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04 DE JANEIRO DE 2014 | TRADUÇÃO LEO SKINNER / REVISÃO VAGNER CRUZ

Allan Weinrib (irmão de Geddy) e Dale Heslip
Allan Weinrib, Dale Heslip e Geddy Lee se reúnem aproximadamente 4 a 5 meses antes do início da turnê para começar a planejar os vídeos. Enquanto o Geddy trabalha no setlist com a banda, começamos a ter uma grande variedade de músicas, se poderiam ser essa ou aquela, e a partir daí nós decidimos quais sons possuem um visual e para quais podemos criar um visual. Recentemente temos esse tipo de padrão: um video de abertura, um de intervalo e outro de encerramento para o show. Isso geralmente leva perto de um mês para chegar num ponto onde realmente temos uma idéia sobre o que queremos fazer! Nós três meio que jogamos um jogo de ping pong, que tal fazer isso, que tal fazer aquilo, ah essa é uma grande ideia, e vamos jogando até encontrarmos algo que seja fértil!

"Eu não faço ideia que diabos vocês estão fazendo lá, mas tudo o que eu ouço são um monte de risadas"! - Kyla, filha de Geddy.

Dale vai longe com as ideias. Escreve algumas coisas soltas e depois as juntamos como se fosse um pedaço de argila para massagearmos. Quando Geddy sente que é legal o suficiente para mostrar a banda, ele compartilha com Alex e Neil, e logo eles comentam, adicionam seus pontos de vista e seus humores.

Se necessário, Alex se junta a nós na mesa redonda ou na cúpula criativa e a ideia de desenvolve ainda mais. É difícil incluir o Neil nos primeiros passos do processo, pois ele vive em Los Angeles e recebe as atualizações através do Geddy. Uma parte interessante do processo é que uma vez que encontramos a história, nós a colocamos numa estrutura de roteiro com começo, meio e fim. O diálogo inicial é fixo, e o final é trabalhado com a banda porque os três são fantasticamente divertidos!

No R30, a ideia toda começou com a abertura animada. Geddy gostou do conteúdo, mas achou muito sério. Ele teve a ideia de mostrar alguém acordando de um sonho. O primeiro conceito seria na verdade o de ter um personagem despertando assustado e dizendo, "Hey cara, o que foi isso"?!

Originalmente Dale não estava envolvido com a animação, mas Allan o ligou dizendo, "Geddy quer fazer isso, você está interessado"? Começamos a procurar alguns nomes, Allan nos trouxe algumas ideias e por fim nós tivemos o Jerry Stiller! Tivemos que voar até Nova York para filmar Jerry no hotel, acordando de um pesadelo com uma camisa apertada do Rush. Tínhamos o mesmo pulando pra todo o lado com poses de poder, e depois indo para a cama fingindo dormir enquanto Dale assobiava "Closer to the Heart" para o final. Isso funcionou tão bem para os fãs que para a próxima turnê Geddy queria que fizéssemos algo novamente, e foi aí que o tivemos acordando de um sonho. Precisávamos de alguém para ir ao trailer dizê-lo que já era hora de subir ao palco. Sondamos alguns atores, como Jack Black, mas as agendas nunca batiam. Então Dale sugeriu: "Porque você não faz isso"? Geddy sempre fez esse sotaque escocês, "você pode colocar essa saia escocesa e essa bolsa peluda (Hairy Satchel)", e ele respondeu "O nome será esse! Harry Satchel"!

Quando filmamos, foi necessário fazer uma montagem, onde Geddy interpretava ele mesmo e Allan como Harry Satchel, e depois Geddy interpretava Satchel e o Alan era o Geddy.

As coisas começaram a rolar com narrativas divertidas e cômicas abrindo os shows e tendo a banda como atores. Na Snakes & Arrows Tour, tínhamos Alex despertando de um pesadelo e acordando sua amada, que acabava sendo o Neil, para o horror dos dois no vídeo. Eles se divertiram e curtiram fazer!

Um vídeo que foi divertido de fazer foi "What's that smell", uma reaparição de Harry Satchel. Neil estava em Los Angeles e não queria voar até Toronto pra gravar esse pequeno trecho. Dissemos OK e o transformamos em um boneco de ação GI Joe na bateria! Nós já tínhamos as Barbies, elas ficavam na frente do Alex durante a tour, e a equipe escrevia frases diferentes todas as noites nos papéis que as bonecas seguravam, como "Você é ótimo"!

Alex Lifeson e o molde de gesso que deu origem a prótese utilizada na Time Machine Tour

Outra cena divertida foi quando filmamos o vídeo de encerramento para Snakes & Arrows Tour, com Harry Satchel mandando todos para casa. Você ouve cadeiras e vidros se quebrando enquanto o público vai embora, o olhar no rosto do Alex quando se alivia, a cabeça do Jerry Stiller dizendo "Bem, isso é estúpido". Nós também temos o Neil com sua cabeça na almofada enquanto as Barbies estão o assediando. Originalmente eu e o Alan que dublariam as bonecas, mas pensamos que seria muito melhor se fosse o Alex e o Geddy quem fizessem isso, além de segurá-las. Eles diziam coisas como, "você é tão fofo", "eu sou do Brasil", tudo enquanto o beijavam! Assistir esses músicos super talentosos, essas lendas fazendo esse tipo de coisa foi uma cena muito divertida de se ver. Neil estava confortável e rindo muito com isso.

O desafio de filmar é que precisamos dos três caras. O processo para eles, em termos de ensaio, é que uma vez que chega num ponto onde todos concordam com o setlist, Neil começa ensaiar em Los Angeles. E depois que ele volta pro Canadá precisamos encontrar uma brecha de oportunidade enquanto eles estão nos ensaios. Eles ensaiam por mais ou menos um mês, e geralmente depois de aproximadamente sete dias nós encontramos em um fim de semana que possamos sequestrá-los e colocá-los num estúdio.

Para a Time Machine, a produção foi feita em três dias divididos em dois fins de semana. Dois dias no bar e um no estúdio com fundo verde. O bar fica num lugar abandonado perto do antigo restaurante Cherry Street (um restaurante famoso em Toronto).

Filmamos um punhado de coisas no primeiro dia, que não foi focado muito no dialogo. Deixamos eles se divertirem e terem bons momentos enquanto o assistente de roteiro anotava tudo o que diziam. E no fim do dia revisamos as anotações assimilando-as no roteiro.

Originalmente tínhamos uma pessoa para escrever o diálogo, mas descobrimos que ele não iria funcionar. E aquilo que os três diziam era muito mais engraçado e divertido. Dessa forma, não trouxemos mais o roteirista.

No dia seguinte encontramos com os rapazes para revisar o roteiro. E no fim do segundo dia assimilamos todos os seus melhores improvisos e idealizamos o dialogo deles!

No vídeo de abertura, estava muito, muito, muito quente durante os dois fins de semana em junho para a cena "Haus of Sausage". Alex vestia uma fantasia de gordo, e entre os takes ele tinha que ir para uma sala separada com ar condicionado, onde poderia levantar a fantasia e tentar se refrescar um pouco com os ventiladores.

Isso foi no segundo fim de semana no estúdio, onde Alex quase desmaiou de desidratação, ele tinha vários e vários takes, combinados com o calor, ele quase desmaiou já que não conseguimos mantê-lo hidratado o bastante.

Depois disso ele não quis mais vestir a fantasia de gordo.

A diretora de elenco estava tendo dificuldade em encontrar três músicos para "The Real History of Rush". Ela tinha que encontrar caras não sindicalizados, engraçados, que se pareciam um pouco com a banda quando eram jovens e que tinham capacidade musical e de atuar. Por fim, Geddy disse, "Tudo o que vocês precisam é de dois caras engraçados e um baterista talentoso"!

Você sempre ouve que crianças e animais são os piores para se trabalhar. Nós utilizamos bebês, crianças e chimpanzés, estávamos preparados para uma manhã de pesadelos, preparados para contê-los se o mundo desabasse. E acabou que a chimpanzé Susie foi a parte mais fácil de filmar, era totalmente profissional!

Os caras dos chimpanzés vieram de Los Angeles, eles eram inacreditavelmente profissionais. Chegaram e se apresentaram por 10 minutos para a equipe. Eles estabeleceram regras para os animais não se assustarem: sem fotos, sem celulares, sem movimentos rápidos! A Chimpanzé tocou baixo, bateria e guitarra, foi feito em 30 minutos... Incrível, você coloca alguns óculos, ou algumas bandanas do Neil e os transformam em um membro do Rush!

Alex ainda feliz nos estágios iniciais de sua interpretação

Lou Pomanti é o gênio musical por trás das diferentes variações para Spirit of Radio. Nós nos divertimos muito com Lou, ele nos trouxe todas essas talentosas peças, rimos o dia inteiro. Geddy chegou por volta das três da tarde, e em um dos takes ele cantou vocais fantásticos para a versão country e para a versão disco! Foi divertido ver o Geddy gravando, ele adorou esses estilos diferentes, seu sorriso ia de orelha a orelha enquanto gravava.

Para a Time Machine, conversamos com John Hamburg, diretor do filme "I Love You, Man". Pedimos para que escrevesse partes para "The Real History of Rush", com a qual ele não se sentiu confortável, mas se ofereceu para fazer o filme de encerramento. Eu conseguiria Paul Rudd e Jason Segal para recriar o papel do filme, então John escreveu o roteiro, fomos para Los Angeles e fizemos a produção em conjunto com ele. A parte mais difícil foi encontrar salas como camarim livres para filmar. A Universal construiu um estúdio completo para Conan, mas a série foi cancelada, então decidimos que iríamos filmar no estúdio abandonado.

Para a Clockwork Angels tour, tivemos a intenção de explorar o tema Steampunk. Gostaríamos de saber como representaríamos tudo isso num vídeo de abertura. Então Dale chegou, e com sua jornada nos bastidores descobriu quais seriam as piadas: Scott inflando Alex, já que ele é muito grande, Geddy tendo seu pescoço esticado por Skully e Neil como um robô, já que ele sempre brinca que ele é assim, com Gump o reconstruindo. Havia uma extensão no final do vídeo que acabamos decidindo que não iria rolar, uma peça de animação que achamos fantástica e que está inclusa como um extra no DVD.

A filha de Geddy interpreta Koogle no video de abertura para a Time Machine tour. Ela deve ter adorado participar, pois estuda teatro numa universidade nos Estados Unidos! A filha de sete anos de Dale toca guitarra no vídeo de intervalo também para a Time Machine.

Para o vídeo de intervalo, Jay Baruchel e os caras começaram a improvisar. Eles são improvisadores fantásticos, ainda mais quando você adiciona um ator como Jay, que é um tipo camaleão super talentoso! Ele é o cara perfeito para contracenar com os três!

Não tenho certeza se alguém percebeu durante os shows ou se já foi postado no Rush is a Band, mas preste bastante atenção em Carnies no DVD. Em algum momento no telão há gêmeos siameses, os quais são Alex e Geddy, e uma senhora barbada, que é o Neil! Eles se movem e em outro momento a senhora barbada esmaga uma mosca!

Quando Neil ouviu falar sobre isso, ele insistiu para ser a senhora barbada.


Nós já sabíamos desde o começo que Geddy e Alex seriam os dois siameses, mas ainda não tínhamos certeza sobre o Neil. Quando ele ouviu falar sobre isso, insistiu que seria a senhora barbada. Nós queríamos ter aquele estilo dos pôsteres que você vê nos antigos circos, para a canção Carnies. Você também pode ver o Neil como a mulher barbada em algum lugar no vídeo de abertura.

Como vocês determinaram quando iriam filmar a turnê Clockwork Angels?

Nós queríamos filmá-la na primeira perna da turnê com a orquestra, e filmar um tempo depois no decorrer da mesma para que todos soubessem suas partes. O custo proíbe trazer a equipe e o equipamento completo para vários shows, no entanto a banda tem sua própria equipe de vídeo, a qual também poderíamos usar. O show principal com a equipe e equipamentos completos foi feito em Dallas, mas também temos o vídeo completo do show de San Antonio e Phoenix.

Alex Lifeson quase pronto como Slobovitch

Uma vez que o show começa tudo fica realmente intenso, seu esfíncter se aperta, você toma toneladas de água e conversa feito louco!

O diretor de fotografia determina os níveis de exposição, as câmeras com equilíbrio de luz balanceados e também decide até onde elas podem filmar. Você tem que balancear as cores em todos os pontos, os mais quentes, os mais frios, os pontos são muito brilhantes para a câmera. Para uma plateia ao vivo eles são ótimos, mas para uma câmera são completamente ofuscantes. Quando você ajusta o nível de exposição, o plano de fundo fica todo escuro, e para o DVD você precisa criar um bom balanço. E a única hora que você tem pra fazer isso é um pouco antes de começar a passagem de som, porque você tem operadores por todo lado e pessoas para ficar no palco representando a banda. Por alguma razão Allan sempre fica no lado que representa o Geddy no palco! Howard Ungerleider (diretor de iluminação) trabalha muito próximo com o diretor de fotografia, sempre fazendo ajustes com as luzes quando requerido.

Durante o show, Dale, Allan e todos os operadores de câmeras ficam com fones de ouvido. Dale é quem fica assistindo as transmissões ao vivo e conversa com os operadores de câmeras para garantir que eles tenham os enquadramentos mais interessantes, também se certificando que não tenham os mesmos ângulos. A pior coisa seria se todas as câmeras estivessem apontadas para o Geddy e nós ficarmos sem nenhum ângulo alternativo. Uma vez que o show começa, tudo fica realmente intenso, seu esfíncter se aperta, você toma toneladas de água, você conversa feito louco!

Para filmar Time Machine, vocês tinham aquele balão muito legal que se movia por toda a arena. Aquilo funcionou?

Foi bom, o conceito era ótimo, mas a câmera não estava a par.

Lilah Heslip, filha de Dale representando Alex Lifeson

E sobre o som para o DVD?

Usamos o Music Mix Mobile (M3) vindo de Nova Jersey. O M3 é considerado um dos melhores da industria, ganhando recentemente alguns prêmios no 52º Grammy Awards e no 25º aniversário do Rock & Roll Hall of Fame. Joe Singer e Rich Chycki cuidavam das 50 pistas e dos microfones adicionais usados para a platéia. A experiência de Rich e Joel provou ser inestimável quando gravaram a platéia e obtiveram um ótimo som 5.1 surround! Nas noites filmadas, havia três alimentadores de som, um para os retornos (os quais Alex, Geddy e Neil escutam), um para a frente do palco (o que nós ouvimos) e um para o caminhão da M3 (para o DVD).

Qual é o tamanho da equipe para o dia de gravação do DVD, quais são as dificuldades?


R30 teve 40 ou 45 membros de equipe, Time Machine e Clockwork Angels aproximadamente 35. Você tem que manter todos informados. Todos nós precisamos de uma sala própria. Há várias negociações entre Craing Blazer (CB) e o Allan. Planejamento é tudo aqui, começa pela parte de como iremos nos dividir e conquistar tempo e espaço.

Alguns locais trazem somente duas baías, onde a equipe do DVD irá deixar suas coisas para usar no decorrer da noite e organizá-las no fim do show, quando os roadies precisam tirar o equipamento de lá para a próxima apresentação. A equipe do DVD precisa encontrar outra forma de pegar seu equipamento sem interferir na equipe da banda. É tudo coordenado, temos que trabalhar bem próximos com Craing Blazer para ter certeza de que tudo flua. Em ultima análise, tudo isso leva três horas ou mais, tem que funcionar perfeitamente para guardarmos tudo e irmos embora o mais rápido possível, saindo do caminho deles.

Parte do desafio é o espaço físico, que é gigantesco. Você não pode apenas correr aqui e ali, conversar com alguém e dizer que está tudo ótimo. Você tem que andar por todo o estádio, algumas vezes usando fones, ás vezes os roadies estão loucos, fica uma confusão, e você pode não conseguir ouvir algumas coisas!Você pode estar em um dos lados do local, trabalhando em alguma peculiaridade e precisa falar com a banda, uma vez que o público chegou. Você fica limitado a correr por fora do perímetro externo. Allan percorre quilômetros!

E a banda, eles se esgotam?

O trabalho do Allan é fazer com que o processo de gravação não interfira no show, quase como um processo invisível.

A banda faz sua rotina regular. Allan conversa com eles, os mantem informados sobre quando equipe do DVD está pronta, e verificam qualquer coisa de ultima hora.

No caso da turnê Clockwork Angels, eles estavam com uma rotação de músicas entre um show e outro. Allan queria todas as músicas que estavam tocando do Clockwork Angels em uma única noite, então teve que negociar com a banda para adicionar uma música extra. Eles concordaram, o que foi ótimo, mas em depois reclamaram que uma música a mais seria muito difícil de fazer, mas eles fizeram.

Por outro lado é como um show normal, nós só tentamos sair do caminho deles. Mas eles se bombam, pois eles sabem que têm de adicionar algum "extra" porque têm ciência que estamos filmando tudo.

Alex não estava se sentindo muito bem no show de Dallas. Ficamos sabendo logo após o show, quando fomos tomar umas taças de vinho com o Geddy e o Alex não estava lá. Durante o show você nunca saberia, ele é muito profissional!

Para Clockwork Angels Tour, seguimos a banda no palco, saímos com eles no começo e os seguimos depois da passagem de som. A principal ideia desse DVD é que queríamos cruzar a linha, meio que mostrar o que a equipe estava fazendo durante o show.

Estávamos tentando descobrir como iríamos acabar com isso, que deve ter sido ideia do CB. Você sabe, no final do show, enquanto Geddy está falando, Neil dispara até o seu ônibus. Dessa forma porque não ter um câmera para correr atrás dele? É um show longo, os caras estão trabalhando a horas. Eles filmaram a passagem de som, um pouco dessas coisas variadas, o primeiro set, filmaram algumas coisas durante o intervalo, o segundo set, e agora o cara está com a câmera e tem que correr atrás do Neil depois do show. Keith Greenwood teve que ficar com o equipamento firme em seus ombros por horas e horas, o show termina, "você tá pronto pra ir?", "sim, estou pronto", Neil corre 100 milhas por hora enquanto o câmera tenta desesperadamente ir atrás dele.

Nós vamos até o backstage, e gargalhamos com Geddy, nós conseguimos, conseguimos filmar Neil correndo até o ônibus. Geddy comenta que provavelmente perderam a melhor parte, a segurança dizendo "Ele corre mais rápido que a Britney Spears!". Como Dale e Allan estavam deixando o local, eles correram até a segurança, e Dale conseguiu filmá-la dizendo essa ótima frase a tempo!

Alex quase pronto para encarar a interpretação de Ray Danniels

Como é a pós-produção?

A pós-produção leva alguns meses, e mais alguns para editar e para todo o processo de criação, determinando quais irão ser os extras. E tudo isso leva três ou quatro meses!

Para o som, Alex trabalha com Mike Fraser e Andy Curran, que são os ouvidos da banda. Clockwork Angels foi um pouco mais complicado com a adição das cordas. As cordas e a guitarra do Alex estão na mesma frequência, e se torna um problema quando você precisa ouvir as guitarras e as cordas, encontrando o balanço até funcionar!

Há uma mixagem feita, a banda aprova, e nós alinhamos com as imagens. Todos nós chegamos a um meio termo, a banda fica feliz com o som do show, e fomos capazes de deixar as cordas num nível que salta do ponto visual, você encontra um lugar feliz quando todos dizem que funcionou.

Como foi a experiência de trabalhar com as cordas?

A banda amou! As cordas tiveram um ótimo momento, foram muito bem recebidas, visualmente era ótimo! E a Audrey Solomon (violino) ganhou seu próprio fã clube. Neil disse que ele viu alguns cartazes escritos "Viemos pela Audrey"!

Lucas Heslip no fundo verde para Clockwork Angels

Lucas era o garoto fugitivo que fiscal observa através do telescópio

Quantas pessoas estiveram envolvidas no pós-processo?

Geralmente há um editor, um assistente de edição e um pós-produtor. Para esse DVD tivemos três editores, um para o primeiro set, um para o segundo, e outro para o vídeo de introdução.

Aaron Dark (que trabalhou no DVD Time Machine) e Mark Morton (que esteve no Rush in Rio, R30 e Snakes & Arrows) compartilharam a edição para o primeiro e segundo set. Eles dividiram o show, não tenho certeza se eles tiraram na sorte quem iria trabalhar em qual, mas foi um processo legal. Eles meio que trabalharam juntos, onde poderiam mostrar um ao outro as edições e meio que inspirar um ao outro. Nós sentavamos para examinar e fazer nossos comentários, "aquela edição fica melhor que essa". O processo de edição é longo, encontrar o ritmo para cada música é algo que consome muito tempo, e o tamanho da mídia é enorme!

Lauren Picbe é o assistente de edição. Nós a trouxemos como nossa gerente de mídia digital no dia da filmagem, a tínhamos desde o comecinho. Ela deveria manter tudo nos trilhos, nós também a utilizamos para editar as quatro músicas extras (as quatro que não foram filmadas em Dallas mas que eram parte da turnê). Elas se tornaram material bônus.

Por fim, tínhamos quatro editores diferentes, trabalhando em tudo o que filmamos do show. Um dos maiores elogios que tivemos foi quando Geddy veio assistir, e sugeriu poucas mudanças de fato, seus comentários eram mais relacionados ao áudio do que ao video, o que foi realmente ótimo!

Clockwork Angels Tour traz uma vibe ótima e diferente dos outros shows. A apresentação parece fantástica visualmente graças à produção do Howard.

Uma última nota, os amplificadores do Geddy e do Alex foram desenhados pelo Dale. Greg Russel em Los Angels desenhou os tambores com o Neil. Para o vídeo, os figurinos foram uma colaboração com Trish Venema e o já mencionado Andre Pienaar, o diretor de fotografia.

Alex Lifeson (Troll) e Geddy Lee (Gnome) revendo suas cenas com em Clockwork Angels com Dale Heslip, Allan Weinrib e Jay Baruchel