29 DE ABRIL DE 2015 | POR VAGNER CRUZ
Lifeson reitera que a R40 será a última grande turnê do Rush |
Alex Lifeson concedeu uma pequena e importante entrevista ao repórter Nick Patch da agência Canadian Press, um pouco antes da banda iniciar seus ensaios no início de abril em Los Angeles. O guitarrista fala sobre a próxima turnê R40 e o futuro do Rush:
Como você se sente sobre diminuir o ritmo?
Tenho sentimentos mistos sobre isso. De certa forma, sinto-me aliviado. Acho que 40 anos é muito tempo para se estar na estrada da forma com a qual fazemos turnês. Gosto muito de estar em casa com meus netos. Aos 61 anos, sinto que não há mais nada que precisemos provar. Ainda adoro tocar, mas no caso do Neil, por exemplo, o trabalho é duríssimo. Tocar à sua maneira é muito, muito difícil para o corpo. Ele tem tendinite crônica nos braços e teve problemas nos ombros. Esse é o ponto, não importa o quanto adoremos fazer isso, é muito mais do que exigente e muito mais do que difícil. Sempre odiei a ideia de me tornar um daqueles caras que apenas vão lá para cima, velhos e que mal podem se mover - apenas fazendo por medo de não fazer, medo de não fazer um dinheirinho extra ou algo do tipo. Se essa é a última grande turnê que faremos, quero sair com louvores, onde todos lembrem do show que foram como o melhor que já viram do Rush. É um bom legado a se deixar - ao invés de uma sombra cansada de algo que você já foi um dia.
Vocês estão prestes a começar os ensaios fechados, certo?
Estive ensaiando por um mês para me preparar para os ensaios! Serão dois meses tocando. Dedico-me durante três ou quatro horas por dia a fim de me preparar para esses ensaios reais que vamos fazer em Los Angeles, para então termos uma semana cheia de preparações de produção. Ensaiamos até a morte, mas vale a pena. Você sobe no palco na primeira noite e se sente como se estivesse tocando há um mês. Sempre fomos loucos por isso. Há dois virginianos na banda - não é surpreendente.
Se a agenda de shows diminuir, como você passará seus dias?
Bem, nós não terminamos como banda. Ainda falamos sobre gravar. Quem sabe pode haver uma oportunidade no futuro para fazermos não uma grande turnê, mas uma série de shows... como uma semana no Massey Hall ou no Radio City Music Hall. Ged e eu estamos ansiosos para voltar a compor. Ele renovou seu estúdio, mesmo não sendo um cara que saca tanto dessas tecnologias. Provavelmente, ainda não conhece um por cento do funcionamento daqueles equipamentos, mas ele teve esse renascimento como músico, querendo tocar e estudar mais - é realmente inspirador de se ver. Quando as coisas diminuírem de ritmo, vamos começar a compor algumas coisas, para qualquer fim. Sempre conversamos em trabalharmos em alguma trilha sonora. Sobre Neil, ele realmente quer passar algum tempo fora, para estar mais com sua filha. Ela é muito pequena. Depois do que passou, ele gostaria de estar mais ligado à sua vida em família. Eu não culpo o cara.
Fonte: Global News
Como você se sente sobre diminuir o ritmo?
Tenho sentimentos mistos sobre isso. De certa forma, sinto-me aliviado. Acho que 40 anos é muito tempo para se estar na estrada da forma com a qual fazemos turnês. Gosto muito de estar em casa com meus netos. Aos 61 anos, sinto que não há mais nada que precisemos provar. Ainda adoro tocar, mas no caso do Neil, por exemplo, o trabalho é duríssimo. Tocar à sua maneira é muito, muito difícil para o corpo. Ele tem tendinite crônica nos braços e teve problemas nos ombros. Esse é o ponto, não importa o quanto adoremos fazer isso, é muito mais do que exigente e muito mais do que difícil. Sempre odiei a ideia de me tornar um daqueles caras que apenas vão lá para cima, velhos e que mal podem se mover - apenas fazendo por medo de não fazer, medo de não fazer um dinheirinho extra ou algo do tipo. Se essa é a última grande turnê que faremos, quero sair com louvores, onde todos lembrem do show que foram como o melhor que já viram do Rush. É um bom legado a se deixar - ao invés de uma sombra cansada de algo que você já foi um dia.
Vocês estão prestes a começar os ensaios fechados, certo?
Estive ensaiando por um mês para me preparar para os ensaios! Serão dois meses tocando. Dedico-me durante três ou quatro horas por dia a fim de me preparar para esses ensaios reais que vamos fazer em Los Angeles, para então termos uma semana cheia de preparações de produção. Ensaiamos até a morte, mas vale a pena. Você sobe no palco na primeira noite e se sente como se estivesse tocando há um mês. Sempre fomos loucos por isso. Há dois virginianos na banda - não é surpreendente.
Se a agenda de shows diminuir, como você passará seus dias?
Bem, nós não terminamos como banda. Ainda falamos sobre gravar. Quem sabe pode haver uma oportunidade no futuro para fazermos não uma grande turnê, mas uma série de shows... como uma semana no Massey Hall ou no Radio City Music Hall. Ged e eu estamos ansiosos para voltar a compor. Ele renovou seu estúdio, mesmo não sendo um cara que saca tanto dessas tecnologias. Provavelmente, ainda não conhece um por cento do funcionamento daqueles equipamentos, mas ele teve esse renascimento como músico, querendo tocar e estudar mais - é realmente inspirador de se ver. Quando as coisas diminuírem de ritmo, vamos começar a compor algumas coisas, para qualquer fim. Sempre conversamos em trabalharmos em alguma trilha sonora. Sobre Neil, ele realmente quer passar algum tempo fora, para estar mais com sua filha. Ela é muito pequena. Depois do que passou, ele gostaria de estar mais ligado à sua vida em família. Eu não culpo o cara.
Fonte: Global News