras impressões com a chegada de Neil Peart na banda. O músico menciona a importância dos co-produtores para os álbuns do Rush, destacadamente Terry Brown, que era como um mentor ou uma figura paterna, e o momento que decidiram pela mudança. Ele menciona outros profissionais como Peter Henderson, Peter Collins, Rupert Hine e o engenheiro de som Kevin Shirley, que esteve com eles em Counterparts - um personagem importante pelo retorno ao básico. Geddy ressalta a indiferença de Neil sobre a não presença de teclados (tendo em vista que o baterista gosta da utilização dos mesmos) e a felicidade de Alex em não tê-los.
Aos 32 minutos, Geddy é perguntado sobre os planos futuros da banda, além do anúncio da aposentadoria de Neil Peart:
"Eu realmente não sei. Neil está em um ponto que, para fazer um show de três horas, requer muita preparação pesada e vigor físico. Ele é um pouco mais velho do que eu e Alex, e nas últimas turnês enfrentou algumas questões físicas por conta da intensidade. Não há muitos bateristas que tocam dessa forma. Assim, ele passa por um momento que está preocupado se poderá continuar seu caminho, conseguindo manter seu desempenho tão bom quanto está agora. Ele quer sair de cena tocando o seu melhor".
"Eu não me sinto assim. Amo tocar, sentirei muita falta. Não tenho quaisquer intenções de me aposentar; estou em forma para tocar e acho que Alex pensa mais ou menos assim também".
"O início da turnê foi um pouco difícil para ele. Já nos ensaios eu podia perceber isso, mas no final da tour ele estava tocando tão bem quanto sempre tocou. Na verdade, acho que todos nós estávamos tocando tão bem quanto sempre tocamos".
"Quando Neil disse que achava que é a hora de pendurar as baquetas, no que diz respeito às turnês, eu entendi, mas fiquei um pouco triste. Acho que ele não percebe o quão forte é, e tenho certeza de que poderia continuar por mais alguns anos. Mas você tem que ter vontade. Tem que ter vontade de se colocar nas coisas. Ele tem uma filha pequena em casa com a qual quer se relacionar. Entendo. É triste ver que parte da vida do Rush tenha, possivelmente, chegado ao fim. E ainda há o lado criativo, sobre o qual nem sequer conversamos. Assim, não conversamos sobre se a relutância de Neil em tocar se estende ao estúdio. Espero que ele ainda esteja disponível para isso, pois sei que Alex está e seria divertido fazermos outro álbum juntos".
No final da entrevista, Geddy reitera estar definitivamente aberto para a realização de outro álbum solo.
"Fiz um álbum em 2000 que foi algo muito interessante. Me diverti bastante, mas trabalhei bastante também. Foi tudo por mim mesmo, e não tinha ninguém para dividir o fardo. Não consigo ficar parado por muito tempo, seja com a banda ou não. Tem que ser algo que se mostre como uma ideia divertida. Estarei aberto para alguma coisa nova, cedo ou tarde".
Assista ao vídeo completo da entrevista:
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