RUSH IN RIO



Lançamento: 21 de outubro de 2003 | História
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Disc One

1. Tom Sawyer - 5:10
2. Distant Early Warning - 4:48
3. New World Man - 4:03
4. Roll The Bones - 6:03
5. Earthshine - 5:42
6. YYZ - 4:35
7. The Pass - 4:50
8. Bravado - 6:15
9. The Big Money - 5:58
10. The Trees - 5:07
11. Freewill - 5:32
12. Closer To The Heart - 3:01
13. Natural Science - 8:34

Disc Two

1. One Little Victory - 5:32
2. Driven - 5:05
3. Ghost Rider - 5:36
4. Secret Touch - 7:00
5. Dreamline - 5:04
6. Red Sector A - 5:12
7. Leave That Thing Alone! - 4:59
8. O Baterista - 8:18
9. Resist (acoustic) - 4:24
10. 2112 Overture / Temples of Syrinx - 6:52

Disc Three

1. Limelight - 4:24
2. La Villa Strangiato - 10:05
3. The Spirit Of Radio - 4:59
4. By-Tor and the Snowdog - 4:35 / Cygnus X-1 (prologue) (3:12)
5. Working Man (5:35)

THE BOARD BOOTLEGS

6. Between Sun & Moon - 4:48
recorded at Phoenix, AZ, Cricket Pavillion on September 27, 2002

7. Vital Signs - 4:59
recorded at Quebec, City, PQ, Colisee on October 19, 2002




Tendo lançado uma coletânea ao vivo recentemente, Different Stages, não tínhamos a intenção de fazer um novo álbum desse tipo durante um bom tempo - anos, provavelmente. No entanto, depois de ouvir os mixes corridos para o show em vídeo Rush in Rio, sentimos que tínhamos algo especial, um documento puramente musical da turnê Vapor Trails que significou muito para nós, profissionalmente e pessoalmente.

Nosso empresário, Ray, sugeriu que algumas pessoas poderiam preferir nos ouvir em ter que nos olhar, e pudemos entender isso. Talvez devêssemos lançar o show em CD, para aqueles que podem preferir apenas "a porção em áudio do show". Afinal de contas, o trabalho já tinha sido feito mesmo...

E havia dado trabalho.

O show no Rio de Janeiro foi gravado em tempo real por um caminhão de som primitivo brasileiro, e Alex, juntamente com os engenheiros Jimbo e Patrick, passou muitas longas noites refinando a matéria-prima que foi capturada na fita, polindo aqueles diamantes brutos em algo que pudesse refletir o brilho daquela noite quente no Rio, tal como nós e o público experimentamos.

Temos certeza que o pack pode ser oferecido como algo de bom valor e, além disso, fomos capazes de incluir alguns "bootlegs oficiais" de faixas não tocadas nesse show em particular, mas que foram gravadas diretamente na mesa de mixagem de shows anteriores.

Voando para o Rio
Deixando trilhas de vapor para trás
Por Neil Peart


A chuva ameaçou cair nos três shows no Brasil, mas apenas nos atingiu durante o segundo, em São Paulo. E reafirmo: atingiu; o vento trouxe a chuva diretamente no palco, em nossos rostos, sobre todos nós e nossos equipamentos, e ainda bem que tínhamos microfones e monitores sem fio, ou... nós poderíamos ter sido mortos!

Durante o show, nós três trocávamos olhares ocasionais, uma expressão torta de estupefação compartilhada naquela cena bizarra. O estádio de futebol em São Paulo comportou 60.000 pessoas, de longe o maior público que tivemos como atração principal, e apesar da chuva, elas agüentaram firme cantando cada palavra, cada nota, e cada batida. De trás da bateria, eu via as gotas de chuva iluminadas pelos canhões de luz, cilindros sólidos e tridimensionais e cones em forma de chuva, talhos móveis em tons de vermelho, azul, âmbar e branco. Meus pratos tremeluziam com respingos de água, e quando eu os tocava, jorros de gotículas emergiam em luzes coloridas.

Era dramático, tudo bem, até bonito, de um modo surreal, mas enquanto isso pôde ter parecido belo, foi difícil em relação ao equipamento. Minha marimba MIDI eletrônica, que comandava todos os meus sons eletrônicos de percussão, assim como alguns efeitos durante o show, perdeu sua estabilidade funcional naquela noite, e não havia certeza de que funcionaria na noite seguinte, no Rio de Janeiro. Mesmo tendo tocado todo o show naquela noite em São Paulo, observando a chuva e o vasto público e tendo que me virar o melhor que podia através de todas as notas tocadas mas que não soaram, eu estava pensando adiante, no show da noite seguinte, preparando um novo “mapa” de minha performance – especialmente meu solo – no decorrer. Era ruim o suficiente para qualquer noite, mas especialmente quando estávamos para fazer o último show da turnê, que supostamente era para ser um final triunfante, e, neste caso, a única performance da turnê a ser capturada para posteridade.

Enquanto o último acorde daquele show de São Paulo ainda ecoava no úmido ar da noite, nós saímos do palco direto para uma van, e fomos levados diretamente para o hotel (para escapar do tráfego de 60.000 pessoas). Enxugando o suor e a chuva, nós observamos a impressionante coreografia dos policiais que nos escoltavam em suas motocicletas, e falamos um pouco sobre o show, mais ou menos balançando nossas cabeças em descrença – e em uma boa dose de alívio, também. Antes nós não tínhamos certeza se conseguiríamos fazer o show daquela noite, mas conseguimos.

Agora só faltava um concerto. Nossa turnê Vapor Trails se alongou de junho a novembro de 2002, 66 shows no total – e era o suficiente! Durante as primeiras discussões, eu propus um máximo de 40 shows, durante três meses, o que talvez demonstre a extensão de minha influência. Entretanto, em justiça (do amor, guerra, e em turnês), o itinerário pareceu expandir enquanto se desdobrava: enquanto um luta, outro se rende, um show de cada vez.

Convites para mais datas na América do Norte apareceram, e nós concordamos em adiar o final da turnê para fazer alguns shows extras pela Costa Leste. A ida à Europa continuava a ser uma incógnita, apesar de não termos tocado lá nos últimos dez anos, além de algumas áreas no Canadá nas quais a gente não tinha tocado por mais tempo ainda, mas tristemente, nós não conseguiríamos desta vez.

Foi-nos oferecida a chance de tocar na Cidade do México no meio de outubro (durante o que supostamente era pra ser uma pausa de 10 dias), e eu tinha que pensar a respeito por um tempo. Em geral, eu gosto de viajar a lugares inusitados e “nações em desenvolvimento”, mas não trabalhar neles. Entretanto, após muitos vagueios de moto através do intrincado país do México, acabei por amar aquela linda e triste cidade (talvez apesar disto). Nós nunca havíamos tocado lá, ou em qualquer lugar da América Central, e eu finalmente tinha que concordar com aquele show. Eu apenas poderia esperar que fosse uma boa experiência para todos nós, e que os outros caras gostassem de lá também. Foi, e eles gostaram. Nós tocamos em um estádio de futebol ante 20.000 fãs muito entusiasmados, e nos divertimos depois do show da mesma forma, todos sentados em volta de uma grande mesa em um restaurante com boa comida, música mariachi ao vivo excelente, e um fluxo constante de tequila.

Também recebemos um convite para tocarmos na América do Sul pela primeira vez, para fazermos três shows no Brasil no final de novembro, e não sabíamos o que pensar a respeito. Por um lado, nós supostamente estaríamos terminando a turnê naquela época, e estaríamos em casa (lembram daquele lugar?). Por outro lado, será que alguém queria nos assistir no Brasil? Nos disseram que éramos bem populares por lá, e que tínhamos vendido um número respeitável de discos através de canais "oficiais", mas presumivelmente uma certa quantidade de pirataria e bootlegs espalharam nossa música muito mais do que sabíamos, e ninguém estava mais surpreso do que este humilde trio canadense de rock quando tocamos para mais de 125.000 pessoas no total dos 3 shows, muito além de qualquer número anterior, em qualquer lugar. Em Porto Alegre (uma cidade da qual eu nunca tinha ouvido falar), 25.000 vieram nos ver; em São Paulo nós tivemos um número estonteante de 60.000 pessoas, e no show final, no Rio de Janeiro, nós tocamos para uma incrível multidão de 40.000 jovens brasileiros muito animados, vocais e entusiasmados.

Para colocar estes números em perspectiva, nosso público na turnê Vapor Trails, tanto em arenas ou anfiteatros canadenses e americanos, girava em torno de 12.000 pessoas em média, e o maior público que tivemos como atração principal até estes 3 shows era de 20.000 pessoas, no The Gorge, no estado de Washington, em nossa turnê Test For Echo, de 1997.

Mais ainda do que no show da Cidade do México, o ambiente nos concertos brasileiros não se parecia com nada que já havíamos vivido antes – maior, mais selvagem, mais louco, e mais intenso. Historicamente, fomos uma banda de arena por mais de 20 anos, fazendo a transição para anfiteatros ao ar livre apenas recentemente, principalmente na turnê Vapor Trails. Nós havíamos tentado tocar nos grandes locais de shows americanos algumas vezes nos anos 80 – o Cotton Bowl, o Astrodome – mas nunca nos sentimos à vontade. Tem uma coisa no show de arena, quando as luzes iluminam o público: você vê cada rosto, cada pequeno círculo de “personalidade”, e quando nós perdemos este elemento que se configura em contato, mesmo que tênue, nós nos sentimos alienados às pessoas para as quais estamos tocando.

Entretanto, quando você está em um palco num estádio de futebol transbordando na América do Sul, você pode esquecer todas estas amenidades. Nós víamos uma grande massa de humanidade se levantando, acenando, cantando, dançando e suando, e demos a eles o nosso melhor, como sempre. Para o show final, no Rio de Janeiro, parecia que havíamos acumulado uma carga extra de adrenalina, sabendo que aquele era o último, e que estava sendo gravado e filmado.

Durante toda turnê houve conversas sobre filmar o show Vapor Trails, pela primeira vez desde A Show of Hands, em 1988, mas os preparativos pareciam indefinidos, e finalmente a idéia foi deixada de lado até a última oportunidade possível. Certamente era um grande risco, e com certeza, após uma série de obstáculos técnicos que nossa equipe quase não superou, nosso engenheiro de gravação, Jimbo, roendo as unhas dentro do caminhão/estúdio móvel de gravação, e o prévio desgaste do show chuvoso em São Paulo, parecia que iria dar certo.

A chuva ia e voltava durante a tarde do show no Rio, e os caminhões chegaram vindos de São Paulo tão atrasados que a equipe só começou a descarregar o equipamento seis ou sete horas depois do horário habitual. Durante o que deveria ser o horário da passagem de som, Geddy, Alex, e eu íamos de um lado para o outro, ou sentávamos sob um céu ameaçador, assistindo técnicos vestindo jaquetas de chuva lutando, e tentando fazer tudo acontecer.

Com 40.000 pessoas esperando para entrar, não havia dúvidas sobre mantermos os portões fechados, e tínhamos que aceitar que não haveria passagem de som. Pelo menos a mesa de monitoração estava funcionando (ao contrário do que aconteceu em Porto Alegre), e meu técnico de bateria, Lorne, me avisou que minha marimba MIDI eletrônica parecia ter se recuperado da noite anterior (embora eu ainda estivesse me preparando mentalmente para trabalhar com os sons falhos se eu precisasse). O céu permaneceu escuro e melancólico, e a possibilidade de subir no palco sem passagem de som era tão enervante quanto o não realizado ritual de dia de show – imagine então o último show, grand-finale, capturado para posteridade. Não haveria testes para o equipamento de gravação, nem para a equipe de filmagem; nós todos teríamos que voar. Voar às cegas no Rio.

À medida que as luzes do estádio se apagavam e o urro do público crescia, nós corremos em direção ao palco ao som do tema dos Três Patetas e iniciamos Tom Sawyer, com nossos pensamentos um pouco frenéticos e nossas emoções beirando a ansiedade. A turnê Vapor Trails, como um todo, foi muito emocional para nós três, desde a primeira noite em Hartford, Connecticut. Depois de cinco anos longe de performances ao vivo, e por tudo que passamos nestes cinco anos, realmente pareceu um retorno triunfante. Em alguns momentos durante o show nós nos olhamos e compartilhamos sorrisos rápidos, uma expressão eloqüente que parava o tempo por um instante e que significava tanta sintonia, tanto alívio, e até alegria. Nossos corações estavam em nossos sorrisos.

Nós tocamos muito bem, fato não comum para uma primeira noite, e a produção também foi muito bem. Esta era nossa recompensa por semanas de ensaios num galpão em Toronto, e mais semanas numa pequena arena no interior de Nova Iorque. Também era nossa recompensa por simplesmente continuar. Músicas no repertório como One Little Victory e Bravado tinham um significado renovado para nós naquela noite.

Mesmo durante os ensaios percebi que nós três gradualmente havíamos começado a transcender nossas partes individuais, nos tornando tanto submersos quanto elevados em uma entidade separada, a sinergia de uma banda na estrada. Após este primeiro show, eu disse ao nosso empresário, Ray: "Eu tenho que admitir, seria uma vergonha se isto nunca tivesse acontecido novamente."

O repertório mudou um pouco durante a turnê, à medida que alternamos alguns pares de músicas as quais não pudemos escolher umas das outras, ou à medida que tentamos tocar coisas diferentes se havíamos retornado à determinada região, e tivemos uma surpresa logo antes da nossa ida à Cidade do México. Aparentemente nossa música mais popular ali era Closer to the Heart, e nós ainda não a havíamos tocado naquela turnê (o descanso periódico que algumas canções antigas requerem). Nós três falamos a respeito, e decidimos que não queríamos desapontar o público por não tocarmos nossa música mais conhecida para eles, e concordamos que poderíamos reaprendê-la muito rapidamente. Depois de tocá-la algumas vezes nas passagens de som antes de chegarmos à Cidade do México, nós a adicionamos para o show daquela noite.

Apenas para percebermos que o mesmo acontecia no Brasil: aparentemente Closer to the Heart era nossa música mais popular ali também (apesar de também ficarmos sabendo que Tom Sawyer foi usada pela TV brasileira como tema de McGyver).

(Isso mesmo que dissemos: “O quê?”)

Então, colocamos Closer to the Heart novamente para os shows do Brasil, e ela teve uma resposta muito viva e vocal do público.

De alguma maneira o show, e a turnê inteira, parecia ter alcançado um clímax natural no Rio de Janeiro. Assistindo a filmagem daquela noite, acompanhada pela excelente gravação que Jimbo Barton fez em condições tão difíceis e primitivas (incluindo algumas horas de doloroso "resgate" de alguma perda de qualidade técnica ocasional), parece ser realmente o final triunfante que queríamos.

Assistindo àquele show agora por tantos ângulos diferentes daquele por trás da bateria, e com o luxo de não ter que estar trabalhando nele, fica claro que o público tinha uma sinergia própria, uma energia unificada, intensa e pulsante, uma força da natureza, animando aquele estádio de futebol com eletricidade e vitalidade. Na noite daquele show havia 40.000 estrelas.

Nós três também fizemos um bom show (e eu certamente não digo isto sempre), e nós fomos elevados e inspirados por aquele público incrível, que nos devolveu tanta excitação, energia, e volume. Basta ouvi-los cantando nota-por-nota YYZ – um instrumental – e você percebe que aquele não é um público qualquer.

Extraordinários eles foram, e nós dedicamos esta performance, naquele momento e agora, a eles.

De volta ao hotel, nos reunimos no bar com nossas esposas e colegas e pedimos muitas rodadas da poderosa bebida nacional, a caipirinha... Nós estávamos exaustos e acabados, e apenas começando a sentir o alívio de sabermos que havia terminado – o show longo e difícil, e a turnê longa e difícil. Assim que as pessoas envolvidas na gravação e filmagem chegavam, parecia seguro acreditar que pelo menos um dos 66 shows da turnê Vapor Trails não se desvaneceria no espaço, como um jato efêmero de ecos e memórias. Nossa equipe corajosa prevaleceu sobre todos os obstáculos de tempo, tecnologia e meteorologia, e aquele último show ficou como um souvenir animado para aqueles que estiveram lá, e para aqueles que não estiveram. Pedimos outra rodada de caipirinhas e brindamos a todos eles e a cada um de nós mesmos, nos sentindo melhor a cada minuto.


FICHA TÉCNICA

Recorded by James "Jimbo" Barton
Mixed by James "Jimbo" Barton and Alex Lifeson
Assisted by Patrick Thrasher
Assistant Engineer · Kooster McAllister, Record Plant Remote
Pre-Mixed and Assembled at Trax Studios, Los Angeles, CA
Mixed at Metalworks, Mississauga, ON
Assisted by Chris Gordon and Joe Barlow

Live Recording and invaluable Pre-mixing Organization by James "Jimbo" Barton
Assisted by Patrick Thrasher
Mastered at Gateway Mastering - Portland, Maine by Adam Ayan
Executive Production · Pegi Cecconi and Liam Birt

Art Direction, Illustration and Design by Hugh Syme
Photography by Andrew MacNaughtan
Additional photography by Carrie Nuttall (B&W), MRossi

The Vapor Trails Tour Crew
Tour Manager · Liam Birt
Lighting Director/Designer · Howard Ungerleider
Concert Sound Engineer · Brad Madix
Production Manager · Craig (C.B.) Blazier
Artist Liaison · Shelley Nott
Keyboard Tech · Tony Geranios
Drum Tech · Lorne Wheaton
Bass Tech · Russ Ryan
Guitar Tech · Rick Britton
Stage Monitor Engineer · Brent Carpenter
Production Assistant · Karin Blazier
Personal Assistant · Peter Rollo
Security Director · Michael Mosbach
Carpenter · George Steinert
Nutritionist · Bruce French
Concert Sound by MD Clair Bros. · Jo Ravitch, Brian Evans, Kevin Kapler
Lighting by Premier Global · Rich Vinyard, Shane Gowler, Keith Hoagland, Jamie Grossenkemper
Moving Lights Programmer · Matt Druzbik
Rear Screen Projection created by SPIN Productions · Norman Stangl, Hilton Treves, Colin Davies
Live 3D Animation by Derivative · Greg Hermanovic, Ben Voight, Jarrett Smith, Farah Yusuf, Rob Bairos
Additional Animation · Paul Simpson, Alan Kapler
Derivative VJ · James Ellis
Video by BBC · David Davidian, Bob Larkin, Adrian Brister, James George
Lasers by Production Design · Chris Blair
Pyrotechnics provided by Pyrotek Special Effects · John Arrowsmith
Concert Rigging · Ken Mitchell, Brian Collins
Trucking · Ego Trips / Buses · Hemphill Brothers
Drivers · Arthur (Mac) McLear, David Burnette, Jon Cordes, Michael Gibney, Don Johnson, Tom Hartman, Dave Cook, Lashawn Lundstrom, Lonnie Sweet, Steve Kotzer
Flight Crew · Frank McGrath, Gil Faria, Don West
Merchandising · The McLoughlin Family
Booking Agencies · Artist Group International, NYC, The Agency Group, London, S.L. Feldman & Associates, Toronto
Tour Accountants · Drysdale & Drysdale · John Whitehead, Liam Birt
Management · Ray Danniels / SRO Management, Toronto
Management Staff · Pegi Cecconi, Sheila Posner, Anna LeCoche, Shelley Nott, Cynthia Barry, Steve Hoffman, Rayanne Lepieszo, Randy Rolfe and Bob Farmer
Special thanks to Gil Moore and Raine Munro at Metalworks

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