NOVIDADES SOBRE O PRÓXIMO ÁLBUM NO NEILPEART.NET

28/06/2006



Novidades na seção news do site oficial de Neil Peart. No final de abril, Neil falava sobre seu encontro com Alex e Geddy que aconteceu em fevereiro, onde conversaram sobre algumas idéias de canções, além de ter revelado na ocasião que a banda estaria em estúdio em maio. Agora o baterista nos traz mais detalhes sobre o andamento dos trabalhos no estúdio:

... Eu e meus companheiros decidimos trabalhar durante o mês de maio num estúdio em Toronto, para lapidar algumas canções que compomos durante o inverno e para compor algumas novas. O pequeno estúdio localiza-se num antigo local junto ao mar, próximo ao lago Ontario, numa pequena esquina escondida, próxima às docas. ... Numa tarde dessas, nós três e mais dois membros de nossa equipe ficamos estupefatos atrás das portas de vidro, assistindo a uma tempestade de trovões que crescia através dos céus, com muitas faíscas e trovoadas simultâneas. ... Quando não estávamos ocupados assistindo tempestades ou almoçando, trabalhávamos bastante. Eu tinha uma pequena sala nos fundos do prédio, onde poderia me divertir com as letras; Alex e Geddy estavam na sala de controle com guitarras, computadores e microfones e minha bateria estava na sala de gravação. Quando já tinha me esforçado bastante nas letras, escapava um pouco para a bateria para tocar versões grosseiras das canções que os caras tinham aprontado. Como mencionei no ultimo artigo, estava muito eufórico por poder tocar nesses últimos dias, e me encontrei explorando novas técnicas, novas maneiras de tocar (não realmente "novas", é claro, mas "novas para mim").

No final de maio, já tínhamos oito canções que gostamos, e trabalhei nas partes de bateria em seis delas. Dessa forma, o trabalho fluiu muito bem, mas não foi fácil. ... No final do mês, dirigi bastante, de Toronto para Quebec, e estava pronto para ouvir as canções que tínhamos trabalhado no espaço familiar e prazeroso de um carro cruzando uma reta longa na estrada.

No dia seguinte escrevi para Alex e Geddy:

"Ontem, no volante, tive a oportunidade de ouvir as novas canções com mais objetividade, da forma que mais gosto de ouví-las, e quero dizer a vocês que acho que estão ótimas! É o material mais agradável que fizemos – até então!

Quando ouvi pela primeira vez nossos esboços de canções, intuitivamente houve algo muito diferente para mim sobre o caráter delas, e fiquei muito satisfeito com isso.

Quero dizer - para nossa geração!"

Além disso, Neil menciona que a banda irá "reunir-se novamente em setembro", porém sem mais detalhes.

Outros assuntos: Sem atrapalhar os projetos paralelos de Alex Lifeson, Neil revelou seu próprio projeto com seu amigo e membro do Vertical Horizon, Matt Scannell:

Da esquerda para a direita: Matt Scannell, Neil Peart, Sean Hurley e Mark Valentine... Como mencionei no Traveling Music, Matt e eu nos tornamos amigos há alguns anos por conta das circustâncias, inflamadas por minha admiração ao trabalho de Matt no Vertical Horizon, além de sermos imigrantes em Los Angeles (Matt cresceu em Worcester, Massachusetts), e de compartilhar interesses em música, relógios finos, carros velozes, bobeiras e outras coisas, além do trabalho. Nos encontrávamos freqüentemente nas montanhas de Santa Monica, ou num hamburger no Broadway Deli. ... No fim de 2005, eu e Matt começamos a trabalhar numa canção juntos, com letra que escrevi especialmente para a voz dele – literalmente e metaforicamente. Matt sugeriu que eu deveria tocar bateria nessa canção, e quando concordei, ele começou a me enviar demos de outras canções que achou que eu gostaria de tocar (Trapaceiro!) ... Em 14 de junho de 2006, na Capitol Records Studio B, em Hollywood (Hollywood and Vine, de fato), gravei três canções de Matt para o próximo álbum do Vertical Horizon. A batera que usei naquele dia tinha uma rica história, que começou há mais ou menos dois meses. ...

... Que é mencionada na próxima parte de NEWS:

... Sobre o transporte (ida e volta) dos equipamentos referentes a minha bateria de Toronto pra Los Angeles, conversei com meus amigos da Drum Workshop, e eles apontram que alguns bateristas atarefados tem diferentes drumsets em cada costa, guardadas e prontas para quando precisassem. Como moro na Costa Oeste, talvez deveria ter um "West Coast kit." ... Lorne e eu decidimos confeccionar uma nova bateria com acabamento "tobacco sunburst", como um violão clássico, e John escolheu "curly maple" como base. Quando o mestre em pinturas Louie aplicou sua arte, achamos que ficou muito melhor que imaginamos. E uma vez que comecei a tocar, além do design detalhista de John suas propriedades acústicas afloraram também - pessoas vinham de fora do showroom ressaltando quão bom era o som ouvido lá fora. ...

E, é claro, The Sport News:

... Um dia, enquanto trabalhávamos em Toronto, Pegi enviou um e-mail do escritório para nós três. Ela dizia que tinha recebido uma ligação urgente da CBC sobre o uso de "Closer to the Heart" na transmissão à noite do "Hockey Night in Canada." Pegi foi em frente e deu a permissão sem falar conosco, imaginando que não iríamos nos opor. ... Eu assiti o começo do jogo naquela noite, que foi aberto com uma montagem de momentos históricos do hockey com uma versão editada de "Closer to the Heart." Na parte, "You can be the Captain", eles focaram na camisa de um time, que havia um grande "C".

Então entraram ao vivo na arena apagada, com sintetizador tocando de forma dramatica e os jogadores fazendo um círculo no gelo, iluminado por spots coloridos. As primeiras palavras de Ron McLean foram, "Everybody loves a rush - except the goaltender."

Nos tornamos uma referência no hockey!
RUSH FÃ-CLUBE BRASIL

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Numa tarde de domingo, mais precisamente no dia 26 de junho de 2005, nascia o Rush Fã-Clube Brasil. Decidi lançar uma comunidade dedicada ao trio no antigo Orkut, buscando integrar fãs naquela multidão de usuários. A vontade era a de compartilhar com pessoas de diferentes locais tudo o que pudesse sobre essa banda que tanto nos ensina e maravilha com suas incríveis composições.

Sem dúvidas, o nome do Rush Fã-Clube Brasil se consolidou como a principal fonte de informações sobre o trio em português. E esse tem sido o foco maior: a aproximação do conjunto da obra aos brasileiros que admiram essa que é, certamente, uma das maiores e mais completas bandas de rock de todos os tempos.

Destaco as pessoas que contribuíram diretamente com esse blog ao longo dos anos: Donna Halper, Leo Skinner, Diego Coutinho, Candice Soldatelli, Germano Caldeira, Jeffmetal, Érico Ascenção e Marco André Rodrigues, a tríade internacional com Eric Hensen (Power Windows), John Patuto (Cygnus X-1) e Ed Stenger (Rush is a Band) e também aqueles que acessam o Rush Fã-Clube Brasil diariamente.

Geddy, Alex e Neil, obrigado pela fabulosa história de vida de vocês e por sua música maravilhosamente honesta e inspiradora.


Vagner Cruz

"The point of the journey is not to arrive".

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COMENTÁRIOS:

GEDDY LEE E ALEX LIFESON EM COMERCIAL NA TV BRASILEIRA

25/06/2006



Em 2002, Alex Lifeson e Geddy Lee participaram de um comercial de TV para as Lojas Americanas, famosa rede de conveniência do país. Na ocasião, o grupo estava no Brasil para as inesquecíveis apresentações em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Era a divulgação do álbum Vapor Trails. Para quem não viu, vale a pena conferir:



GEDDY LEE GARANTE QUE O NOVO ÁLBUM DO RUSH SAI EM 2007

23/06/2006



O jornal de entretenimento More Sugar trouxe uma entrevista no mês de maio/2006 com Geddy Lee, onde o baixista fala a respeito do próximo álbum do Rush:

"Com um pouco de sorte teremos um novo álbum saíndo no começo de 2007, para cairmos na estrada talvez na próxima primavera. É um pouco cedo pra falar sobre que direção está tomando o novo material, mas eu e Alex estamos a todo vapor. Já começamos a compor canções e estamos caminhando bem. Estaremos gravando enquanto compomos e acho que continuaremos assim durante todo esse ano. Você nunca sabe onde vai parar. Acho que o que mantém o lance divertido para nós é ficarmos contentes por ainda haver pessoas que curtem o que fazemos".

ENTREVISTA COM ALEX LIFESON PARA A REVISTA ONTARIO GOLF

22/06/2006



Alex Lifeson foi entrevistado pela revista Ontario Golf em sua edição de abertura do verão de 2006. Confiram a tradução dos melhores trechos:


WHAT A RUSH
O roqueiro Alex Lifeson muda de direção na Ontario para falar de um pouco sobre golf


A maior parte da matéria fala sobre golf. Alex conta quando não sabia absolutamente nada sobre o esporte e de como começou a praticá-lo, em 1989, tornando-se um viciado no assunto:

...Quando finalmente comecei a jogar me tornei um viciado. Depois de algumas semanas, jogava toda hora e, à noite, ficava na cama mentindo pra mim mesmo, imaginando o meus maravilhosos movimentos...

Ele também falou sobre algumas amizades que cultivou com jogadores profissionais, como Rocco Mediate. Rocco lhe deu alguns conselhos sobre como melhorar seus movimentos:

...[Rocco] me disse que se eu pudesse aplicar minha maneira de pensar quando toco guitarra nas jogadas no golf, melhoraria imensamente. Isso deixa minha cabeça louca. Esse é meu problema - eu penso em muitas coisas, até mesmo na hora de levar a raquete de volta...

Sobre seu envolvimento com o empresário Syd Menashy na criação de um novo Coppinwood Golf Club, Alex disse:

...Syd e eu começamos a conversar sobre como seria legal se tivéssemos o nosso próprio golf club. Ele contactou Paul McLean e o colocou no projeto, além de convidar Al Chud (um sócio do Wooden Sticks) e Tom Fazio, como designer. Syd me disse: "Al, estamos construindo um Tom Fazio e esse será o melhor em todo Canadá". Aí eu disse, "Onde eu assino?" Ele estava procurando patrocinadores - só que eles não estavam abertos ao assunto na ocasião - então me vendeu metade de algumas de suas ações. Eu estava realmente empolgado em trabalhar com Syd e começar a me envolver no negócio de golf. Quando a liga de hockey está correndo, os investidores fecham as portas, então surgiram algumas ações e as comprei...

A seguir, partes da entrevista onde o assunto é o Rush:

OG: De volta a música. O que é um dia normal pra você numa turnê?

Alex: Meus dias começam cedo, geralmente por volta das 6:30. Faço mais ou menos uma hora de yoga, dou uma boa alongada e depois vou jogar golf. Desde que tenham no local boas quadras privadas, além de atenderem os clientes de forma bem calma. Geralmente estou pronto às 11. Volto ao hotel, faço uma refeição bem leve no almoço. Logo após vou me exercitar ou nadar, para então me conduzir ao palco para a passagem de som, por volta das 17:00, onde fico por uma hora. Faço mais uma refeição bem leve. Então fazemos o show, cada um com mais de três horas de duração. Tenho alguns momentos calmos com Geddy depois do show, com uma bela garrafa de vinho no camarim. Também temos um chef na estrada conosco, que sempre prepara algo para comermos.

OG: Isso não parace muito com rock 'n' roll. Parece bem profissional.

Alex: É, você tem que viajar de maneira bem profissional nessa fase da vida. É muito intenso, sendo necessário estar em forma. Nós três nos exercitamos regularmente quando vamos cair na estrada por dois, três meses. Não há muita estrutura na turnê, então é preciso fazer o tempo. Nosso chef nos ajuda preparando coisas bem leves e orgânicas. É tudo muito civilizado. E você ainda tem 20 minutos maravilhosos depois do show, onde o momento é apenas da banda, todos sentados de roupão com uma bela taça de vinho. Viagens como as que fazemos são muito boas. Mas entrar num ônibus depois do show, como geralmente fazíamos, pra chegar no hotel às 6 da manhã, não tendo vida uma vez que estivéssemos na estrada, não era muito bom. Mas nas últimas turnês mapeamos tudo com aviões, voando para qualquer lugar. Isso faz as coisas se tornarem bem mais fáceis.

OG: Mas Neil não voa, não?

Alex: Não, ele não suporta voar, então ele pega sua moto e nosso segurança vai com ele. Na nossa última turnê ele rodou 25,000 milhas através da America.

OG: O Rush sempre teve muito sucesso com o passar dos anos, culminado na turnê de aniversário de 30 anos, um livro que conta a história cronológica da banda e um DVD. Mas muitos acharam que vocês não voltariam a tocar juntos após a morte da filha de Neil, Selena (falecida num acidente de carro em 1997) e de sua esposa, morta de cãncer um ano depois.

Alex: Foi tão devastador o que aconteceu que nós nem nos preocupamos com a banda. O mais importante no momento era ajudar Neil. Quando Jackie morreu, foi demais. Antes, ele precisava de pessoas que estivessem sempre perto dele. Mas agora, ele precisava que as pessoas o deixassem sozinho. Finalmente ele decidiu que se ficasse, iria enfraquecer. Teve que partir, tal qual o livro, Ghost Rider, fala. Pegou sua moto e partiu para encontrar o que quer que ele estava precisando encontrar. Foi difícil, porém uma grande coisa a se fazer. Apenas pilotou e refletiu. Apenas viu a estrada a sua frente, o que o deixava distraído até encontrar alguma cidade no fim do dia. Ia pra cama e levantava toda hora, noite após noite. Finalmente conheceu sua esposa, Carrie.

Enfim, pensamos sobre reunir novamente a banda. Não queriamos que fosse algo forçado, por isso ligamos para Neil e perguntamos o que ele achava. Ele disse que não sabia se conseguiria, mas talvez iria tentar. Geddy e eu estávamos convencidos que a banda estava acabada. Começamos a pensar sobre nos desfazermos dos nossos equipamentos, que ficaram estocados durante todo esse período. Achávamos que nunca desembalaríamos as coisas novamente. Mas Neil quis tentar e levamos 14 meses trabalhando no Vapor Trails, opondo-se aos quatro ou cinco meses que ele geralmente levaria para nós.


OG: E agora o Rush está de volta ao estúdio gravando material inédito. O processo de composições e gravação mudou com o passar dos anos?

Alex: Às vezes escrevemos nosso próprio material, uma maneira mais divertida de mostrarmos o que fizemos uns aos outros, vendo o que acontece. Você não sabe onde a música vai chegar, e eu ainda pego a guitarra de maneira que não pegava em cinco, seis anos. É realmente empolgante. Nos tranformamos em garotos novamente.

© 2006 - Rush Fã-Clube Brasil

GEDDY LEE APARECE EM CARTOON

21/06/2006



Bang! Cartoon é um site bem legal dirigido por John Tayman, super fã de futebol americano que apresenta cartoons satíricos em Flash quase sempre baseados na NFL (National Football League) dos EUA. Um dos novos cartoons do site satiriza o contrato do jogador americano Ricky Williams com o Toronto Argonauts, da Canadian Football League. O mais legal é que nesse cartoon aparece ninguém mais, ninguém menos que Geddy Lee. Na história, Ricky e seu "amigo" Jimmy estão assistindo TV. Ricky conta a Jimmy sobre seu novo "emprego", mas Jimmy não conhece o Toronto Argonauts. Logo após, Ricky aparece num vídeo promocional do time. O vídeo traz o ator Michael J. Fox e Geddy Lee (canadenses) fazendo um pedido para que os jogadores de futebol dos EUA joguem na CFL. Eles estão representando uma louca organização chamada CAFFWAB - Canadian Artists For Football Players Who Are Black (Artistas Canadenses Por Jogadores de Futebol Negros).

Para curtir o cartoon, clique: Bang! Cartoon: Oh Canada

BILLY SHEEHAN TOCANDO COM O RUSH

20/06/2006



Billy Sheehan, como sabemos, é um grande baixista que tocou em várias bandas, incluindo o Mr. Big, que abriu shows para o Rush nas turnês Presto e Roll The Bones. Recentemente um ótimo clipe em áudio foi disponibilizado no Billy Sheehan's website: uma jam de Billy com Alex Lifeson e Neil Peart, realizada em 05 de abril de 1990 (Presto Tour), durante os preparativos para o show da banda em San Diego, ocasião em que Geddy estava atrasado para a passagem de som.

Para conferir, clique aqui.

NOVIDADES NO SITE OFICIAL DE NEIL PEART

18/06/2006



Confiram um trecho do novo artigo de Neil Peart, direto seu site oficial, inteiramente traduzido. No texto, o Professor fala sobre o andamento dos trabalhos para o novo álbum do Rush e de sua vontade em voltar a tocar bateria.

NOTÍCIAS, TEMPO e ESPORTES – 26 de abril de 2006

AS NOTÍCIAS

No começo de março, o inverno ainda era rigoroso nas Laurentian Mountains, em Quebec. A neve esteve bem forte durante todo o mês, continuando a nevasca de janeiro e fevereiro até cobrir o chão, com neve chegando na cintura. A neve fez paredes de dez pés ao longo das estradas do interior e ao redor da minha casa, trazendo uma sensação de conforto e proteção.

Estava um dia ensolarado quando fui pegar Alex e Geddy no aeroporto local, mas o frio era tanto que parecia que iríamos congelar. Nós três nos abraçamos com nossos vários casacos, cachecóis e luvas. Estávamos empacotados como... canadenses no inverno.

Carregamos nossas bagagens nas costas pro meu novo “carro quente” do inverno - um Audi S-4 Avant, com um 4.2-liter V8, uma sport wagon que nos amontoou com nossas coisas de forma apertada - e nos levei para minha casa no lago, tocando o carro como um piloto de rally na neve – estradas completamente cobertas. Ao longo do caminho, passamos perto da aldeia de Morin Heights, onde compartilhamos tantos momentos bons, gravando no Le Studio - agora fechado e abandonado. Fizemos lá os álbuns desde Permanent Waves, em 1979, até o Counterparts, em 1994. Aquelas longas temporadas no confortável ambiente do Le Studio tinham sido a finalidade das gravações ali - sim - mas também pra jogar vôlei, curtir um pedalinho e praticar skiing cross-country, além de assistir filmes, saborear a fabulosa comida Franco-Canadense e ter noites que te faz ficar contente em relembrar.

No começo deste inverno, quando nós três fazíamos planos pro nosso encontro em Quebec, eu brinquei, chamando esse encontro de "reunião de negócios". Realmente nós temos "negócios" a discutir mas, primeiramente, comemos e bebemos.

Tradicionalmente, Alex sempre foi o chef do grupo. Sempre estivemos longe compondo numa casa de campo, sem nenhum serviço de bufê ou restaurantes próximos e, com isso, Alex sempre cozinhou para nós. (Com o passar dos anos, apreciei muitas refeições surpreendentes na cozinha do “Papa Paisano”, que soca seu peito e declarando, “Cozinharei para você!”). Foi Alex que me ensinou o porque de uma pessoa levar o dia inteiro cozinhando pros outros – é um ato do amor.

Por isso, estava um pouco intimidado cozinhando dessa vez para o "Papa Paisano", e também para o Geddy, um educado e sofisticado connoisseur internacional de alimentos e bebidas - um experiente winer-and-diner.

Geddy trouxe uma gripe forte com ele, infelizmente, e estava sentindo-se mal. Alex estava ficando com os mesmos sintomas. Eu observo que sempre que fico em Quebec por mais de um mês durante o inverno, nunca fico doente, a menos que alguém venha me visitar vindo da cidade - trazendo todos os "últimos lançamentos em germes”. E esse foi o caso, pois no dia seguinte, comecei a tossir e espirrar também.

Entretanto, Geddy trouxe certos vinhos bem escolhidos de sua adega bem estocada, e começamos tirando a rolha de um belo Borgonha para acompanhar o almoço com ravioli e cogumelos (de um grupo que preparou pro meu amigo Brutus, em sua visita na semana anterior, quando vimos que estávamos gastando a maioria de nossos dias na cozinha, cozinhando - quão evoluídos somos nós, homens, nestes dias!). Temperei o ravioli com azeite, alho, tomates e outros condimentos.

Nós três permanecemos em volta da mesa da cozinha, com música tocando, enquanto trouxe uma torta de uvas-do-monte, para colocá-la no forno. (Essa foi a minha segunda tentativa numa torta desse tipo, e não ficou muito bonita - a cobertura estava disforme e remendada - mas esperava que o gosto estivesse bom).

Como disse no meu relatório de notícias anterior, em janeiro enviei a Alex e Geddy algumas letras. Eu sabia que estavam trabalhando em alguma coisa, mas não tinha ouvido nada ainda. Nesse dia na minha cozinha, levamos um susto danado quando Alex foi procurar o CD na sua bagagem e não o encontrou – freneticamente ele ligou pro seu filho Adrian em Toronto para tentar uma maneira de conseguir com que ele enviasse o material, fazendo de alguma forma um upload na Internet de maneira que pudéssemos baixar o material (as conquistas da tecnologia moderna). Adrian disse que não conseguia encontrar o CD no estúdio de Alex. Aí, Alex deu uma olhada na mala, na parte onde "nunca o colocaria", e voltou pra cozinha com a capinha de plástico, balançando a cabeça.

"Estava bem perto".

Fomos para perto da lareira e começamos a ouvir o CD. Com as canções tocando, todas as respostas que compartilharíamos teriam um sentido de clareza - para Alex e Geddy, tocando as canções para mim pela primeira vez, mostrando suas forças e fraquezas no contraste afiado. Mantiveram-se em dizer coisas como, "eu sei o que nós temos que fazer aqui". Da mesma forma para mim, liricamente - fiquei muito feliz em ouvir partes trabalhadas, dizendo "Isso!" quando ouvi Geddy cantar apenas uma linha, mas de forma perfeita, e também saber a maneira correta de onde eu poderia melhorar.

Havia cinco esboços de canções - guitarra, vocal e bateria - e gostei de todas. Observei também que aquelas canções pareceram já ter uma sorte de unidade, de uma aproximação de estilos e de estruturas de cordas, de ritmos e da entrega vocal que eu poderia somente descrever como "espiritual". Não vou falar mais a respeito até que comecemos a estar mais amadurecidos nisso, mas foi maravilhoso ver que após trinta anos trabalhando juntos, poderíamos ainda encontrar trajetos diferentes para explorarmos.

Então era hora do jantar. De volta a cozinha, mordiscamos um pâté de foie com uma garrafa de Sauterne que envelhecia em minha adega por muitos anos - esperando tal ocasião - e um par de queijos finos de Quebec. Preparei o aperitivo: scallops sautéed em alho e manteiga com abacate ao vinagrete (minha influência californiana). A seguir, servi à mesa o prato principal: filés frescos de pickerel cozidos com tomates, aspargos, e cebola; arroz jasmine; pimentas vermelhas, verdes, amarelas, e alaranjadas grelhadas no azeite; ervilhas, cenourinhas e feijões amarelos.

Era tudo muito colorido e, com certeza, todo segredo para mim está no sincronismo. Há alguns anos, quando estava aprendendo a cozinhar, eu disse pra Geddy que eu não acreditava que poderia realmente aprender, após anos pensando que cozinhar era "mágica" ou algo parecido.

Geddy respondeu, "É claro que pode cozinhar – você é baterista!”

Foi engraçado e incisivo, pois nisso há com certeza algumas relações - contando os intervalos rítmicos dos ingredientes diferentes, até que tudo chegue na "perfeição”, no tempo perfeito.

Geddy contribuiu com um delicado Chablis para acompanhar o prato principal e, finalmente, mergulhamos na torta morna de uva-do-monte (eu a chamei de "torta feia" quando tirei do forno, toda disforme e com bolhas roxas por cima, mas tive que admitir que o sabor foi surpreendentemente bom), além de sorvete e café.

Pouco antes, Geddy decantou uma garrafa antiga de Bordeaux, mas decidimos que o perfeito para aquela ocasião era um Calvados. (Infelizmente, quando os caras voaram de volta pra Toronto no dia seguinte, tive que beber esse Bordeaux sozinho).

Foi uma boa refeição, um ótimo dia, e eu estava exausto. Geddy foi para o quarto de hospedes para descansar e cuidar da sua gripe, enquanto eu deitei no sofá de frente pra lareira, e Alex limpou a cozinha inteira.

Se você me perguntar sobre isso, é um ato do amor!

Vou passar o mês de maio em Toronto, onde alugamos um pequeno estúdio. Será ótimo ter a oportunidade de trabalharmos juntos nessas canções, e tenho certeza que nas outras novas também. Para mim, depois de levar mais de um ano trabalhando no meu livro, Roadshow, será muito legal tirar meu chapéu de “escritor” (meu boné de baseball da BMW Motorcycles) e colocar meu chapéu de “letrista” (o velho cowboy special, que um fã me deu em Dallas, que sempre me ajuda a pensar sobre os versos), além do meu chapéu de “baterista” (minha touca religiosa africana).

Eu gosto de todos esses chapéus, e todos esses trabalhos, mas especialmente tocar bateria está sendo meu foco agora. Ultimamente tenho ficado inspirado, de forma que fico “batendo em coisas com as baquetas”, dirigindo e ouvindo o novo trabalho de Steve Smith (que humilha) e curtindo algumas sessões de "duetos de bateria" dos meus amigos Chris Stankee e Gregg Bissonette(outros que humilham, e inspiram experiência).

Numa noite no começo de abril, fui a um jazz club em Hollywood, Catalina’s, com meu professor de bateria, Freddie Gruber (agora um jovem de setenta e nove anos), e com mais alguns de seus outros "alunos" – todos nós na casa dos cinqüenta. Tenho comparado Freddie a um técnico de tênis, e com ele, uma vez aluno, você sempre será aluno. Numa noite da mesma semana, estávamos sentados em sua sala, ouvindo grandes canções antigas do rádio e conversando sobre tudo no mundo. Do nada, Freddie pegou um par de baquetas e começou a demonstrar na mesa um pouco de sua técnica. Nossos companheiros no Catalina’s eram Jim Keltner e Ian Wallace, ambos mestres em bateria com longos currículos, e estávamos lá para ver e ouvir um dos maiores bateristas de todos os tempos, Roy Haynes.

Roy é um cara de oitenta anos, ainda tocando com maestria, arte e musicalidade que fez nós quatro olharmos um para o outro e sorrir, acendendo mais uma brasa de inspiração para mim. No intervalo, fomos até lá dizer um alô ao Roy, e encontramos outro grande baterista, Ndugu Chancler. Nos sentamos em seu pequeno camarim para ouvir Freddie e Roy contar histórias sobre a cena do jazz nos anos 40 na 52nd Street, em Nova York.

Esse baterista sempre tocou com a mesma banda, e também sempre tocou no club onde aqueles dois novos atores compartilhavam o apartamento no andar de cima. Eles falavam de Marlon Brando e Wally Cox, e foi sendo derramado nome após nome na conversa de Freddie e de Roy - saxofonistas, bateristas, atores, poetas, pintores, entre outros, uma estadia mágica nesse lugar, que trouxeram à vida as memórias daqueles dois personagens eternamente jovens.

Na segunda parte do show de Roy, juntamos as mesas com outro baterista, Joey Herredia. Freddie e eu tínhamos ido ver o show de Joey no ano anterior, quando Freddie tinha me assegurado de maneira direta que isso "Seria do nosso... interesse".

E certamente foi - Joey é um jovem baterista latino fantástico, com aquele estilo angular, um sentido síncope de tempo que se mostrava poderoso, tão exótico, impossível pra mim. Outra vez, me senti inspirado - por um estilo de tocar que eu nunca tinha ouvido antes, e não conseguiria fazê-lo (mas estou trabalhando nisso).

Aquela noite no Catalina’s foi um verdadeiro “topo da bateria", e para que eu seja parte dele, com aquelas noções de tempo perfeitas, comecei a sentir que devo mergulhar no mundo do ritmo outra vez.

Escrevi anteriormente que quando ouvi pela primeira vez as novas canções de Alex e Geddy, a palavra que me ocorreu foi "espiritual". Agora quero saber se há algo como “tocar bateria de forma espiritual”.

Estou trabalhando nisso.


SEMANA MARCADA PELO LANÇAMENTO DO BOX REPLAY X3

18/06/2006



Rush Replay X3, box com 4 discos contendo relançamentos em DVD dos shows Exit… Stage Left, Grace Under Pressure Tour e A Show Of Hands, além do inédito CD da turnê Grace Under Pressure, já está disponível (13 de junho nos EUA / 26 de junho no Reino Unido). Cada DVD traz as opções 5.1 surround e stereo mixes trabalhadas por Alex Lifeson e Mike Fraser a partir dos shows originais, além de imagens digitalizadas e remasterizadas. O box também inclui miniaturas dos tourbooks originais dos três shows.

O DVD A Show Of Hands DVD já havia sido lançado em VHS e LD. A versão LD trazia a execução de Lock And Key, música muito aguardada pelos fãs no novo box. O produtor Pierre Lamoureux, que trabalhou nesse projeto, disse que não sabia que a canção havia sido lançada no Laserdisc.

Cópias adquiridas no Best Buy trazem uma versão exclusiva do CD Grace Under Pressure com quatro faixas bônus não documentadas no final do disco. A impressão da embalagem do DVD não traz esse detalhes, só mesmo uma etiqueta da Best Buy na frente. As quatro faixas bônus são referentes aos shows Exit... Stage Left e A Show Of Hands.

Soundtrack Best Buy Exclusive Bonus Tracks:

"Limelight" (ESL video soundtrack)
"Closer To The Heart" (ESL video soundtrack)
"The Spirit Of Radio" (ASOH video soundtrack)
"Tom Sawyer" (ASOH video soundtrack)


OBS: A versão de Closer To The Heart incluida foi gravada durante a turnê Moving Pictures, uma vez que a versão encontrada no álbum Exit... Stage Left foi executada durante a turnê Permanent Waves.

Disco 01: Exit… Stage Left (59:14)

• Opening / Limelight
• Tom Sawyer
• The Trees
• Xanadu
• Red Barchetta
• Freewill
• Closer To The Heart
• YYZ
• Medley: By-Tor And The Snow Dog / In The End / In The Mood / 2112 Grand Finale
• YYZ


Disco 02: Grace Under Pressure (1:03:05)

• The Spirit Of Radio
• The Enemy Within
• The Weapon
• Witch Hunt
• New World Man
• Distant Early Warning
• Red Sector "A"
• Closer To The Heart
• Medley: YYZ / Temples Of Syrinx / Tom Sawyer
• Vital Signs
• Medley: Finding My Way / In The Mood


Disco 03: A Show of Hands (1:29:03)

• The Big Money
• Marathon
• Turn The Page
• Prime Mover
• Manhattan Project
• Closer To The Heart
• Red Sector "A"
• Force Ten
• Mission
• Territories
• The Rhythm Method — Drum Solo
• The Spirit Of Radio
• Tom Sawyer
• 2112
• Medley: Temples Of Syrinx / La Villa Strangiato / In The Mood



RUSH NO JOGO SWAT 4

18/06/2006



SWAT 4 é um game de ação em primeira pessoa que foi lançado em abril do ano passado. Já em fevereiro desse ano foi lançada uma extensão do jogo, entitulada SWAT 4: The Stetchkov Syndicate.

Um participante do Rush Forum recentemente noticiou uma inegável referência ao Rush nesse game. Confira um trecho do post:

"Estava jogando o SWAT 4 (The Stetchkov Syndicate Expansion Pack) e, numa missão, eles mencionaram que o endereço do lugar que eu tinha que ir era uma tal de Geddy Avenue. Na hora achei que fosse uma mera coincidência, mas quando eu vi o endereço completo... era 2112 Geddy Avenue. Já não é mais coincidência".

Muito legal conferir essas referências ao Rush por aí!

SEIS FAIXAS PRONTAS PARA O PRÓXIMO ÁLBUM



17 DE JUNHO DE 2006 | POR VAGNER CRUZ

Lifeson toca com fã em seu bar em Toronto
Um participante do fórum internacional Counterparts esteve recentemente com Alex Lifeson no seu bar Orbit Room, em Toronto. Sem perder a grande oportunidade, o fã perguntou-lhe sobre o novo álbum e obteve uma ótima notícia: os rapazes já têm seis canções terminadas e mais alguns esboços quase prontos. Confiram a história:

Alguns caras andavam pelo bar e nenhum deles era o Alex. "Onde diabos ele está?", pensei. Na hora que virei minha cabeça lá estava ele com um enorme sorriso no rosto e com a mão estendida para apertar a minha. O cumprimentei, me inclinei sobre ele e disse: "Obrigado por me inspirar a escolher a guitarra há 24 anos atrás". Ele sorriu e nos disse para nos sentarmos que ele voltaria logo. De repente ele mostra sua educação e senta numa cadeira ao lado do Rae e a minha direita. Caraca! O que eu digo? Não vinha nada na mente. Apenas rezei pra não dizer nada que o afastasse. A banda que estava tocando mandava um som pesado e eu estava esperando ansiosamente para que, assim que a música acabasse, eu pudesse lhe perguntar como o novo álbum estava indo. Finalmente tive minha chance. Ele parecia me iluminar dizendo que as composições estavam indo muito bem e que eles já tinham 6 músicas prontas e mais alguns esboços. Oh meu Deus! Eu agora tinha uma informação exclusiva de como o novo álbum estava indo! Que notícia estupenda! Alex ficou sentado conosco durante 30 inesquecíveis minutos. Ele nos pagou umas bebidas e ficou conversando conosco como se fôssemos velhos amigos. Rae lhe perguntou se ele ia tocar com a banda, e Alex respondeu "Tenho que perguntar a banda primeiro". Que bônus! Primeiro eu o encontro, agora vou vê-lo tocar a dez metros de mim num bar do tamanho da minha sala. Devagarzinho ele começou a tocar com a banda. Procuramos tirar algumas fotos e fazer um vídeo dele tocando. Então íamos para a parte de trás do bar e na hora que estávamos levantando da mesa ele nos viu e veio nos abraçar. Eu disse "Obrigado por fazer meu sonho se tornar realidade". Ele sorriu e me pareceu muito lisonjeado. Rae o agradeceu pela conversa. Ele perguntou se a gente queria que assinasse o cartão que eu estava segurando. Eu disse sim. Ele escreveu "Para John, foi ótimo encontrar você. Tudo de bom... Alex Lifeson".

R30: 30TH ANNIVERSARY WORLD TOUR



Lançamento: 22 de novembro de 2005 | História
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Disc One

1. R30 Overture (instrumental) - 6:43
2. The Spirit Of Radio - 5:05
3. Force Ten - 4:50
4. Animate - 5:50
5. Subdivisions - 6:09
6. Earthshine - 5:42
7. Red Barchetta - 6:50
8. Roll The Bones - 6:22
9. The Seeker - 3:22
10. Tom Sawyer - 5:00
11. Dreamline - 5:20

Disc Two

1. Between The Wheels - 6:17
2. Mystic Rhythms - 5:23
3. Der Trommler - 9:02
4. Resist (acoustic) - 4:34
5. Heart Full Of Soul (acoustic) - 2:45
6. 2112 - 8:24
(Overture, Temples of Syrinx, Grand Finale)
7. Xanadu - 6:44
8. Working Man - 6:14
9. Summertime Blues - 3:41
10. Crossroads - 3:14
11. Limelight - 4:58






R30 CD - EXCLUSIVO NA VERSÃO DELUXE

On-site Audio Producers Francois Lamoureux
On-site Audio Engineer Denis Normandeau
2.0 Stereo Mix by Richard Chycki and Alex Lifeson
Assisted by Adrian Lifeson
Audio Post Production - Mixland Music & DVD, Toronto and Lerxst Sound, Toronto
Mastered by Stephen Marcussen, Marcussen Studios
Executive Producer - Pegi Cecconi with Andy Curran

Art Direction, Illustration and Design by Hugh Syme

All Songs Lee/Lifeson/Peart except:

Tom Sawyer (Lee/Lifeson/Peart/Dubois)
Der Trommler (Peart)
Working Man and Finding My Way (Lee/Lifeson)

All songs published by Core Music Publishing (SOCAN) except:

One O'Clock Jump
(Written by Count Basie)
EMI Feist Catalog Inc.

Summertime Blues
(Written by Capehart/Cochran)
Warner-Tamerlane Publishing Corp.

Heart Full of Soul
(Written by Graham Gouldman)
EMI Miller Catalog Inc.

The Seeker
(Written by Pete Townshend)
Fabulous Music Ltd.
Abkco Music Inc.
Towser Tunes Inc.

Crossroads
(Written by Robert Leroy Johnson)
Backstage Music Publishing o/b/o Music & Media International

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