09 DE OUTUBRO DE 2013 | POR VAGNER CRUZ / COLABORAÇÃO: LEO SKINNER
Complementando a recente entrevista que Geddy Lee concedeu ao site da revista Rolling Stone, temos aqui uma nova matéria com o baixista comentando alguns vídeos relacionados à carreira do power-trio canadense, rendendo momentos bem divertidos. Acompanhe a matéria, inteiramente traduzida:
Por Andy Greene
Fonte: Rolling Stone.com
Veja os pensamentos de Geddy Lee sobre '2112', a jam do Hall of Fame e seus péssimos cortes de cabelo.
Geddy é o primeiro a admitir que o Rush não tem um bom histórico quando se trata de fazer clipes, e que sua trajetória em escolher cortes de cabelo e roupas elegantes também deixa um pouco a desejar. Há algumas semanas ele se sentou com a Rolling Stone para discutir sobre o novo DVD ao vivo e o futuro da banda. Para finalizar lhe mostramos um iPad com 10 vídeos do Rush no Youtube. Em alguns momentos ele pareceu um pouco horrorizado com as imagens e cortes de cabelo, mas ele teve muito a dizer sobre todos eles. E por fim mostramos também alguns vídeos de bandas covers pelo mundo.
'Working Man' - 1974
"Nossa", diz Lee. "É difícil assistir você mesmo quando criança, é como ver filmes caseiros ruins. As coisas que você observa são 'Meu Deus! Como eu era magro!' O Alex então, deixa pra lá. As coisas que estamos usando são engraçadas, estávamos saindo da nossa fase de 'banda de bar' e nos bares estávamos habituados a usar esse tipo de roupa brilhante, porque todo mundo precisava se destacar de alguma forma naquela época. Isso foi 'pós glitter-rock', mas nós nunca fomos as pessoas mais elegantes do planeta".
"Rutsey sempre se deu bem com seu estilo, ele estava totalmente nessa cena glitter, você pode ver pelo cabelo dele. Ele era um grande admirador do movimento Mod e das bandas britânicas, e eu e o Alex nunca demos muita atenção a isso, apenas procurávamos algo que era chamativo o suficiente e que parecesse roupa de palco".
"Eu nunca havia visto esse vídeo, mesmo não sendo uma gravação ruim. John era mais Mod, bem no estilo do Paul Weller (The Jam) de se vestir. Alex e eu estávamos apenas cabeludos, fingindo sermos legais".
'Anthem' - 1975
"Essa música me traz uma memória muito particular e que nunca se apagou: a primeira vez de todas que tocamos com o Neil. Foi na primeira vez que ele fez o teste para nós. Eu e Alex escrevemos esse riff no tempo que o Rustey ainda estava na banda, mas ele não conseguia tocar. Era muito complicado e não era o estilo dele, ele era mais focado no rock mais direto".
"Entre outras coisas, fizemos uma jam com o Neil em cima desse riff no primeiro dia que o conhecemos. Quando ele começou a tocar, olhamos um para cara do outro (Alex e eu) e pensamos 'Sim, esse é o cara, ele pode tocar, ele pode fazer isso!". Eu não consigo nem pensar o que poderia ter acontecido se nós não o tivéssemos conhecido. A vida é bizarra. Voltas e reviravoltas. O destino o trouxe até a nossa porta naquele dia e, muito felizmente, ainda saímos juntos".
'2112'
Ao vivo no Capitol Theater em Passaic, Nova Jersey – 1976
Por Andy Greene
Fonte: Rolling Stone.com
Veja os pensamentos de Geddy Lee sobre '2112', a jam do Hall of Fame e seus péssimos cortes de cabelo.
Geddy é o primeiro a admitir que o Rush não tem um bom histórico quando se trata de fazer clipes, e que sua trajetória em escolher cortes de cabelo e roupas elegantes também deixa um pouco a desejar. Há algumas semanas ele se sentou com a Rolling Stone para discutir sobre o novo DVD ao vivo e o futuro da banda. Para finalizar lhe mostramos um iPad com 10 vídeos do Rush no Youtube. Em alguns momentos ele pareceu um pouco horrorizado com as imagens e cortes de cabelo, mas ele teve muito a dizer sobre todos eles. E por fim mostramos também alguns vídeos de bandas covers pelo mundo.
'Working Man' - 1974
"Nossa", diz Lee. "É difícil assistir você mesmo quando criança, é como ver filmes caseiros ruins. As coisas que você observa são 'Meu Deus! Como eu era magro!' O Alex então, deixa pra lá. As coisas que estamos usando são engraçadas, estávamos saindo da nossa fase de 'banda de bar' e nos bares estávamos habituados a usar esse tipo de roupa brilhante, porque todo mundo precisava se destacar de alguma forma naquela época. Isso foi 'pós glitter-rock', mas nós nunca fomos as pessoas mais elegantes do planeta".
"Rutsey sempre se deu bem com seu estilo, ele estava totalmente nessa cena glitter, você pode ver pelo cabelo dele. Ele era um grande admirador do movimento Mod e das bandas britânicas, e eu e o Alex nunca demos muita atenção a isso, apenas procurávamos algo que era chamativo o suficiente e que parecesse roupa de palco".
"Eu nunca havia visto esse vídeo, mesmo não sendo uma gravação ruim. John era mais Mod, bem no estilo do Paul Weller (The Jam) de se vestir. Alex e eu estávamos apenas cabeludos, fingindo sermos legais".
'Anthem' - 1975
"Essa música me traz uma memória muito particular e que nunca se apagou: a primeira vez de todas que tocamos com o Neil. Foi na primeira vez que ele fez o teste para nós. Eu e Alex escrevemos esse riff no tempo que o Rustey ainda estava na banda, mas ele não conseguia tocar. Era muito complicado e não era o estilo dele, ele era mais focado no rock mais direto".
"Entre outras coisas, fizemos uma jam com o Neil em cima desse riff no primeiro dia que o conhecemos. Quando ele começou a tocar, olhamos um para cara do outro (Alex e eu) e pensamos 'Sim, esse é o cara, ele pode tocar, ele pode fazer isso!". Eu não consigo nem pensar o que poderia ter acontecido se nós não o tivéssemos conhecido. A vida é bizarra. Voltas e reviravoltas. O destino o trouxe até a nossa porta naquele dia e, muito felizmente, ainda saímos juntos".
'2112'
Ao vivo no Capitol Theater em Passaic, Nova Jersey – 1976
"Oh, nossa. Eu me lembro dessa apresentação. Capitol Theater. É claro que essa foi uma época muito boa para nós. Estávamos mitigando nosso legado. No final de 1975 / início de 1976, nós realmente pensamos que este iria ser nosso último álbum. Quando ele saiu era praticamente tudo boca a boca. Ele não teve muita atenção, obviamente. Mas você poderia dizer que havia um burburinho entre os fãs quando tocávamos ele. Estávamos nos sentindo muito otimistas".
"Eu me lembro desse show, adorava os shows em teatros. Lembro-me que tinham um bom buffet por lá. Às vezes você se lembra dos shows pelo o que comeu antes de ir tocar. Este vídeo é apenas dois anos mais novo que o primeiro, mas foram ótimos anos, de muito crescimento. Nós estávamos em turnê o tempo todo, fazíamos em torno de 200 shows por ano, provavelmente mais do que isso. Não tínhamos muita folga, fizemos muitos shows seguidos, lembro que em um certo ponto contamos 17 dias de shows seguidos em 17 cidades diferentes".
"Nós éramos a banda principal nesse momento, mas em locais muito pequenos. Foi por aí que começamos a nos tornar headliners. Não conseguíamos ser principais em grande locais, mas podíamos tocar em locais como teatros, pois eles tinham várias bandas em um só dia para atrair mais pessoas. Nós não estávamos vendendo toneladas de ingressos, por isso precisamos de ajuda para conseguir público. Algo estava mudando. Você podia sentir que algo estava acontecendo conosco... De onde eles tiram vídeos como esse?"
'La Villa Strangiato'
Ao vivo no Pinkpop - 1979
"Olhe só para o dedo do Alex. Ele o havia destruído completamente na noite anterior. Ele nunca nos contou exatamente como aconteceu. Eu realmente não faço ideia de como ele tocou. Nós tivemos que cancelar um show na noite anterior. Ele golpeou o dedo de alguma forma e estava tão infeccionado que não podia tocar..."
"Esse foi um grande show, foi um dos nossos primeiros grandes festivais pop, e eu adoro a Holanda. Os holandeses são grandes fãs nossos. Haviam várias outras bandas interessantes no line-up, como o Police. Eu lembro de vê-los nos bastidores. 'Roxanne' foi um grande sucesso. Peter Torsh também estava no show. Foi bem interessante para nós estarmos no contexto de outros artistas".
"E o meu técnico de teclados, Jack Secret, quebrou os dois pés nesse show. Foi uma das coisas mais estúpidas de todos os tempos. Do lado do palco havia uma parede pequena. Eu não sei porque, mas ele achou que, se a pulasse, haveria o resto do palco. Mas havia uma escadaria. Ele pulou o tal muro e caiu de uma altura de sete metros e meio, quebrando os dois pés".
"Um pouco antes de entrarmos no palco, o promotor do espetáculo - essa se tornou uma história lendária em nossos contos de bastidores - era nosso camarada holandês super-agradável Jan Smeets. Ele voltou correndo dizendo, "Sam quebrou os dois pés". Aí dissemos, "Não, não foi o Sam. Sam está aqui". Acontece que era o Jack. E ele fez o show. O levaram para o hospital e ele voltou com os dois pés engessados. Você pode vê-lo em algum lugar sentado lá no fundo, ainda cuidando dos teclados. Ele poderia ter morrido naquele dia. História louca".
"O que fizemos antes do Youtube? É inacreditável no que existe por lá".
'Tears Are Not Enough'
Single beneficente Northern Lights - 1985
"Está é a banda mais estranha do mundo. Foi Bryan Adams quem me chamou para integrá-la. Em todo o mundo, todos os músicos estavam fazendo essas coisas. Bryan compôs essa canção e foi ele praticamente sozinho quem reuniu todo mundo. Eu não conhecia Neil Young até então, era o cara mais legal de todos ali. Joni Mitchell também estava lá, e eu fiquei emocionado de estar na mesma sala que ela. Sempre fui um grande fã dela. Burton [Cummings, vocalista do Guess Who] foi um cara legal. Ficamos o dia inteiro presos gravando essa canção. Foi uma experiência muito incomum pra mim".
"É uma loucura, um som meio louco. Você pode ver o período que vivíamos através dos cortes de cabelos de todos... Véronique Béliveau, a cantora francesa, era espetacular... Eu estava mal, mas não foi o meu pior penteado. O pior foi o período do gorro de guaxinim, quando eu tinha um rabo de cavalo com aquela coisa meio fofa na cabeça. Era no fim dos anos de 1980 / começo anos de 1990".
"Eu não vejo esse vídeo há muito tempo. Estar com esses caras foi surreal. E Anne Murray, uma pessoa incrível também. A maioria dessas pessoas desapareceram de qualquer memória publica. Eu não reconheço alguns deles. Foi produzido por David Foster. Ele é um produtor verdadeiramente emocional".
'Time Stand Still' - 1987
"Minha filha viu esse vídeo pela primeira vez porque algumas partes dele aparecem no Beyond The Lighted Stage. Ela achou muito hilário o fato de estarmos flutuando entre os instrumentos. É um vídeo estranho. Esse cara era o principal diretor da época, Zbigniew Rybczynski. Ele montou tudo aquilo na hora. Nós ficamos andando pelo estúdio por praticamente 24 horas, take após take. Ele construiu tudo aquilo na própria câmera. Ele filmava os trechos separadamente e depois colocava tudo junto. Foi um dia bizarro. Aimee Mann ficou presa o dia inteiro e à noite. Ela levou tudo na esportiva".
"Este é o meu pior cabelo. É ruim. Sei que nós nunca arrebentamos nos clipes musicais. A coisa é engraçada só de assistir esse kit de bateria enorme voando no ar. Uma coisa é ver seres humanos. Eles tem formas. Mas temos aqui um kit de bateria completo voando pelo espaço. Quem é que vai dizer que não temos senso de humor?"
"Eu amo a voz da Aimee nessa música. Ficou simplesmente perfeita. Foi muito doce da parte dela se emprestar para isso. Você pode dizer que essas partes no fim do vídeo foram gravadas no fim da noite, pois minha barba havia crescido. Estávamos lá há um tempão!"
'Driven' - 1996
"Eu amo esse vídeo. Foi dirigido por Dale Heslip, que é o nosso diretor artístico agora. Ele projeta todas as nossas turnês atuais. Esse é realmente o seu forte. Você pode ver um monte dessas coisas que estavam na turnê Clockwork Angels, dá para ver um monte dessas mesmas influências. Muito steampunk. Dale tinha essa ideia de trabalhar nesse conceito. Foi gravado numa usina hidrelétrica abandonada em Toronto. Foi muito divertido de fazer. Dale é um diretor impressionante, bem peculiar e brilhante. Você pode ver o seu trabalho aqui. É engraçado o quanto dessa roupagem serviu para o nosso palco atual".
'Crossroads'
Jam de encerramento do Rock and Roll Hall of Fame – 2013
"Isso aí foi incrível. Foi minha parte favorita daquela noite, tenho que dizer. Eu estava nervoso até então, mas foi muito divertido tocar com todos esses caras. Eu poderia ter tocado essa música por 25 minutos. Foi ótimo, eu não tenho palavras suficientes pra descrever. Eu amo o fato de que eu era o único baixista na maior parte da canção. Pratt e eu segurávamos a batida. Taylor [Hawkins] estava ao lado. Conhecer esses caras e estar com eles foi ótimo. Tom Morello é incrível. As garotas do Heart são muito agradáveis. Dave [Grohl], claro, e Taylor são músicos excelentes".
"John Forgety não veio para nenhum dos ensaios, ele só apareceu naquela noite e foi como 'Opa, e aí cara'. Chucky D também foi incrível. Você não espera que esses caras sejam tão bons. Ali você os conhece realmente, mas não houve brigas de ego. Todo mundo estava bem nervoso. Eu estava conversando sobre isso com Alice Cooper na noite anterior. Ele falava sobre quando foi empossado. Falávamos sobre isso no ar e ele disse que se sente como se fizesse parte de um pequeno clube agora. Ser induzido derruba todas as suas noções preconcebidas de cada um e você apenas relaxa com isso. Eu meio que me senti totalmente relaxado com esse grupo de pessoas".
"Houve todo o tipo de sugestão de música de encerramento. Durante um tempo, era certo que seria uma do Led Zeppelin. Então perguntaram minha opinião e eu sugeri, 'Poderíamos fazer 'Crossroads', uma vez que todos esses artistas do blues estão sendo empossados'. 'Crossroads' é meio que o ponto de transição do blues para o rock e isso foi fundamental na minha carreira. Foi por isso que a escolhemos para o álbum Feedback também. Acho que foi Robbie Robertson quem fez o apelo. Na reunião, ele ficou de pé e disse, 'Esse é o caminho a percorrer. 'Crossroads' é uma canção legal. É uma grande canção jam, vamos encará-la'".
'YYZ' por uma fã de 11 anos
"Oh, eu vi essa garota! Ela é incrível! Alguém me enviou um novo vídeo de um menino de 8 anos de idade tocando bateria em 'Fly By Night'. Você tem que ver... Mas isso aí é inacreditável. Chega a ser insano e inconcebível, e ao mesmo tempo doce. Ela não pára os pés. Olhe só para os pés. É simplesmente inacreditável. Louco, cara. Adoraria dar um tapinha nas costas dela. Novamente, incrível".
'Subdivisions' por uma Rush Tribute Band japonesa
"Esse eu nunca vi. Acho que devemos mandar isso para o Neil, assim ele vê uma razão para voltarmos ao Japão. Ele não é a favor de voltarmos para lá. Nossa. Eles estão realmente curtindo, não? É uma boa versão. É loucura. Eu não sei o que dizer sobre isso. Bom trabalho, garotos. Estou surpreso sobre a existência dessa banda. Esses caras são realmente bons. Talvez eles pudessem sair em turnê ao invés da gente. Garotos, os que vocês acham de uma turnê de 40 anos? Eles poderiam ir em nosso lugar. É divertido".
"Eu me lembro desse show, adorava os shows em teatros. Lembro-me que tinham um bom buffet por lá. Às vezes você se lembra dos shows pelo o que comeu antes de ir tocar. Este vídeo é apenas dois anos mais novo que o primeiro, mas foram ótimos anos, de muito crescimento. Nós estávamos em turnê o tempo todo, fazíamos em torno de 200 shows por ano, provavelmente mais do que isso. Não tínhamos muita folga, fizemos muitos shows seguidos, lembro que em um certo ponto contamos 17 dias de shows seguidos em 17 cidades diferentes".
"Nós éramos a banda principal nesse momento, mas em locais muito pequenos. Foi por aí que começamos a nos tornar headliners. Não conseguíamos ser principais em grande locais, mas podíamos tocar em locais como teatros, pois eles tinham várias bandas em um só dia para atrair mais pessoas. Nós não estávamos vendendo toneladas de ingressos, por isso precisamos de ajuda para conseguir público. Algo estava mudando. Você podia sentir que algo estava acontecendo conosco... De onde eles tiram vídeos como esse?"
'La Villa Strangiato'
Ao vivo no Pinkpop - 1979
"Olhe só para o dedo do Alex. Ele o havia destruído completamente na noite anterior. Ele nunca nos contou exatamente como aconteceu. Eu realmente não faço ideia de como ele tocou. Nós tivemos que cancelar um show na noite anterior. Ele golpeou o dedo de alguma forma e estava tão infeccionado que não podia tocar..."
"Esse foi um grande show, foi um dos nossos primeiros grandes festivais pop, e eu adoro a Holanda. Os holandeses são grandes fãs nossos. Haviam várias outras bandas interessantes no line-up, como o Police. Eu lembro de vê-los nos bastidores. 'Roxanne' foi um grande sucesso. Peter Torsh também estava no show. Foi bem interessante para nós estarmos no contexto de outros artistas".
"E o meu técnico de teclados, Jack Secret, quebrou os dois pés nesse show. Foi uma das coisas mais estúpidas de todos os tempos. Do lado do palco havia uma parede pequena. Eu não sei porque, mas ele achou que, se a pulasse, haveria o resto do palco. Mas havia uma escadaria. Ele pulou o tal muro e caiu de uma altura de sete metros e meio, quebrando os dois pés".
"Um pouco antes de entrarmos no palco, o promotor do espetáculo - essa se tornou uma história lendária em nossos contos de bastidores - era nosso camarada holandês super-agradável Jan Smeets. Ele voltou correndo dizendo, "Sam quebrou os dois pés". Aí dissemos, "Não, não foi o Sam. Sam está aqui". Acontece que era o Jack. E ele fez o show. O levaram para o hospital e ele voltou com os dois pés engessados. Você pode vê-lo em algum lugar sentado lá no fundo, ainda cuidando dos teclados. Ele poderia ter morrido naquele dia. História louca".
"O que fizemos antes do Youtube? É inacreditável no que existe por lá".
'Tears Are Not Enough'
Single beneficente Northern Lights - 1985
"Está é a banda mais estranha do mundo. Foi Bryan Adams quem me chamou para integrá-la. Em todo o mundo, todos os músicos estavam fazendo essas coisas. Bryan compôs essa canção e foi ele praticamente sozinho quem reuniu todo mundo. Eu não conhecia Neil Young até então, era o cara mais legal de todos ali. Joni Mitchell também estava lá, e eu fiquei emocionado de estar na mesma sala que ela. Sempre fui um grande fã dela. Burton [Cummings, vocalista do Guess Who] foi um cara legal. Ficamos o dia inteiro presos gravando essa canção. Foi uma experiência muito incomum pra mim".
"É uma loucura, um som meio louco. Você pode ver o período que vivíamos através dos cortes de cabelos de todos... Véronique Béliveau, a cantora francesa, era espetacular... Eu estava mal, mas não foi o meu pior penteado. O pior foi o período do gorro de guaxinim, quando eu tinha um rabo de cavalo com aquela coisa meio fofa na cabeça. Era no fim dos anos de 1980 / começo anos de 1990".
"Eu não vejo esse vídeo há muito tempo. Estar com esses caras foi surreal. E Anne Murray, uma pessoa incrível também. A maioria dessas pessoas desapareceram de qualquer memória publica. Eu não reconheço alguns deles. Foi produzido por David Foster. Ele é um produtor verdadeiramente emocional".
'Time Stand Still' - 1987
"Minha filha viu esse vídeo pela primeira vez porque algumas partes dele aparecem no Beyond The Lighted Stage. Ela achou muito hilário o fato de estarmos flutuando entre os instrumentos. É um vídeo estranho. Esse cara era o principal diretor da época, Zbigniew Rybczynski. Ele montou tudo aquilo na hora. Nós ficamos andando pelo estúdio por praticamente 24 horas, take após take. Ele construiu tudo aquilo na própria câmera. Ele filmava os trechos separadamente e depois colocava tudo junto. Foi um dia bizarro. Aimee Mann ficou presa o dia inteiro e à noite. Ela levou tudo na esportiva".
"Este é o meu pior cabelo. É ruim. Sei que nós nunca arrebentamos nos clipes musicais. A coisa é engraçada só de assistir esse kit de bateria enorme voando no ar. Uma coisa é ver seres humanos. Eles tem formas. Mas temos aqui um kit de bateria completo voando pelo espaço. Quem é que vai dizer que não temos senso de humor?"
"Eu amo a voz da Aimee nessa música. Ficou simplesmente perfeita. Foi muito doce da parte dela se emprestar para isso. Você pode dizer que essas partes no fim do vídeo foram gravadas no fim da noite, pois minha barba havia crescido. Estávamos lá há um tempão!"
'Driven' - 1996
"Eu amo esse vídeo. Foi dirigido por Dale Heslip, que é o nosso diretor artístico agora. Ele projeta todas as nossas turnês atuais. Esse é realmente o seu forte. Você pode ver um monte dessas coisas que estavam na turnê Clockwork Angels, dá para ver um monte dessas mesmas influências. Muito steampunk. Dale tinha essa ideia de trabalhar nesse conceito. Foi gravado numa usina hidrelétrica abandonada em Toronto. Foi muito divertido de fazer. Dale é um diretor impressionante, bem peculiar e brilhante. Você pode ver o seu trabalho aqui. É engraçado o quanto dessa roupagem serviu para o nosso palco atual".
'Crossroads'
Jam de encerramento do Rock and Roll Hall of Fame – 2013
"Isso aí foi incrível. Foi minha parte favorita daquela noite, tenho que dizer. Eu estava nervoso até então, mas foi muito divertido tocar com todos esses caras. Eu poderia ter tocado essa música por 25 minutos. Foi ótimo, eu não tenho palavras suficientes pra descrever. Eu amo o fato de que eu era o único baixista na maior parte da canção. Pratt e eu segurávamos a batida. Taylor [Hawkins] estava ao lado. Conhecer esses caras e estar com eles foi ótimo. Tom Morello é incrível. As garotas do Heart são muito agradáveis. Dave [Grohl], claro, e Taylor são músicos excelentes".
"John Forgety não veio para nenhum dos ensaios, ele só apareceu naquela noite e foi como 'Opa, e aí cara'. Chucky D também foi incrível. Você não espera que esses caras sejam tão bons. Ali você os conhece realmente, mas não houve brigas de ego. Todo mundo estava bem nervoso. Eu estava conversando sobre isso com Alice Cooper na noite anterior. Ele falava sobre quando foi empossado. Falávamos sobre isso no ar e ele disse que se sente como se fizesse parte de um pequeno clube agora. Ser induzido derruba todas as suas noções preconcebidas de cada um e você apenas relaxa com isso. Eu meio que me senti totalmente relaxado com esse grupo de pessoas".
"Houve todo o tipo de sugestão de música de encerramento. Durante um tempo, era certo que seria uma do Led Zeppelin. Então perguntaram minha opinião e eu sugeri, 'Poderíamos fazer 'Crossroads', uma vez que todos esses artistas do blues estão sendo empossados'. 'Crossroads' é meio que o ponto de transição do blues para o rock e isso foi fundamental na minha carreira. Foi por isso que a escolhemos para o álbum Feedback também. Acho que foi Robbie Robertson quem fez o apelo. Na reunião, ele ficou de pé e disse, 'Esse é o caminho a percorrer. 'Crossroads' é uma canção legal. É uma grande canção jam, vamos encará-la'".
'YYZ' por uma fã de 11 anos
"Oh, eu vi essa garota! Ela é incrível! Alguém me enviou um novo vídeo de um menino de 8 anos de idade tocando bateria em 'Fly By Night'. Você tem que ver... Mas isso aí é inacreditável. Chega a ser insano e inconcebível, e ao mesmo tempo doce. Ela não pára os pés. Olhe só para os pés. É simplesmente inacreditável. Louco, cara. Adoraria dar um tapinha nas costas dela. Novamente, incrível".
'Subdivisions' por uma Rush Tribute Band japonesa
"Esse eu nunca vi. Acho que devemos mandar isso para o Neil, assim ele vê uma razão para voltarmos ao Japão. Ele não é a favor de voltarmos para lá. Nossa. Eles estão realmente curtindo, não? É uma boa versão. É loucura. Eu não sei o que dizer sobre isso. Bom trabalho, garotos. Estou surpreso sobre a existência dessa banda. Esses caras são realmente bons. Talvez eles pudessem sair em turnê ao invés da gente. Garotos, os que vocês acham de uma turnê de 40 anos? Eles poderiam ir em nosso lugar. É divertido".