07 DE AGOSTO DE 2015 | POR VAGNER CRUZ
Eddie Trunk e Alex Lifeson |
Alex Lifeson foi entrevistado em julho no podcast do apresentador do programa That Metal Show (do canal VH1 Classic), Eddie Trunk - o "Eddie Trunk Podcast" (ouça aqui na íntegra, em inglês). Alguns trechos interessantes foram transcritos pelo site Blabbermouth.Net, os quais trazemos traduzidos para o Rush Fã-Clube Brasil.
Sobre a forma como a artrite afetou sua maneira de tocar:
"Sabe, você tem que ter cuidado com o que diz atualmente. Eu tenho artrite e venho lidando com isso há aproximadamente doze anos - artrite psoriática. Para mim, é principalmente sobre a pouca sensibilidade em minhas mãos. Sinto que elas ficam um pouco mais rígidas no fim dos shows e no dia seguinte, mas não é nada de fato que atrapalhe minha maneira de tocar. Isso não me prende, estou consciente disso. Não posso dizer que essa é a razão de eu cometer erros". (Risos)
"Continuo ouvindo isso até agora, e quase me arrependo de ter dito no passado. Todo mundo pensa, 'Oh, suas mãos... ele tem artrite, e é isso. Ele não consegue tocar'. Eu tenho isso, uma coisa que acontece quando ficamos mais velhos - dores e tudo mais - mas não é algo que impeça que eu toque. Fica um pouco mais difícil, um pouco mais desafiador fazer as coisas mais rápidas. Recebo alguns feedbacks no dia seguinte, mas não é nada que de fato fique no caminho".
O que ele está fazendo para lidar com sua artrite psoriática:
"Estive usando um medicamento biológico, Humira. É provável que você já tenha visto os anúncios do Humira. Acho que fiquei nele por cerca de quatro anos. Portanto, foi bom. Passei por vários medicamentos diferentes que foram muito difíceis para meu sistema, provocavam vários efeitos colaterais. Assim, mudei para o Humira e estou fazendo propaganda deles agora. Realmente, tem funcionado bem para mim".
Sobre se a atual turnê do Rush é de fato a última em grande escala da banda:
"Bem, eu amo o que estamos fazendo. Acho que estamos tocando muito bem. O show está funcionando perfeitamente, todas as coisas. É evidente que Neil não gosta de turnês, sob o aspecto de turnês que duram muito tempo. Ele tem uma família jovem, além de todas suas próprias razões. Tornou-se difícil para ele tocar, e tem problemas de saúde também. Acho que ele mencionou em um artigo para a Rolling Stone que tocar, para ele, é como correr uma maratona enquanto resolve equações matemáticas. Portanto, é muito desafiador, muito atlético, e com quase 63 anos de idade fica muito mais difícil. São shows de três horas, não podemos fugir disso. Deveríamos ter reduzido nessa turnê, mas não podemos. Talvez tenhamos no futuro uma oportunidade para mudar um pouco as coisas, o modo de fazer. Acho que, nas minhas entranhas, essa é a última grande turnê que faremos. Gosto de pensar que faremos shows especiais - talvez uma semana em Nova York, ou algo parecido - mas ainda não discutimos isso. Apenas queremos atravessar essa turnê e ver onde estamos. Queremos discutir se vamos fazer outro disco a qualquer momento em breve... um monte de coisas".
"Seja o que for essa turnê, não é o fim da banda. Estamos apenas revendo onde estamos em termos de grandes turnês. É isso o que é".
"Não estamos dizendo adeus. Estamos acenando com um 'vejo vocês mais tarde'".
"Seja lá o que for, se é o fim das turnês, me sinto bem por estarmos, pelo menos, tocando tão bem quanto estamos, por termos desenvolvido um show que traz bastante coisa da nossa história. É bom sair em uma marca como essa - estar no auge da forma, ou perto do auge da forma".
"Odiaria pensar que nos tornaríamos uma daquelas bandas que fazem duas semanas em Las Vegas - por que razão eu não sei. Dez shows no Madison Square Garden, bem, é um pouco diferente. Você pode trazer pessoas de todo o país. Não estou dizendo que isso é algo que vamos fazer, mas é uma opção, ou algo que você pode montar ao invés de fazer uma grande turnê, trazendo pessoas para o local. Vegas não é o tipo de ambiente, pelo menos para nós. É certo que não estaríamos felizes fazendo algo parecido com isso".
Sobre se o problema de Peart com turnês tem mais a ver com o seu desagrado em viajar e estar longe de casa do que com questões de saúde:
"Bem, sim, é que ele tem outros interesses. Acho que ele fica feliz em estar em casa, fazendo as coisas que faz".
Sobre se o Rush já compôs algum material para um novo álbum de estúdio:
"Não compomos nada enquanto estamos na estada. Tenho uma tonelada de coisas que venho compondo ao longo dos últimos dois anos... bem, mais que isso. E eu sei que se eu e Geddy nos reunirmos, ligaremos esse motor com bastante rapidez. Conversamos um pouco sobre fazer isso. Não duvido que, no outono (N. do T.: primavera no Hemisfério Sul) nos reunamos e comecemos a fazer jams ou tocar juntos. Ele está em um espaço interessante no momento. Adora estar na estrada, adora trabalhar. Ele é muito saudável, e se sente muito bem. Ele renasce um pouco mais, penso eu, com toda a ideia de tocar na banda e tudo o que isso significa. Dessa forma, ele está pronto para fazer. Sabe, é como dar um puxão nos dois sentidos".
Tradução: Vagner Cruz
Agradecimentos: Leo Skinner
Sobre a forma como a artrite afetou sua maneira de tocar:
"Sabe, você tem que ter cuidado com o que diz atualmente. Eu tenho artrite e venho lidando com isso há aproximadamente doze anos - artrite psoriática. Para mim, é principalmente sobre a pouca sensibilidade em minhas mãos. Sinto que elas ficam um pouco mais rígidas no fim dos shows e no dia seguinte, mas não é nada de fato que atrapalhe minha maneira de tocar. Isso não me prende, estou consciente disso. Não posso dizer que essa é a razão de eu cometer erros". (Risos)
"Continuo ouvindo isso até agora, e quase me arrependo de ter dito no passado. Todo mundo pensa, 'Oh, suas mãos... ele tem artrite, e é isso. Ele não consegue tocar'. Eu tenho isso, uma coisa que acontece quando ficamos mais velhos - dores e tudo mais - mas não é algo que impeça que eu toque. Fica um pouco mais difícil, um pouco mais desafiador fazer as coisas mais rápidas. Recebo alguns feedbacks no dia seguinte, mas não é nada que de fato fique no caminho".
O que ele está fazendo para lidar com sua artrite psoriática:
"Estive usando um medicamento biológico, Humira. É provável que você já tenha visto os anúncios do Humira. Acho que fiquei nele por cerca de quatro anos. Portanto, foi bom. Passei por vários medicamentos diferentes que foram muito difíceis para meu sistema, provocavam vários efeitos colaterais. Assim, mudei para o Humira e estou fazendo propaganda deles agora. Realmente, tem funcionado bem para mim".
Sobre se a atual turnê do Rush é de fato a última em grande escala da banda:
"Bem, eu amo o que estamos fazendo. Acho que estamos tocando muito bem. O show está funcionando perfeitamente, todas as coisas. É evidente que Neil não gosta de turnês, sob o aspecto de turnês que duram muito tempo. Ele tem uma família jovem, além de todas suas próprias razões. Tornou-se difícil para ele tocar, e tem problemas de saúde também. Acho que ele mencionou em um artigo para a Rolling Stone que tocar, para ele, é como correr uma maratona enquanto resolve equações matemáticas. Portanto, é muito desafiador, muito atlético, e com quase 63 anos de idade fica muito mais difícil. São shows de três horas, não podemos fugir disso. Deveríamos ter reduzido nessa turnê, mas não podemos. Talvez tenhamos no futuro uma oportunidade para mudar um pouco as coisas, o modo de fazer. Acho que, nas minhas entranhas, essa é a última grande turnê que faremos. Gosto de pensar que faremos shows especiais - talvez uma semana em Nova York, ou algo parecido - mas ainda não discutimos isso. Apenas queremos atravessar essa turnê e ver onde estamos. Queremos discutir se vamos fazer outro disco a qualquer momento em breve... um monte de coisas".
"Seja o que for essa turnê, não é o fim da banda. Estamos apenas revendo onde estamos em termos de grandes turnês. É isso o que é".
"Não estamos dizendo adeus. Estamos acenando com um 'vejo vocês mais tarde'".
"Seja lá o que for, se é o fim das turnês, me sinto bem por estarmos, pelo menos, tocando tão bem quanto estamos, por termos desenvolvido um show que traz bastante coisa da nossa história. É bom sair em uma marca como essa - estar no auge da forma, ou perto do auge da forma".
"Odiaria pensar que nos tornaríamos uma daquelas bandas que fazem duas semanas em Las Vegas - por que razão eu não sei. Dez shows no Madison Square Garden, bem, é um pouco diferente. Você pode trazer pessoas de todo o país. Não estou dizendo que isso é algo que vamos fazer, mas é uma opção, ou algo que você pode montar ao invés de fazer uma grande turnê, trazendo pessoas para o local. Vegas não é o tipo de ambiente, pelo menos para nós. É certo que não estaríamos felizes fazendo algo parecido com isso".
Sobre se o problema de Peart com turnês tem mais a ver com o seu desagrado em viajar e estar longe de casa do que com questões de saúde:
"Bem, sim, é que ele tem outros interesses. Acho que ele fica feliz em estar em casa, fazendo as coisas que faz".
Sobre se o Rush já compôs algum material para um novo álbum de estúdio:
"Não compomos nada enquanto estamos na estada. Tenho uma tonelada de coisas que venho compondo ao longo dos últimos dois anos... bem, mais que isso. E eu sei que se eu e Geddy nos reunirmos, ligaremos esse motor com bastante rapidez. Conversamos um pouco sobre fazer isso. Não duvido que, no outono (N. do T.: primavera no Hemisfério Sul) nos reunamos e comecemos a fazer jams ou tocar juntos. Ele está em um espaço interessante no momento. Adora estar na estrada, adora trabalhar. Ele é muito saudável, e se sente muito bem. Ele renasce um pouco mais, penso eu, com toda a ideia de tocar na banda e tudo o que isso significa. Dessa forma, ele está pronto para fazer. Sabe, é como dar um puxão nos dois sentidos".
Tradução: Vagner Cruz
Agradecimentos: Leo Skinner