Voltar para TURNÊS
HEMISPHERES TOUR PERMANENT WAVES TOUR MOVING PICTURES TOUR
DE AGOSTO DE 1979 A JUNHO DE 1980
Bandas de abertura: Max Webster, 38 Special, Saxon, Quartz, Roadmaster e Saga.
Chicago Jam II - 19/08/1979: Foghat, Tubes, Southside Johnny e Roadmaster.
A Farewell to a Texas Summer - 26/08/1979: Foghat, Pat Travers, Billy Thorpe, Point Blank e Little River Band.
Outras bandas: Laurie And The Sighs, Sue Saad And The Next, The Fools, Hot Mama Silver, Quartz, Pat Travers, Wild Horses, FM, New England, Streetheart e Nantucked Band.
A TURNÊ
O começo de uma nova era para o Rush. Com o limiar dos anos de 1980, Permanent Waves introduz uma encarnação fortemente impactante e diferenciada da banda - mais ágil, direta e moderna. "Queríamos algo mais sucinto", explicou Geddy Lee na época do lançamento.
E de que maneira o Rush entra em sua segunda década de criação musical! Até este ponto, lidávamos com trabalhos épicos e artísticos, dos marcos conceituais Caress Of Steel e 2112 aos mágicos e inumanos esforços musicais mostrados em A Farewell To Kings e Hemispheres. Agora, o Rush atravessa a ponte dos anos setenta (década em que desenvolveram seu próprio estilo de peças musicais) caminhando em direção aos anos oitenta, introduzindo uma mostra de canções mais acessíveis comercialmente, porém não menos complexas e especiais.
Estaria o Rush se vendendo? Absolutamente não. Eles estavam se refinando, se firmando. E os resultados os ejetariam de vez para o topo do mundo do rock. Permanent Waves foi a plataforma de lançamento para este sucesso. O cerne do álbum não contém mais do que seis faixas, mas são seis faixas exuberantes. Pura diversão energética.
Inicialmente, o sétimo álbum de estúdio afirmou uma das mais fortes tendências nas composições do trio no período: a cada vez mais presente orientação por sintetizadores. A adição de novas tecnologias combinadas aos elementos do hard rock e do rock progressivo consolidaria padrões de som que cumpririam não somente funções musicais, mas que também afetariam as próprias propostas dos conteúdos líricos. Alguns dos temas básicos visitados no disco observariam a ciência não como anti-natureza, mas como um elemento possível de completá-la se aplicada corretamente. Dessa forma, para o novo decênio, o Rush apresentava seu som drasticamente renovado, num belo composto de sua virtuosidade característica com influências contemporâneas. "Era um momento emocionante musicalmente, e queríamos estar nele", afirma Geddy. "O Ska e reggae foram se misturando ao pop comercial e ao rock. A new wave estava acontecendo".
Para promover o lançamento de Permanent Waves, o Rush montou uma exaustiva agenda (como de praxe), a qual consistia em cobrir boa parte da América do Norte de janeiro até o meio de maio. Uma turnê européia foi negociada para começar logo depois.
Com o lançamento do disco, em janeiro, os ingressos começaram a ser vendidos para shows pelo Canadá e Estados Unidos. Sobre as vendas, a banda teve um sucesso verdadeiramente espetacular com o novo disco, subindo nos rankings rapidamente e, finalmente, atingindo o top five nas três grandes publicações da época - Billboard, Cashbox e Record World.
"The Spirit of Radio" era um grande sucesso e, é claro, o álbum Permanent Waves também, o que indicou que os longos e difíceis anos de trabalho estavam enfim lhes pagando da melhor forma possível. Este tipo de aceitação era demonstrada nas espetaculares apresentações que aconteciam na América do Norte, com esgotamentos de ingressos sendo noticiados em poucas horas após o início das vendas em todos os lugares.
O fervor pelo Rush foi muito próximo do demonstrado num fato trágico ocorrido em janeiro daquele ano na cidade de Detroit. Um mês antes, em 3 de dezembro de 1979, onze fãs morreram no Riverfront Stadium em Cincinnati quando a multidão arrombou os portões num show do The Who. O Rush praticamente teve sua própria Cincinnati quando os ingressos para o show do dia 17 de fevereiro começaram a ser vendidos no grandioso Cobo Hall em Detroit no sábado, dia 12 de janeiro. Havia entre 1000 e 1500 jovens esperando na fila para comprar ingressos quando as bilheterias abriram às 8:30 da manhã - uma hora e meia antes da hora marcada. O gerente das bilheterias liberou as mesmas mais cedo por causa da multidão pois, alguns deles, de acordo com a polícia local, tinham esperado a noite inteira numa temperatura próxima de 0º C. Com oito policiais na vigia, a multidão arrombou as portas, quebrando os vidros em seis delas e também arrancando as persianas. Mais uma dúzia de policiais foi chamada para restaurar a ordem com o uso judicial de nightsticks - a versão americana mais compacta do cassetete. Para fazer com que as pessoas recuassem, eles batiam nas pernas.
Por um tipo de sorte ou por um pequeno milagre ninguém foi gravemente ferido, apesar de muitos terem afirmado que foram cruelmente tratados. Por fim, todos os 20.029 ingressos foram vendidos.
Praticamente na mesma época, o Rush deixava claro na imprensa americana que eles eram muito preocupados com a questão da segurança de seu público nos shows. A banda especificava em seus contratos que só deveriam ter lugares reservados - um eufemismo dos promoters americanos sobre o fato de colocarem tantas pessoas quanto possível sem apresentar nenhuma preocupação com a segurança.
Disse Geddy Lee: "É coisa de ignorante. É tratar os garotos como gado, o que eles não são. É algo pelo qual lutamos por um longo tempo, mas ninguém nunca te ouve. Eles precisam de uma tragédia horrível como essa (o incidente de Cincinnati no show do The Who) antes falar 'Ah sim, talvez você esteja certo'. Nós reclamamos em muitos dos nossos shows passados. Poderíamos pedir, por favor, que reservassem lugares individuais sempre, mas infelizmente ninguém prestava atenção nisso de fato até o acidente ter acontecido. Você nunca ouve falar de confusão em espetáculos com lugares reservados. Essa é a questão".
Neil Peart ecoou os sentimentos de Geddy: "Sou muito feliz por termos uma cláusula em nosso contrato que nos permite não aceitar cadeira livre. Tentei me engajar nesta causa na última turnê porque, nos últimos anos, tenho visto pessoas passarem por um verdadeiro sofrimento na frente do palco, sendo expulsas da platéia e sendo empurradas. É terrível de assistir".
Apesar da cláusula adicional contra a cadeira livre, o Rush ainda planejava levar multidões inacreditavelmente vastas na turnê americana, a maior que eles já haviam conseguido até então, provando assim que eram verdadeiramente uma banda de multidões.
Observemos alguns exemplos. Em Wichita eles levaram 7.300 pessoas ao Kansas Coliseum. Em Los Angeles, eles atraíram mais de 10.000 que pagaram um total de 102.000 dólares. Na seção da Costa Oeste da turnê o Rush levou mais de 41.000 fãs aos seus shows. Em Edmonton foram 15.000, e em Forth Worth (Texas) foram 13.000. A banda tocou por quatro noites em Chicago, quatro em Nova York e duas em Seattle - todas de março a maio. Talvez a área de maior destaque foi St. Louis. Eles foram os primeiros do rock a tocar por três noites seguidas numa grande casa de shows da cidade. E todos os ditos 30.000 habitantes viram essas estupendas apresentações.
Em apenas uma semana - mais precisamente do dia 13 ao dia 19 de fevereiro - o Rush conseguiu mais de meio milhão de dólares vendendo ingressos, com as notáveis séries de shows em St. Louis e em Detroit, conseguindo mais de 200.000 e 250.000 dólares, respectivamente.
O padrão foi repetido por todo o país. Mas se isso parece espetacular, o mais surpreendente é que, mais tarde, Alex Lifeson diria que a turnê Permanent Waves foi a primeira na qual a banda realmente lucrou. Isto era inquestionável devido à escala incomparável da verdadeira operação que foi esse projeto do Rush. Eles viajaram pela América do Norte com equipamentos, instrumentos e um show de luzes avaliado em 600 mil dólares, isso sem falar dos roadies (aproximadamente 20). Tudo era transportado em quatro grandes caminhões, alguns ônibus e uma barraca astronomicamente equipada com tudo o que qualquer viajante dos anos de 1980 poderia desejar.
Se as estatísticas dessa turnê foram impressionantes, a mudança de atitude dos críticos do outro lado do Atlântico também surpreendeu. A banda era finalmente reconhecida na maior parte dos quarteirões como uma das mais sábias na estrada. Além disso, as letras de Peart e a incrível musicalidade do trio conseguiam enfim a atenção e admiração que já mereciam há muito tempo.
"O Rush", disse um repórter, "não só cria como vive em padrões que todas as bandas oitentistas deveriam seguir".
Em Wichita, a crítica local delirou com a "musicalidade fenomenal" deles, enquanto em Calgary um repórter sentiu que o Rush havia mostrado para a público que "o rock estava longe da morte". Como um último exemplo, em St. Louis disseram que o trio havia progredido "para uma das primeiras forças musicais e performáticas do mundo". O escritor adicionou que a banda havia entrado "num círculo elitista no pico do rock internacional".
Foi revelado que o Rush teria uma agenda de um mês excursionando pela Grã-Bretanha em junho de 1980. Eles abriram no Southampton Gaumont (1 e 2 de junho), fazendo cinco noites no Hammersmith Odeon em Londres (de 4 a 8 de junho), The Apollo em Glasgow - Escócia (10 e 11), City Hall em Newcastle (12 e 13), Queen Hall em Leeds (15), Leisure Centre em Deeside - País de Gales (16), The Apollo em Manchester (18 e 18), The Odeon em Birmingham (20), De Montfort Hall em Leicester (21) e Brighton Centre em Brighton (22). No momento em que a turnê foi anunciada, a procura por ingressos já era recorde. Através de especulações via cartas ou de informações boca a boca, as vendas para as duas primeiras noites no Hammersmith Odeon se esgotaram, assim como dos shows em Glasgow. O City Hall em Newcastle noticiou que na época em que os shows foram anunciados eles já tinham cartas suficientes para encher a casa de espetáculos. Neste meio tempo, a banda estava encerrando o quinto mês da turnê norte-americana, já pensando no que fariam para seu próximo álbum ao vivo. É interessante lembrar que se aproximava o momento desse outro tipo de lançamento - tendo os rapazes curtido muito o sucesso de All The World’s a Stage, liberado quatro anos antes. Poderia ser também que a banda estivesse se sentindo cansada, tanto mentalmente quanto fisicamente, após o trabalho considerável para compor Permanent Waves, seguido da frenética turnê na América do Norte.
"Estamos vendo os resultados de todo o trabalho duro que fizemos ao longo dos anos", diz Neil. "Nos dedicamos tanto para nos estabelecermos na Grã-Bretanha que, quando chegamos aqui, esperávamos mesmo ter uma boa turnê. Não quero que soe convencido, mas esperávamos shows lotados e uma boa resposta do público. Trabalhamos bastante e agora estamos vendo os resultados. É claro que, se fizéssemos um show ruim, não esperaria uma boa resposta - mas ficaria muito surpreso se fizéssemos um show ruim hoje em dia. Acho que a maioria dos DJs agora está sendo forçada a tocar as nossas músicas na América do Norte, pois as pessoas ligam pedindo. Para mim isso é o ideal".
"Não gosto que nosso material toque nas rádios porque o produtor da gravadora é o melhor amigo ou o cunhado do DJ. Quero que eles toquem porque estão dentro do sistema, ou melhor, quero que toquem porque os fãs querem ouvir. É bem prazeroso agora ter uma resposta das rádios e da imprensa norte-americana, mas não posso dizer que estamos muito empolgados com isso. É legal, mas não vamos começar a celebrar porque algum DJ finalmente nos descobriu - todos eles tiveram muitas chances nesses oito anos, nos momentos em que precisávamos muito deles".
"É legal ter este feedback, mas não posso dizer que precisamos muito disso agora que temos um público como o que tivemos no Hammersmith, e como muitos outros que conseguimos na América do Norte. Sabe, é tremendamente prazeroso estar bem na Grã-Bretanha. Não é o mercado mais importante do mundo em termos de vendas de discos, mas temos um relacionamento muito especial com o país. Vivi ali por um tempo, gravamos alguns álbuns e gostamos muito de experimentar a lealdade dos fãs. Você não consegue um relacionamento melhor que este".
SET LIST
2112
Freewill
By-Tor And The Snow Dog
Xanadu
The Spirit Of Radio
Natural Science
A Passage To Bangkok
The Trees
Cygnus X-1: Book I: The Voyage
Cygnus X-1: Book II: Hemispheres
Closer To The Heart
Beneath, Between And Behind
Jacob's Ladder
Working Man
Finding My Way
Anthem
Bastille Day
In The Mood
Drum Solo
Encore:
La Villa Strangiato
DATAS
Chicago Jam II - 19/08/1979: Foghat, Tubes, Southside Johnny e Roadmaster.
A Farewell to a Texas Summer - 26/08/1979: Foghat, Pat Travers, Billy Thorpe, Point Blank e Little River Band.
Outras bandas: Laurie And The Sighs, Sue Saad And The Next, The Fools, Hot Mama Silver, Quartz, Pat Travers, Wild Horses, FM, New England, Streetheart e Nantucked Band.
A TURNÊ
O começo de uma nova era para o Rush. Com o limiar dos anos de 1980, Permanent Waves introduz uma encarnação fortemente impactante e diferenciada da banda - mais ágil, direta e moderna. "Queríamos algo mais sucinto", explicou Geddy Lee na época do lançamento.
E de que maneira o Rush entra em sua segunda década de criação musical! Até este ponto, lidávamos com trabalhos épicos e artísticos, dos marcos conceituais Caress Of Steel e 2112 aos mágicos e inumanos esforços musicais mostrados em A Farewell To Kings e Hemispheres. Agora, o Rush atravessa a ponte dos anos setenta (década em que desenvolveram seu próprio estilo de peças musicais) caminhando em direção aos anos oitenta, introduzindo uma mostra de canções mais acessíveis comercialmente, porém não menos complexas e especiais.
Estaria o Rush se vendendo? Absolutamente não. Eles estavam se refinando, se firmando. E os resultados os ejetariam de vez para o topo do mundo do rock. Permanent Waves foi a plataforma de lançamento para este sucesso. O cerne do álbum não contém mais do que seis faixas, mas são seis faixas exuberantes. Pura diversão energética.
Inicialmente, o sétimo álbum de estúdio afirmou uma das mais fortes tendências nas composições do trio no período: a cada vez mais presente orientação por sintetizadores. A adição de novas tecnologias combinadas aos elementos do hard rock e do rock progressivo consolidaria padrões de som que cumpririam não somente funções musicais, mas que também afetariam as próprias propostas dos conteúdos líricos. Alguns dos temas básicos visitados no disco observariam a ciência não como anti-natureza, mas como um elemento possível de completá-la se aplicada corretamente. Dessa forma, para o novo decênio, o Rush apresentava seu som drasticamente renovado, num belo composto de sua virtuosidade característica com influências contemporâneas. "Era um momento emocionante musicalmente, e queríamos estar nele", afirma Geddy. "O Ska e reggae foram se misturando ao pop comercial e ao rock. A new wave estava acontecendo".
Para promover o lançamento de Permanent Waves, o Rush montou uma exaustiva agenda (como de praxe), a qual consistia em cobrir boa parte da América do Norte de janeiro até o meio de maio. Uma turnê européia foi negociada para começar logo depois.
Com o lançamento do disco, em janeiro, os ingressos começaram a ser vendidos para shows pelo Canadá e Estados Unidos. Sobre as vendas, a banda teve um sucesso verdadeiramente espetacular com o novo disco, subindo nos rankings rapidamente e, finalmente, atingindo o top five nas três grandes publicações da época - Billboard, Cashbox e Record World.
"The Spirit of Radio" era um grande sucesso e, é claro, o álbum Permanent Waves também, o que indicou que os longos e difíceis anos de trabalho estavam enfim lhes pagando da melhor forma possível. Este tipo de aceitação era demonstrada nas espetaculares apresentações que aconteciam na América do Norte, com esgotamentos de ingressos sendo noticiados em poucas horas após o início das vendas em todos os lugares.
O fervor pelo Rush foi muito próximo do demonstrado num fato trágico ocorrido em janeiro daquele ano na cidade de Detroit. Um mês antes, em 3 de dezembro de 1979, onze fãs morreram no Riverfront Stadium em Cincinnati quando a multidão arrombou os portões num show do The Who. O Rush praticamente teve sua própria Cincinnati quando os ingressos para o show do dia 17 de fevereiro começaram a ser vendidos no grandioso Cobo Hall em Detroit no sábado, dia 12 de janeiro. Havia entre 1000 e 1500 jovens esperando na fila para comprar ingressos quando as bilheterias abriram às 8:30 da manhã - uma hora e meia antes da hora marcada. O gerente das bilheterias liberou as mesmas mais cedo por causa da multidão pois, alguns deles, de acordo com a polícia local, tinham esperado a noite inteira numa temperatura próxima de 0º C. Com oito policiais na vigia, a multidão arrombou as portas, quebrando os vidros em seis delas e também arrancando as persianas. Mais uma dúzia de policiais foi chamada para restaurar a ordem com o uso judicial de nightsticks - a versão americana mais compacta do cassetete. Para fazer com que as pessoas recuassem, eles batiam nas pernas.
Por um tipo de sorte ou por um pequeno milagre ninguém foi gravemente ferido, apesar de muitos terem afirmado que foram cruelmente tratados. Por fim, todos os 20.029 ingressos foram vendidos.
Praticamente na mesma época, o Rush deixava claro na imprensa americana que eles eram muito preocupados com a questão da segurança de seu público nos shows. A banda especificava em seus contratos que só deveriam ter lugares reservados - um eufemismo dos promoters americanos sobre o fato de colocarem tantas pessoas quanto possível sem apresentar nenhuma preocupação com a segurança.
Disse Geddy Lee: "É coisa de ignorante. É tratar os garotos como gado, o que eles não são. É algo pelo qual lutamos por um longo tempo, mas ninguém nunca te ouve. Eles precisam de uma tragédia horrível como essa (o incidente de Cincinnati no show do The Who) antes falar 'Ah sim, talvez você esteja certo'. Nós reclamamos em muitos dos nossos shows passados. Poderíamos pedir, por favor, que reservassem lugares individuais sempre, mas infelizmente ninguém prestava atenção nisso de fato até o acidente ter acontecido. Você nunca ouve falar de confusão em espetáculos com lugares reservados. Essa é a questão".
Neil Peart ecoou os sentimentos de Geddy: "Sou muito feliz por termos uma cláusula em nosso contrato que nos permite não aceitar cadeira livre. Tentei me engajar nesta causa na última turnê porque, nos últimos anos, tenho visto pessoas passarem por um verdadeiro sofrimento na frente do palco, sendo expulsas da platéia e sendo empurradas. É terrível de assistir".
Apesar da cláusula adicional contra a cadeira livre, o Rush ainda planejava levar multidões inacreditavelmente vastas na turnê americana, a maior que eles já haviam conseguido até então, provando assim que eram verdadeiramente uma banda de multidões.
Observemos alguns exemplos. Em Wichita eles levaram 7.300 pessoas ao Kansas Coliseum. Em Los Angeles, eles atraíram mais de 10.000 que pagaram um total de 102.000 dólares. Na seção da Costa Oeste da turnê o Rush levou mais de 41.000 fãs aos seus shows. Em Edmonton foram 15.000, e em Forth Worth (Texas) foram 13.000. A banda tocou por quatro noites em Chicago, quatro em Nova York e duas em Seattle - todas de março a maio. Talvez a área de maior destaque foi St. Louis. Eles foram os primeiros do rock a tocar por três noites seguidas numa grande casa de shows da cidade. E todos os ditos 30.000 habitantes viram essas estupendas apresentações.
Em apenas uma semana - mais precisamente do dia 13 ao dia 19 de fevereiro - o Rush conseguiu mais de meio milhão de dólares vendendo ingressos, com as notáveis séries de shows em St. Louis e em Detroit, conseguindo mais de 200.000 e 250.000 dólares, respectivamente.
O padrão foi repetido por todo o país. Mas se isso parece espetacular, o mais surpreendente é que, mais tarde, Alex Lifeson diria que a turnê Permanent Waves foi a primeira na qual a banda realmente lucrou. Isto era inquestionável devido à escala incomparável da verdadeira operação que foi esse projeto do Rush. Eles viajaram pela América do Norte com equipamentos, instrumentos e um show de luzes avaliado em 600 mil dólares, isso sem falar dos roadies (aproximadamente 20). Tudo era transportado em quatro grandes caminhões, alguns ônibus e uma barraca astronomicamente equipada com tudo o que qualquer viajante dos anos de 1980 poderia desejar.
Se as estatísticas dessa turnê foram impressionantes, a mudança de atitude dos críticos do outro lado do Atlântico também surpreendeu. A banda era finalmente reconhecida na maior parte dos quarteirões como uma das mais sábias na estrada. Além disso, as letras de Peart e a incrível musicalidade do trio conseguiam enfim a atenção e admiração que já mereciam há muito tempo.
"O Rush", disse um repórter, "não só cria como vive em padrões que todas as bandas oitentistas deveriam seguir".
Em Wichita, a crítica local delirou com a "musicalidade fenomenal" deles, enquanto em Calgary um repórter sentiu que o Rush havia mostrado para a público que "o rock estava longe da morte". Como um último exemplo, em St. Louis disseram que o trio havia progredido "para uma das primeiras forças musicais e performáticas do mundo". O escritor adicionou que a banda havia entrado "num círculo elitista no pico do rock internacional".
Foi revelado que o Rush teria uma agenda de um mês excursionando pela Grã-Bretanha em junho de 1980. Eles abriram no Southampton Gaumont (1 e 2 de junho), fazendo cinco noites no Hammersmith Odeon em Londres (de 4 a 8 de junho), The Apollo em Glasgow - Escócia (10 e 11), City Hall em Newcastle (12 e 13), Queen Hall em Leeds (15), Leisure Centre em Deeside - País de Gales (16), The Apollo em Manchester (18 e 18), The Odeon em Birmingham (20), De Montfort Hall em Leicester (21) e Brighton Centre em Brighton (22). No momento em que a turnê foi anunciada, a procura por ingressos já era recorde. Através de especulações via cartas ou de informações boca a boca, as vendas para as duas primeiras noites no Hammersmith Odeon se esgotaram, assim como dos shows em Glasgow. O City Hall em Newcastle noticiou que na época em que os shows foram anunciados eles já tinham cartas suficientes para encher a casa de espetáculos. Neste meio tempo, a banda estava encerrando o quinto mês da turnê norte-americana, já pensando no que fariam para seu próximo álbum ao vivo. É interessante lembrar que se aproximava o momento desse outro tipo de lançamento - tendo os rapazes curtido muito o sucesso de All The World’s a Stage, liberado quatro anos antes. Poderia ser também que a banda estivesse se sentindo cansada, tanto mentalmente quanto fisicamente, após o trabalho considerável para compor Permanent Waves, seguido da frenética turnê na América do Norte.
"Estamos vendo os resultados de todo o trabalho duro que fizemos ao longo dos anos", diz Neil. "Nos dedicamos tanto para nos estabelecermos na Grã-Bretanha que, quando chegamos aqui, esperávamos mesmo ter uma boa turnê. Não quero que soe convencido, mas esperávamos shows lotados e uma boa resposta do público. Trabalhamos bastante e agora estamos vendo os resultados. É claro que, se fizéssemos um show ruim, não esperaria uma boa resposta - mas ficaria muito surpreso se fizéssemos um show ruim hoje em dia. Acho que a maioria dos DJs agora está sendo forçada a tocar as nossas músicas na América do Norte, pois as pessoas ligam pedindo. Para mim isso é o ideal".
"Não gosto que nosso material toque nas rádios porque o produtor da gravadora é o melhor amigo ou o cunhado do DJ. Quero que eles toquem porque estão dentro do sistema, ou melhor, quero que toquem porque os fãs querem ouvir. É bem prazeroso agora ter uma resposta das rádios e da imprensa norte-americana, mas não posso dizer que estamos muito empolgados com isso. É legal, mas não vamos começar a celebrar porque algum DJ finalmente nos descobriu - todos eles tiveram muitas chances nesses oito anos, nos momentos em que precisávamos muito deles".
"É legal ter este feedback, mas não posso dizer que precisamos muito disso agora que temos um público como o que tivemos no Hammersmith, e como muitos outros que conseguimos na América do Norte. Sabe, é tremendamente prazeroso estar bem na Grã-Bretanha. Não é o mercado mais importante do mundo em termos de vendas de discos, mas temos um relacionamento muito especial com o país. Vivi ali por um tempo, gravamos alguns álbuns e gostamos muito de experimentar a lealdade dos fãs. Você não consegue um relacionamento melhor que este".
SET LIST
2112
Freewill
By-Tor And The Snow Dog
Xanadu
The Spirit Of Radio
Natural Science
A Passage To Bangkok
The Trees
Cygnus X-1: Book I: The Voyage
Cygnus X-1: Book II: Hemispheres
Closer To The Heart
Beneath, Between And Behind
Jacob's Ladder
Working Man
Finding My Way
Anthem
Bastille Day
In The Mood
Drum Solo
Encore:
La Villa Strangiato
DATAS
17 de agosto de 1979 | DAVENPORT, IOWA | RKO ORPHEUM THEATRE |
18 de agosto de 1979 | DUBUQUE, IOWA | LOCAL DESCONHECIDO |
19 de agosto de 1979 | CHICAGO, ILLINOIS | COMISKEY PARK |
21 de agosto de 1979 | CHARLESTON, VIRGINIA ocidental | CHARLESTON CIVIC CENTER |
22 de agosto de 1979 | LARGO, MARYLAND | CAPITAL CENTRE |
24 de agosto de 1979 | HAMILTON, ONTáRIO | IVOR WYNNE STADIUM |
26 de agosto de 1979 | DALLAS, TEXAS | COTTON BOWL |
27 de agosto de 1979 | DETROIT, MICHIGAN | COBO HALL |
28 de agosto de 1979 | DETROIT, MICHIGAN | PINE KNOB MUSIC THEATRE |
29 de agosto de 1979 | LANSING, MICHIGAN | CIVIC CENTER |
30 de agosto de 1979 | SAGINAW, MICHIGAN | WENDLER ARENA |
31 de agosto de 1979 | DAYTON, OHIO | HARA ARENA |
02 de setembro de 1979 | TORONTO, ONTáRIO | VARSITY STADIUM |
05 de setembro de 1979 | LEXINGTON, KENTUCKY | RUPP ARENA |
07 de setembro de 1979 | CEDAR RAPIDS, IOWA | FIVE SEASONS THEATER |
08 de setembro de 1979 | EAST TROY, WISCONSIN | ALPINE VALLEY AMPHITHEATER |
09 de setembro de 1979 | MT. PLEASANT, MICHIGAN | ROSE ARENA, CENTRAL MICHIGAN UNIVERSITY |
10 de setembro de 1979 | DETROIT, MICHIGAN | PINE KNOB MUSIC THEATRE |
12 de setembro de 1979 | ALLENTOWN, PENNSYLVANIA | ALLENTOWN FAIRGROUNDS |
21 de setembro de 1979 | STAFFORD, inglaterra | NEW BINGLEY HALL |
22 de setembro de 1979 | STAFFORD, inglaterra | NEW BINGLEY HALL |
17 de janeiro de 1980 | FREDERICTON, nova BRUNSWICK | AITKEN CENTRE, UNB |
18 de janeiro de 1980 | MONCTON, Nova BRUNSWICK | MONCTON COLISEUM |
19 de janeiro de 1980 | HALIFAX, NOVA SCOTIA | HALIFAX METRO CENTRE |
20 de janeiro de 1980 | MONTREAL, QUEBEC | THE FORUM |
21 de janeiro de 1980 | MONTREAL, QUEBEC | THE FORUM |
22 de janeiro de 1980 | ALBANY, Nova YORK | PALACE THEATRE |
23 de janeiro de 1980 | ALBANY, Nova YORK | PALACE THEATRE |
24 de janeiro de 1980 | ROCHESTER, Nova YORK | WAR MEMORIAL |
26 de janeiro de 1980 | POUGHKEEPSIE, Nova york | MID-HUDSON CIVIC CENTER |
27 de janeiro de 1980 | BINGHAMTON, Nova YORK | BROOME COUNTY ARENA |
29 de janeiro de 1980 | BIRMINGHAM, ALABAMA | BOUTWELL AUDITORIUM |
30 de janeiro de 1980 | ATLANTA, GEORGIA | THE OMNI |
01 de fevereiro de 1980 | OKLAHOMA CITY, OKLAHOMA | MYRIAD CONVENTION CENTER |
02 de fevereiro de 1980 | FORT WORTH, TEXAS | TARRANT COUNTY CONVENTION CENTER |
03 de fevereiro de 1980 | SAN ANTONIO, TEXAS | CONVENTION CENTER ARENA |
05 de fevereiro de 1980 | HOUSTON, TEXAS | SAM HOUSTON COLISEUM |
06 de fevereiro de 1980 | CORPUS CHRISTI, TEXAS | THE COLISEUM |
07 de fevereiro de 1980 | AUSTIN, TEXAS | AUSTIN MUNICIPAL AUDITORIUM |
08 de fevereiro de 1980 | DALLAS, TEXAS | DALLAS CONVENTION CENTER |
09 de fevereiro de 1980 | TULSA, OKLAHOMA | ASSEMBLY CENTER |
10 de fevereiro de 1980 | WICHITA, KANSAS | KANSAS COLISEUM |
11 de fevereiro de 1980 | ST. LOUIS, MISSOURI | KIEL AUDITORIUM |
12 de fevereiro de 1980 | ST. LOUIS, MISSOURI | KIEL AUDITORIUM |
13 de fevereiro de 1980 | ST. LOUIS, MISSOURI | KIEL AUDITORIUM |
15 de fevereiro de 1980 | EVANSVILLE, INDIANA | ROBERTS STADIUM |
16 de fevereiro de 1980 | DAYTON, OHIO | UNIVERSITY OF DAYTON ARENA |
17 de fevereiro de 1980 | DETROIT, MICHIGAN | JOE LOUIS ARENA |
18 de fevereiro de 1980 | RICHFIELD, OHIO | RICHFIELD COLISEUM |
19 de fevereiro de 1980 | DETROIT, MICHIGAN | JOE LOUIS ARENA |
27 de fevereiro de 1980 | KANSAS CITY, MISSOURI | KEMPER ARENA |
01 de março de 1980 | DENVER, COLORADO | MCNICHOLS ARENA |
02 de março de 1980 | ALBUQUERQUE, Novo MéXICO | TINGLEY COLISEUM |
03 de março de 1980 | TUCSON, ARIZONA | TUCSON COMMUNITY CENTRE |
04 de março de 1980 | PHOENIX, ARIZONA | VETERANS MEMORIAL COLISEUM |
06 de março de 1980 | SAN DIEGO, CALIFóRNIA | SPORTS ARENA |
07 de março de 1980 | SAN BERNADINO, CALIFóRNIA | SWING AUDITORIUM |
09 de março de 1980 | LONG BEACH, CALIFóRNIA | LONG BEACH ARENA |
10 de março de 1980 | LOS ANGELES, CALIFóRNIA | GREAT WESTERN FORUM |
12 de março de 1980 | FRESNO, CALIFóRNIA | SELLAND ARENA |
13 de março de 1980 | SACRAMENTO, CALIFÓRNIA | CANCELADO |
14 de março de 1980 | SAN FRANCISCO, CALIFóRNIA | THE COW PALACE |
15 de março de 1980 | SAN FRANCISCO, CALIFóRNIA | THE COW PALACE |
16 de março de 1980 | EUGENE, OREGON | MCARTHUR COURT |
18 de março de 1980 | SEATTLE, WASHINGTON | SEATTLE CENTER COLISIUM |
19 de março de 1980 | SEATTLE, WASHINGTON | SEATTLE CENTER COLISIUM |
20 de março de 1980 | PORTLAND, OREGON | MEMORIAL COLISEUM |
21 de março de 1980 | SPOKANE, WASHINGTON | SPOKANE COLISEUM |
23 de março de 1980 | EDMONTON, ALBERTA | NORTHLANDS COLISEUM |
24 de março de 1980 | CALGARY, ALBERTA | MAX BELL ARENA |
25 de março de 1980 | CALGARY, ALBERTA | MAX BELL ARENA |
27 de março de 1980 | VICTORIA, colúmbia britânica | MEMORIAL ARENA |
28 de março de 1980 | NANAIMO, colúmbia britânica | BEBAN PARK ARENA |
29 de março de 1980 | VANCOUVER, colúmbia britânica | PACIFIC COLISEUM |
31 de abril de 1980 | REGINA, SASKATCHEWAN | AGRIDOME |
01 de abril de 1980 | WINNIPEG, MANITOBA | WINNIPEG ARENA |
03 de abril de 1980 | CHICAGO, ILLINOIS | INTERNATIONAL AMPHITHEATRE |
04 de abril de 1980 | CHICAGO, ILLINOIS | INTERNATIONAL AMPHITHEATRE |
05 de abril de 1980 | CHICAGO, ILLINOIS | INTERNATIONAL AMPHITHEATRE |
06 de abril de 1980 | CHICAGO, ILLINOIS | INTERNATIONAL AMPHITHEATRE |
17 de abril de 1980 | MILWAUKEE, WISCONSIN | MILWAUKEE AUDITORIUM |
18 de abril de 1980 | MILWAUKEE, WISCONSIN | MILWAUKEE AUDITORIUM |
19 de abril de 1980 | MILWAUKEE, WISCONSIN | MILWAUKEE AUDITORIUM |
20 de abril de 1980 | MADISON, WISCONSIN | DANE COUNTY COLISEUM |
22 de abril de 1980 | GREEN BAY, WISCONSIN | BROWN COUNTY ARENA |
23 de abril de 1980 | KALAMAZOO, MICHIGAN | WINGS STADIUM |
24 de abril de 1980 | TOLEDO, OHIO | SPORTS ARENA |
26 de abril de 1980 | LOUISVILLE, KENTUCKY | LOUISVILLE GARDENS |
27 de abril de 1980 | INDIANáPOLIS, INDIANA | MARKET SQUARE ARENA |
18 de abril de 1980 | FT. WAYNE, INDIANA | FT. WAYNE COLISEUM |
29 de abril de 1980 | COLUMBUS, OHIO | ST. JOHN ARENA AT OHIO STATE UNIVERSITY |
08 de maio de 1980 | Nova YORK, Nova YORK | THE PALLADIUM |
09 de maio de 1980 | Nova YORK, Nova YORK | THE PALLADIUM |
10 de maio de 1980 | Nova YORK, Nova YORK | THE PALLADIUM |
11 de maio de 1980 | Nova YORK, Nova YORK | THE PALLADIUM |
13 de maio de 1980 | HERSHEY, PENNSYLVANIA | HERSHEYPARK ARENA |
14 de maio de 1980 | PITTSBURGH, PENNSYLVANIA | CIVIC ARENA |
16 de maio de 1980 | PROVIDENCE, RHODE ISLAND | CIVIC CENTER |
17 de maio de 1980 | YARMOUTH, MASSACHUSETTS | cancelado |
18 de maio de 1980 | PORTLAND, MAINE | cancelado |
20 de maio de 1980 | NEW HAVEN, CONNECTICUT | NEW HAVEN COLISEUM |
21 de maio de 1980 | BUFFALO, Nova YORK | MEMORIAL AUDITORIUM |
22 de maio de 1980 | UTICA, Nova YORK | MEMORIAL AUDITORIUM |
23 de maio de 1980 | UNIONDALE, Nova YORK | NASSAU COLISEUM |
01 de junho de 1980 | SOUTHAMPTON, inglaterra | SOUTHAMPTON GAUMONT |
02 de junho de 1980 | SOUTHAMPTON, inglaterra | SOUTHAMPTON GAUMONT |
04 de junho de 1980 | londres, inglaterra | HAMMERSMITH ODEON |
05 de junho de 1980 | LONDres, inglaterra | HAMMERSMITH ODEON |
06 de junho de 1980 | londres, inglaterra | HAMMERSMITH ODEON |
07 de junho de 1980 | londres, inglaterra | HAMMERSMITH ODEON |
08 de junho de 1980 | londres, inglaterra | HAMMERSMITH ODEON |
10 de junho de 1980 | GLASGOW, escócia | THE APOLLO (gravado para exit...stage left) |
11 de junho de 1980 | GLASGOW, escócia | THE APOLLO (gravado para exit...stage left) |
12 de junho de 1980 | NEWCASTLE, inglaterra | CITY HALL |
13 de junho de 1980 | NEWCASTLE, inglaterra | CITY HALL |
15 de junho de 1980 | LEEDS, inglaterra | QUEENS HALL |
16 de junho de 1980 | DEESIDE, país de gales | DEESIDE LEISURE CENTRE |
17 de junho de 1980 | MANCHESTER, inglaterra | THE APOLLO (gravado e liberado em 2112 deluxe edition) |
18 de junho de 1980 | MANCHESTER, inglaterra | THE APOLLO |
20 de junho de 1980 | BIRMINGHAM, inglaterra | THE ODEON |
21 de junho de 1980 | LEICESTER, inglaterra | DE MONTFORT HALL |
22 de junho de 1980 | BRIGHTON, inglaterra | BRIGHTON CENTRE |