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2112 A FAREWELL TO KINGS HEMISPHERES
UMA CARTILHA CONDENSADA DO RUSH
Por Neil Peart
A entidade musical que é o Rush não é uma coisa fácil de se definir. Não há razão para supor que serei bem sucedido como muitos acham, exceto se eu tiver acesso à fatos reais e algumas informações privilegiadas sobre nossas motivações. Sempre nos esforçamos para evitar quaisquer classificações convenientes, a despeito de quem deve acrescentar uma etiqueta e atribuir uma função de tudo o que se vislumbra, e se essas observações realmente se encaixam ou não.
Pode ser que o termo frouxo o suficiente para abarcar qualquer coisa do conceito do Rush seja simplesmente "rock progressivo", pois é a este ideal de experimentação, integridade e liberdade de expressão que temos nos dedicado. Nossa música visa a cabeça, o coração e o abdômen. Só nos resta esperar que ela o marque de alguma forma.
O PASSADO - O Rush surgiu em um porão no subúrbio de Toronto durante a primeira onda de hard rock progressivo, no fim dos anos sessenta. Foi a era do Who, Cream, Jeff Beck, Zeppelin e Hendrix, sendo o primeiro período verdadeiramente livre e criativo da música popular. Isso teve um efeito profundo no futuro. A origem do nome agora é incerto, mas me expressa um ingrediente fundamental na banda até então: energia.
Foram Alex, Geddy e o baterista original, John Rutsey, por vezes aumentando para um quarteto temporário incluindo uma guitarra rítmica ou teclados, mas fundamentalmente sempre como um trio, figurando na interminável sucessão de festas, danças, escolas de segundo grau, arenas de hóquei e, finalmente, bares, bares e mais bares, o que era frustrante para uma jovem banda no Canadá. Geralmente a palavra catástrofe vem na forma de uma espiral descendente significando segurança e um "verdadeiro trabalho".
(Um breve aparte) Durante este período eu estava envolvido da mesma forma que os outros, com uma variedade interminável de pequenas bandas ao redor da Península do Niagara. Acabei indo para Inglaterra e fiquei lá por um ano e meio, tocando em mais bandas e fazendo mais algumas sessões inglórias. Foi tão difícil conseguir alguma coisa por lá como aqui, e por isso voltei pra casa triste, porém um homem mais sábio, só para encontrar o sucesso numa banda que eu nunca havia ouvido falar de Toronto, mas essa é outra história.
(Voltando à história) No início de 1974, o primeiro álbum acertadamente e simplesmente intitulado "Rush" foi gravado, sendo financiado e lançado de forma independente pela Moon Records através do empresário de longa data da banda Ray Daniels e seu parceiro, Vic Wilson. Isto teve de ser feito porque nenhuma gravadora no Canadá iria pegá-los de graça (não havia nenhum potencial comercial neles, vejam só). As sessões foram tarde da noite e os limites extremos de tempo e dinheiro estavam sempre presentes. O material era cru e imaturo, mas algumas das canções ficaram no repertório da banda durante anos. A produção foi um remendo resgatado no último minuto pela graça de Terry Brown (conhecido também por Broon), que continua sendo nosso co-produtor, o nosso ouvido objetivo, um quarto membro no estúdio. Ainda assim, um sonho havia sido realizado; houve um álbum!
Durante o Verão de 1974 ocorreram muitas coisas importantes que serviram para alterar todo o conceito existente sobre o Rush. Uma estação de rádio em Cleveland começou a tocar o álbum, o que resultou na importação e venda de uma pequena quantidade de caixas. Houve interesse. Uma empresa americana de agenciamento (ATI) começou a discutir a possibilidade de algumas datas americanas para a banda, acionando assim o interesse da Mercury Records, que assinou um lucrativo contrato de longo prazo. Houve um lançamento internacional.
A Mercury e ATI ficaram juntas, lançando uma tour promocional que abrangeria grande parte dos Estados Unidos, permitindo à banda tocar para milhares de pessoas. Houve uma turnê americana. Então, de repente, após um longo período de frágil saúde e frustração musical, Rutsey anunciava que iria sair, o que aconteceu apenas poucas semanas antes do lançamento do álbum, com a turnê prestes a começar. Não havia baterista.
É nesse momento da história que deixo de falar na terceira pessoa, com "eles" se tornando "nós". Entrei na banda no vigésimo primeiro aniversário do Geddy, 29 de junho de 1974, quando havia apenas duas semanas para reunir material suficiente a fim de cair na estrada. De alguma forma conseguimos, e fizemos nosso primeiro show juntos de frente para 18.000 pessoas, como banda de abertura para o Uriah Heep em Pittsburgh. Esta foi a primeira noite de uma interminável turnê, e a primeira de muitas em estádios da América e do Canadá, refinando e desenvolvendo nossos conhecimentos, aprendendo a viver permanentemente com as malas cheias e com breves e ocasionais momentos em casa.
Durante este período, fomos acumulando muito do material que formaria nosso primeiro álbum em conjunto, reunindo nossos recursos criativos, explorando nossas aptidões e personalidades. Tive de escrever muitas das letras porque nem Alex ou Geddy estavam interessados em fazer isso, e pareceu que seria divertido pra mim. Estávamos nos conhecendo melhor. Uma química pessoal e um senso de objetividade começou a se desenvolver entre nós, o que tem nos sustentado e nos inspirado contra todas as adversidades.
Em janeiro de 1975 entramos no Toronto Sound para gravar "Fly By Night". Estabelecemos algumas normas e instruções para nós mesmos com este álbum, adentrando em uma ampla gama temática e dinâmica que se concentrava em composição, musicalidade e arranjos interessantes. Foi muito bem recebido, ganhamos um disco de ouro no Canadá e vendas respeitáveis nos EUA, bem como o prêmio Juno Award como o novo grupo mais promissor do Canadá. Essas coisas ajudaram a reforçar nossa convicção e o que estávamos tentando cumprir, que era nos dedicar a alcançar sucesso sem comprometer nossa música, pois julgava que esta seria inútil sobre quaisquer outras condições.
De repente as pessoas começaram a nos levar a sério ou, pelo menos, reconheciam nossa existência, com exceção das rádios e da imprensa (se esses já tivessem ouvido falar de nós, decidiram manter um segredo muito bem guardado). Assim, saimos em turnê intensamente, pois esse era o único meio de ser ouvido (nós também curtíamos). Na verdade, existem apenas dois caminhos abertos para a sobrevivência de uma banda no mundo da música. Um deles é pela rápida capitalização de um único hit fabricado ou acidental e o outro é a subida lenta e constante realizada por uma longa e dura turnê. Então, saímos em turnê.
Em julho daquele ano fomos novamente para o familiar mundo paralelo do Toronto Sound a fim de gravar nosso terceiro álbum, "Caress Of Steel". Entramos serenos e confiantes e saímos com um álbum que nos orgulhou bastante, como um importante passo rumo ao nosso desenvolvimento, apresentando uma série de variedades dinâmicas e alguma originalidade. Este foi também o primeiro álbum a exibir os dons artísticos de Hugh Syme, um homem que desde então é responsável por todas as nossas capas. Infelizmente muitas coisas conspiraram contra nós, e o álbum vendeu mal. A turnê que se seguiu daí foi meio que jocosamente chamada de "Down The Tubes Tour", que trazia uma bela e deprimente lista de pequenas cidades e clubes, além de uma série de pressões indesejáveis vindas de certos lugares que insistiam em tornar nossa música mais acessível e mais vendável. Foi incerto por algum tempo se iríamos lutar ou cair, mas certamente enlouquecemos! Viemos de volta trazendo uma vingança com "2112", talvez nosso mais passional e poderoso álbum. Falamos ali de liberdade da tirania, e era o que ele realmente significava! 2112 foi, verdadeiramente, a primeira mistura de nossas diversificadas e esquizofrênicas influências, e foi também o primeiro álbum realmente bem sucedido. Sentimos de verdade naquele momento que tínhamos conseguido nosso próprio som, o que nos estabeleceu finalmente como uma entidade definitiva. A peça título que tomava um lado inteiro do disco tornou-se parte integrante dos nossos shows, tão divertido para nós como para nosso público. Foi gravado novamente no Toronto Sound, durante o frio inverno de 1976. Pelo menos tínhamos aprendido enfim a maneira de obter nosso próprio som em toda a gravação, bem como perceber a forma de acertar o equilíbrio entre o que poderíamos fazer no estúdio e o que podemos fazer no palco.
"All The World's a Stage", o nosso álbum duplo ao vivo, foi gravado no venerável Massey Hall em Toronto durante três memoráveis shows ocorridos nos dias 11, 12 e 13 de junho. Foi feito durante os shows daquela época e retratava, basicamente, uma antologia dos pontos altos dos nossos quatro primeiros álbuns. Para citar a resenha interna, "Este álbum para nós significa o fim do começo, um marco para assinalar o encerramento de um capítulo, nos anais do Rush".
O PRESENTE - Se era para ser o fim do capítulo um, então temos certeza de que estamos embarcando no início do capítulo dois. Tivemos um ano e meio entre álbuns de estúdio, um hiato criativo muito bem-vindo e uma oportunidade para nos concentrarmos em nossos instrumentos individuais, buscando o domínio das novas músicas a fim de manter o crescimento. Alex se transferiu para a guitarra de dois braços e para o baixo pedal sintetizador, Geddy também se aproximou de seu baixo de dois braços, sintetizadores e do Mini Moog, enquanto eu começo a me interessar por teclados de percussão como sinos tubulares, Glockenspiel e vários outros instrumentos percussivos aqui e ali.
Todos estes fatores contribuiram para o orgulho com que apresentamos nosso sexto e último álbum, "A Farewell To Kings". Pela primeira vez viajamos para fora de Toronto para gravar. Seguimos para o interior do País de Gales, no Rockfield Studios e, em seguida, para o AdVision Studios em Londres para a mixagem. Achamos o isolamento e a atmosfera bucólica do Rockfield muito propícia para o trabalho (não havia muita coisa pra se fazer por lá!). Fizemos uma boa utilização dos recursos variados que haviam no local, incluindo um enorme espaço acústico e a oportunidade única de registro ao ar livre. As aves de Rockfield podem ser ouvidas sobre a jazz-elizabetiana introdução da faixa-título. Esta canção é uma das nossas preferidas no álbum, pois encapsula tudo o que queremos representar com o Rush. Aves podem ser ouvidas mais uma vez na introdução à segunda peça, que é um exercício de fantasia intitulado "Xanadu". Qualquer um que venha assistir a banda na última parte da mais recente turnê americana e britânica talvez venha a se lembrar de que esta é, sem dúvidas, a mais complexa e multi-texturizada obra que jamais tocamos. Ela traz um dos mais emotivos e líricos solos de guitarra do Alex, bem como os vocais fortemente dramáticos de Geddy.
O lado dois abre com uma simples e clara faixa chamada "Closer To The Heart". Liricamente falando, se "A Farewell To Kings" olha para os problemas, "Closer" se vira para a solução. Ela é baseada em um versículo de um amigo nosso de Seattle e tem muito a dizer às pessoas que a ouvem. "Cinderella Man" é uma forte história escrita por Geddy com ajuda de Alex que mostra algumas das suas reações e sentimentos provocados pelo filme "Mr. Deeds Vai Para a Cidade". Esta canção traz uma rara (para nós) meia seção instrumental que poderia até mesmo ser chamada (calafrio) funky! Nos tornamos bucólicos por um momento para uma leve e curta balada intitulada "Madrigal", que é uma canção de amor muito bem tocada que traz uma assombrosa melodia de sintetizador e a bateria registada na sala de eco. Geddy faz um belo vocal nessa também.
Uma rápida mudança na atmosfera, e nos encontramos atingindo os pontos mais distantes do espaço exterior, no meio do buraco negro de "Cygnus X-1". Esta é a primeira parte de uma história épica que será prosseguida e concluída em nosso próximo álbum. A música foi quase inteiramente criada no estúdio, e foi uma realização extremamente gratificante para todos nós. Uma das coisas mais poderosas que fizemos. Se ela não lhe dá arrepios, provavelmente você não está tocando alto suficiente!
FUTURO - Nosso futuro imediato é, naturalmente, excursionar. Estaremos em turnê pelos Estados Unidos e Canadá extensivamente até fevereiro de 1978, quando pretendemos retornar à Europa para mais uma turnê de seis semanas, englobando toda a Grã-Bretanha e Europa continental. Logo depois será hora de gravar um outro álbum, talvez umas férias. Também gostaríamos de ir para o Extremo Oriente nos próximos anos, mas como é habitual nunca dá tempo de realizar tudo o que gostaríamos.
Muitos sonhos têm se tornado realidade para nós, e temos tentado estar à altura deles para merecer o respeito de todos aqueles que nos apoiam, e de todos aqueles que ainda não. Nosso único objetivo é o de comunicar as coisas que apreciamos, e as coisas que são importantes para nós. Nossa única esperança é a de talvez contribuir com algo agradável e importante para aqueles que encontramos ao longo do caminho e, certamente, há poucas coisas mais agradáveis ou mais importantes do que a boa música. Se tudo isso é o Rush, é tudo o que gostaríamos de ser.
O SHOW
O RUSH demora aproximadamente oito horas para montar o show para sua exibição pública. São dezesseis pessoas no total para desempenhar as funções necessárias a fim de converter um estádio vazio em uma apresentação finamente produzida. Toda parte de som e iluminação para a banda é erguida com habilidade e precisão. O show é repartido em três grupos: iluminação, sonorização e equipamentos pessoais.
NATIONAL SOUND
National Sound é uma companhia de Springfield, Virginia (EUA) que fornece equipamentos personalizados e técnicos qualificados. O equipamento utilizado é idealizado para projetar som de forma que entregue as dinâmicas da banda com sucesso para um público tão vasto como 15.000 pessoas e, em alguns casos, 23.000 pessoas. Todos os 32 falantes de 12'' utilizados são J.B.L., além de termos mais 24 de 18", doze bancadas de cornetas de agudos e oito de cornetas longas. O RUSH usa um total de 35 microfones fornecidos pela Shure, Sennheiser & Electrovoice. Além do sistema principal, os monitores do RUSH são providos pela Crown com os mixers da Soundcraft e Apsi. A mesa de monitoração de dezesseis canais e o console de mixagem geral de 32 canais estão entre os equipamentos fornecidos. Todos os efeitos especiais relacionados ao som são fornecidos ao RUSH através da Eventide Clockworks. Entre os equipamentos Eventide estão: um Eventide Digital Delay, um Eventide Instant Phaser e um Eventide Harmonizer para teclado.
SEE FACTOR INDUSTRIES, INC.
See Factor é uma empresa da cidade de Nova York que prevê projetos de iluminação teatral personalizados. O sistema que está atualmente sendo utilizado pelo RUSH contém mais de cento e cinquenta lâmpadas e foi construído especialmente para essas apresentações. Entre os equipamentos utilizados, há lâmpadas chamadas luzes de pouso compradas especialmente para nossos shows e também luzes Mole Richardson Fey, ambas usadas para circundar a banda em uma verdadeira gaiola iluminada. Também há sessenta e cinco lâmpadas mistas de 1000 watt por par, juntamente com algumas Liko e projetores. Todas as lâmpadas são manipuladas por uma controladora principal de 60 canais que possui três cenas pré-programadas. Adicionado à controladora principal, há um painel de ligações com progamação independente de interruptores que permite mudança de cenas em cores que buscam preparar a próxima projeção.
A BANDA: ALEX LIFESON, GEDDY LEE, NEIL PEART
As próximas pessoas são os mais essenciais para o sucesso do show, principalmente porque eles são os técnicos pessoais da banda. Esta equipe totaliza cinco profissionais consultores técnicos. Esses técnicos ajustam os equipamentos dos músicos e coordenam todas as fases necessárias para assegurar um bom funcionamento e desempenho profissional. Cada membro da banda utiliza seu próprio técnico, o que permite obter o som e a liberdade necessários para que ele possa executar sem impedimentos o melhor de sua capacidade. A maior parte dos técnicos trabalha vinte e quatro horas por dia durante meses a fio, e são dedicados à única finalidade de proporcionar uma emocionante e inovadora produção que estamos orgulhosos de levar para várias cidades de todo o mundo.
EQUIPE PESSOAL DO RUSH
Roadmaster, Lighting Producer & Director - Howard Ungerleider
Stage Manager - Mike Hirsh
Sound Engineer & Crew Co-ordinatlon - Ian Grandy
Stage Right Technician - Liam Birt
Stage Left Technician - Skip Gildersleeve
Centre Stage Technician - Larry Allen
Guitar Maintenance & Backstage Co-ordination - Tony Geranios
Chauffeur Extraordinaire & Electrical Supervision - George Hoadley
NATIONAL SOUND Springfield, VA.
Tom Linthicum - Chlef Technician
Steve Brooks,Terry Ward - Technicians
SEE FACTOR INDUSTRIES, INC.
New York City-Bob See, President - Eliot Krowe, Vice-President
John LeBlanc/Ruke Subourne - Technicians
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS:
Fanfare Sound Inc. - Chicago
Electrosound P.A. - United Kingdom
Len Wright Travel - United Kingdom
Thrasher Bus Lines-Birmingham, Alabama
See Factor Trucking - New York City
Edwin-Shirley Trucking - United Kingdom
Management - Ray Danniels, Vic Wilson, Toronto, Canada
BOOKING AGENCIES
Canada Music Shoppe International - Toronto, Canada
United States American Talent International - New York City
United Kingdom - Bron Agency - London, England
CORRESPONDENCE - P.O. Box 640, Thornhill, Ontario, Canada L3T 4A5
ALEX LIFESON
Antes de começar, gostaria de dizer que não é fácil escrever sobre si mesmo. No entanto, farei o meu melhor para não te aborrecer.
Eu nasci no próspero porto de pesca nas montanhas de Fernie, Columbia Britânica, onde muitos cavalheiros com aparência de estrangeiros e com grandes testas mantiam uma parada para escunas e U-boats. Quando tive idade suficiente para andar, aprendi a andar. Eu sabia, mesmo assim, que tinha que ir para Toronto onde poderia conhecer alguém interessado em algo mais do que "Maria Tinha Um Cordeirinho". Mais tarde, eu cresci.
Depois de um breve período onde não aprendi a tocar viola, decidi aprender violão. Isso foi há cerca de dez anos. Foi mais ou menos quando me encontrei Geddy. De repente minha vida mudou. Eu cresci.
John Rutsey, que era então um Viking, Geddy, que não era um Viking e eu formamos a banda. Não era como agora, pois patrulhávamos áreas devastadas pelas guerras do Oriente Médio e contraíamos mais dívidas quanto possível. Fizemos isso com amor.
De qualquer forma, o resto não é história, mas tenho certeza de que vocês sabem o que nós temos feito desde então e o que temos gravado. E se você souber por favor me diga porque eu não sei e eles só me deixam sair nos fins de semana. E eu detesto aquelas jaquetas ridículas com manga comprida e eles não me dão um apontador para o meu giz de cera!
Equipamento: Além de giz de cera e meu livro de colorir do Batman, uso dois Marshall 100's espalhados por três caixas, dois amplificadores Marshall de reserva, três caixas sobresselentes, uma Fender JBL Twin Reverb para microfonação primária de P.A., uma Gibson ES-335, ES-355, Les Paul Standard, Custom Double-Neck, Pyramid Custom, Dove, J-55, B-45-12, C-40, bandolim BG-50, dois Maestro Echoplex, uma unidade Roland Chorus, um pedal de volume Morley, um Cry Baby Wah Wah, um Electro-Harmonix Electric Mistress, pedaleira personalizada Kojima e um único afinador Lief Bjorn.
NEIL PEART
Comecei a tocar bateria aos 13 anos, quando meus pais ficaram cansados de me ver batendo no mobiliário com pauzinhos. Tive aulas de bateria como presente de aniversário. Logo depois ganhei minha primeira bateria, um adorável kit de três peças em vermelho cintilante. Após um período de aulas formais, passava as tardes tocando junto com os hits do dia nas rádios (era bem alto até para mim, e os vizinhos adoravam!). No entanto, comecei a sentir as limitações do "These Boots Are Made For Walking" na minha educação musical, e estava procurando alguma coisa mais forte.
Foi então que me tornei emocionalmente envolvido com música, quando descobri as grandes obras do Who, Hendrix, Cream e outros da época que foram inovadores e estimulantes, muito inspirados com a liberdade de expressão que estava presente nitidamente na música popular. Estava viciado.
Certamente o evento mais importante na minha carreira um pouco axadrezada foi meu encontro com Alex e Geddy. Finalmente encontrei uma banda que pretendia conseguir algo útil. Durante todo esse tempo juntos, o Rush tem cumprido todas as minhas aspirações pessoais e ambições musicais. A abordagem aberta para nossa música me permitiu desenvolver em qualquer direção na qual sentisse interesse, sem limites, sem preconceitos e limitações. Quem poderia pedir mais? Nem eu.
Minha bateria é toda Slingerland, com todos os cascos tratados por um processo chamado VibraFibing, onde é colocada uma fina camada de fibra de vidro no interior dos cascos. Isso ajuda a melhorar o calor natural e a ressonância dos tambores, ao mesmo tempo que acentua o ataque e dá maior projeção. O kit consiste de dois bumbos de 24", toms de concerto de 6", 8", 10" e 12", tom-toms de 12", 13", 15" e 18" e uma caixa de madeira de 5" x 14". Os pratos são todos Avedis Zildjian, um splash de 6" e um de 8", dois ataques de 16", um de 18" e um de 20", um prato de condução de 22", um pang de 18" e um par de contra-tempos de 13".
A minha coleção de "brinquedos" de percussão inclui atualmente sinos tubulares, Glockenspiel, carrilhão, temple blocks, timbales, árvore de sinos, triângulos e um conjunto de cowbells melódicos.
Eu uso Remo Black Dot no ataque da caixa e nos bumbos, Ludwig Silver Dot nos toms de concerto e nos timbales, Evans Looking Glass (ataque) e Blue Hidráulica (resposta) nos tom-toms. Uso baquetas Promark 747 com o verniz lixado na área de pegada.
GEDDY LEE
Olá!
Falar sobre a minha história como músico é o mesmo que falar sobre a história do RUSH. Acho que pode-se dizer que crescemos juntos. Entrei nas primeiras semanas de existência da banda, há cerca de nove anos (setembro 1968). Alex me chamou e, nesses dias, quando ele ligava era geralmente para pegar meu amplificador emprestado. Mas desta vez ele me quis emprestado, para tocar numa banda local juntamente com John Rutsey naquela noite. Concordei, ensaiamos por algumas horas e fizemos o show. Desfrutamos da música que tocamos juntos e decidi fazer isso em nome de RUSH. E aqui estou ainda.
Meus objetivos e aspirações como músico foram e são pura e simplesmente estes: Fazer música que alcance os padrões que impus a mim mesmo, comparada aos padrões de músicos que admiro e respeito. E, o mais importante, continuar a crescer como músico e nunca aceitar algo que é o segundo melhor. No RUSH estou tentando cumprir estes objetivos.
Meu Equipamento
Eu uso principalmente um baixo Rickenbacker modelo 4001. Uso em estéreo, com meu captador da ponte ligado a um Ampeg SVT e duas caixas 2X15" da Sunn com falantes SRO colocados em ambos os lados do palco. Meu captador do braço vai para um Ampeg SVT e duas caixas V4B com falantes JBL, também colocadas em ambos os lados do palco.
Uso também uma guitarra-baixo de dois braços da Rickenbacker, o baixo é um modelo 4001 e a guitarra é um modelo padrão de doze cordas da Rickenbacker com captadores humbucker. Uso um Fender Twin Reverb com a doze cordas. Outros baixos inclusos são um Rickenbacker 3001 e um Fender Precision Bass com um captador adicionado na ponte, configurado em estéreo e cortado num formato de gota.
Tenho uma Gibson ES-335, um violão do cordas de nylon Martin e um Gibson Dove. Os sintetizadores que uso são um Moog Taurus Pedal e um Mini Moog.